Projeto PCD+ Mães Atípicas promove evento de escuta, acolhimento e fortalecimento feminino em Porto Velho
O Projeto PCD+ Mães Atípicas e a Coordenação de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Zona Norte, realizaram o evento “Ser Mulher em uma Vida Atípica”. A ação foi no auditório e salas do próprio campus, em 17 de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
A proposta do Projeto PCD+ Mães Atípicas foi realizar um dia todo com foco em acolhimento, empoderamento e fortalecimento de mulheres que vivenciam a maternidade atípica. “As falas das mães me emocionaram. Pela primeira vez senti que alguém me escutou com atenção e sem julgamento”, relatou uma participante durante a roda de conversa.
A iniciativa reuniu dezenas de participantes em uma programação voltada ao acolhimento, empoderamento e valorização das mulheres que vivem a maternidade atípica – mães que cuidam de filhos com deficiência ou condições neurodivergentes. Foram realizadas roda de conversa e oficinas práticas.
Segundo a Coordenadora do projeto, Telma Fortes, “o evento é mais que uma ação comemorativa, é um movimento de escuta, empoderamento e visibilidade das mulheres que vivem a maternidade atípica em silêncio há muito tempo”.
Foram integradas ações nos eixos Saúde, Educação e Desenvolvimento Pessoal, com foco na escuta ativa, autocuidado e fortalecimento de vínculos entre mulheres cuidadoras. Ainda segundo a Professora Telma, “muitas dessas mulheres se sentem invisíveis diante das estruturas públicas. O projeto nasce para ouvir, acolher e criar caminhos reais de transformação. Este evento reforça nosso compromisso com a escuta e a valorização dessas trajetórias”.
A Deputada Federal Cristiane Lopes esteve presente. Ela acompanhou as atividades e reforçou publicamente seu compromisso com políticas de inclusão, apoio às mães atípicas e garantia de direitos para pessoas com deficiência.
Acolhimento
O “Ser Mulher em uma Vida Atípica” teve como objetivo acolher, escutar, valorizar e fortalecer mulheres que vivenciam a maternidade atípica, oferecendo um espaço seguro para partilha de experiências, promoção do bem-estar físico e emocional, e desenvolvimento de habilidades pessoais e profissionais. A ação busca reconhecer e apoiar essas mulheres, muitas vezes sobrecarregadas e invisibilizadas, por meio de práticas de cuidado e redes de apoio reais.
A programação teve início com um momento cultural de acolhimento, seguido de uma roda de conversa com o tema “Ser Mulher em uma Vida Atípica”, mediada pela assistente social Flaviana Godoi, com a participação de representantes da AMA (Associação de Pais e Amigos do Autista), Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e Grupo Marias. A atividade foi marcada por relatos emocionantes e pela troca de experiências entre mulheres que enfrentam, diariamente, jornadas de cuidado intenso e, muitas vezes, invisível.
Na segunda parte da programação, as participantes foram convidadas a integrar oficinas temáticas voltadas ao bem-estar, ao desenvolvimento pessoal e à autonomia financeira. As atividades incluíram: Vivências Terapêuticas (Danças Circulares) – com Silvânia Nascimento; Relaxamento e Alongamento – com o Professor Amislay; Técnicas de Automaquiagem – com Milene Barreto (Grupo Mães Atípicas Empreendedoras); Criação de Artes no Canva – com a facilitadora Jeaninne Brum; e Empreendedorismo e MEI – com Olinda da Costa Almeida.
As oficinas buscaram estimular o autocuidado, o resgate da autoestima e o protagonismo das mulheres, especialmente daquelas que, muitas vezes, vivem situações de sobrecarga emocional e social. Tendo sido construídas para transformar realidades. O encerramento contou com sorteio de brindes, coffee break e momentos de confraternização, selando um dia de fortalecimento coletivo e construção de redes de apoio.
O Projeto PCD+ Mães Atípicas é executado pelo IFRO Campus Porto Velho Zona Norte. Segundo a equipe organizadora, a ação reforça o papel de instituição socialmente comprometida, promovendo inclusão, diversidade, educação cidadã e apoio direto a comunidades em situação de vulnerabilidade. Além disso, amplia a visibilidade das ações de extensão e impacto social desenvolvidas pelo Campus Zona Norte, fortalecendo o vínculo entre o IFRO e as redes de apoio locais.
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