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Adesão ao Programa Librif_ro 2022 oferta Curso de Libras a estudantes no Campus Guajará-Mirim

Publicado: Terça, 21 de Junho de 2022, 15h30 | Última atualização em Terça, 21 de Junho de 2022, 15h30 | Acessos: 84874

Guajará Libras 1O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Guajará-Mirim, optou por participar do Programa Librif_ro 2022, realizado pela Coordenação de Educação Inclusiva (CEI/Proen/IFRO), institucionalizado com objetivo de suprir as demandas por cursos/acessibilidade linguística em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e a falta de profissionais capacitados para ministração das aulas.

O objetivo é ofertar aos alunos curso de Libras em nível básico e intermediário, na modalidade EaD, com dois momentos de interação presenciais por mês para revisão de conteúdo e verificação de possíveis dúvidas sobre o material postado. A adesão dos campi ao programa foi voluntária e Guajará-Mirim optou por participar. Participam alunos dos cursos técnicos integrados e dos cursos de graduação da unidade, com encontros presenciais ocorrendo no campus. O Programa Librif 2022 terá duração de oito meses, sendo distribuídos quatro meses para cada módulo.

A estudante do 1º ano do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio, Rebeca Lobo, conta que “com a minha experiência no Librif, eu posso falar que antes de entrar para esse curso eu tinha medo de falar com as pessoas surdas, mas agora não tenho mais. Consigo falar com pessoas surdas e incluí-las nas minhas atividades. É uma experiência muito legal”. Emerson Vinicius, do 2º período da Licenciatura em Ciências Biológicas, diz que “o programa veio para revolucionar, e para quebrar aquele receio de se comunicar com uma pessoa que tem deficiência. No desenvolvimento social será muito importante para que cada vez mais a sociedade se interesse por programas de inclusão”.

Segundo o Tradutor Intérprete de Libras, Laurindo Joaquim dos Santos Neto, “o Campus Guajará-Mirim tem uma aluna surda matriculada no terceiro ano do Curso Técnico em Informática, porém percebemos que com o retorno das aulas presenciais havia uma barreira de comunicação entre a aluna e os demais, dessa forma, a adesão do campus ao projeto possibilitou que mais pessoas conhecessem a Libras e pudessem se comunicar por meio dela”.

Conforme Israelly Limeira, que está no 3º ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, “antes do curso eu me sentia sozinha, quase não conversava com ninguém, mas agora vários alunos tentam se comunicar comigo, isso é muito bom”. Laurindo Neto ressalta que antes do Librif ele notava que os alunos tinham vontade de se comunicar com a Israelly, “mas havia um receio e sempre que necessitavam falar algo pediam para eu ou a Dunia (Intérprete) traduzir. No entanto, após iniciar as aulas do curso percebi eles bem mais à vontade, tentando conversar em Libras, incluindo a Israelly nas rodas de conversa e isso é muito gratificante”.

Segundo os coordenadores da ação no campus, para que a inclusão das pessoas surdas seja efetiva dentro das instituições de ensino, não basta apenas a contratação de tradutores/intérpretes de Libras, mas também é necessário o desenvolvimento de ações que promovam a Língua Brasileira de Sinais para que facilite as interações sociais do aluno surdo com as demais pessoas da instituição, especialmente os alunos, assim eles poderão se sentir como parte integrante da instituição. A escola é um ambiente de aprendizado e de socialização, dentro deste espaço é preciso ensinar aos alunos a importância de conviver em sociedade, trabalhar em grupo, criar relações e desenvolver vínculos. Como a falta de uma língua em comum faz com que esse processo seja prejudicado, ensinar Libras para os alunos ouvintes permite que os surdos tenham a possibilidade de usufruir desse ambiente mais plenamente e criar laços sociais mais fortes.

 “Ao desenvolver projetos como esse, o IFRO também colabora com a difusão da Libras e isso é de grande importância, pois dessa forma podemos contribuir com a formação de cidadãos capazes de respeitar as diferenças”, finaliza Laurindo. No Campus Guajará-Mirim, o projeto conta com parceria do Napne (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas).

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