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Cine debate do NEABI/Ji-Paraná discute produções indígenas e desafios contemporâneos em Rondônia

Publicado: Terça, 23 de Setembro de 2025, 08h35 | Última atualização em Terça, 23 de Setembro de 2025, 08h36 | Acessos: 3318

Neabi IFRO Jipa 7O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná, promoveu um cine debate sobre produções audiovisuais indígenas que retratam práticas culturais e desafios contemporâneos enfrentados pelos povos originários no estado.

Realizado em 17 de setembro, foram exibidos os vídeos “Respeitem nossos jeitos indígenas de nascer: Mariza Arara – TI Igarapé Lourdes” e “Marcas do Contato”. A primeira obra, parte de uma série sobre o nascimento entre os povos indígenas de Rondônia, foi apresentada pela estudante indígena Artemizia Puruborá, do curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). O segundo vídeo, conduzido por Mucuá Karipuna, também estudante da UNIR, trouxe relatos de mulheres indígenas sobre as marcas deixadas pelo contato com a sociedade não indígena.

O debate evidenciou práticas culturais ancestrais, como o parto coletivo, rituais tradicionais e o uso de medicinas transmitidas entre gerações. Também foram discutidos problemas atuais que impactam diretamente as comunidades indígenas, entre eles a desassistência em saúde e educação, os danos ambientais causados pela mineração ilegal e contaminação de rios, a perda cultural associada à destruição dos territórios e a invisibilidade diante da ausência de dados que subsidiem políticas públicas.

Para a estudante Maria Eduarda Yamamoto Tomé, participante da atividade, o encontro trouxe reflexões sobre os impactos da sociedade não indígena nas culturas originárias. “Esse encontro foi de suma importância para que nós, pessoas não indígenas, tomemos mais ciência do quanto interferimos na cultura dos povos indígenas. O documentário ‘Respeitem nossos jeitos indígenas de nascer’ me fez refletir sobre a desvalorização dos saberes tradicionais e sobre a violência obstétrica vivenciada pelas mulheres indígenas, principalmente as não falantes do português. Já em ‘Marcas do Contato’, ficou evidente a dor das comunidades diante das invasões em seus territórios, que trazem consigo a degradação ambiental e outras formas de violência. Esse momento ampliou minha percepção sobre esses desafios e resistências”, avaliou.

Conforme os integrantes do Neabi/Jipa, essa é uma maneira de ampliar a visibilidade das vozes indígenas e de contribuir para a defesa dos direitos das comunidades, a proteção dos territórios e a valorização das culturas tradicionais.

As produções exibidas estão disponíveis para acesso público:

Respeitem nossos jeitos indígenas de nascer: https://www.youtube.com/watch?v=w1287Jx_idg

Marcas do contato: https://youtu.be/NI7ci1OGSTk

 

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