IFRO participa do I Encontro Nacional dos Centros de Idiomas da Rede Federal
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) participou com uma delegação de sete representantes do I Encontro Nacional dos Centros de Línguas da Rede Federal, realizado entre os dias 14 e 16 de maio, na cidade de Foz do Iguaçu (PR). O evento reuniu participantes de todas as 41 instituições da rede para discutir estratégias, desafios e avanços no ensino de línguas no âmbito da Rede Federal.
Durante três dias intensos de programação, os representantes do IFRO estiveram envolvidos em rodas de conversa, oficinas, painéis e momentos de articulação em rede. A troca de experiências e o compartilhamento de boas práticas contribuíram significativamente para o fortalecimento do trabalho realizado nos Centros de Idiomas da instituição.
Segundo informações do IFPR (Instituto Federal do Paraná), o evento propiciou discussões sobre o funcionamento do Centro de Línguas do Instituto Federal e sua relação com a internacionalização, além de debates sobre temas relevantes como a Política Linguística dos Institutos Federais, inovação e tecnologias para o ensino de línguas e trocas de experiências entre colegas da rede. Também foi apresentado um projeto inovador para a implementação de um teste de proficiência em Língua Inglesa na Rede Federal. Além disso, temas como Português como Língua de Acolhimento e os desafios no ensino de Libras tiveram destaque no evento.
No encerramento do evento, foi definido o local para a próxima edição, que acontecerá em 2027 no Instituto Federal do Acre (IFAC). Também foi proposta uma carta propositiva à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), reivindicando apoio para a criação de uma Política Linguística para a Rede, além de adequações na carga horária docente para que atuem nos Centros de Línguas e investimentos em laboratórios.
“Nosso Centro de Idiomas é uma peça-chave na consolidação da internacionalização do IFRO. Ele não apenas prepara estudantes e servidores para oportunidades no exterior, mas também é um exemplo concreto de internacionalização em casa. Participar deste encontro proporcionou uma imersão em experiências inspiradoras e fortaleceu a articulação em rede, mostrando que estamos no caminho certo ao investir em formação linguística como base para uma atuação global”, avaliou a Assessora de Relações Internacionais do IFRO, Diana Ketlem Paula do Nascimento.
A Coordenadora do Centro de Idiomas do Campus Guajará-Mirim, Daianne Castillos, mostrou que “participar do evento foi importante, principalmente, porque tivemos a chance de conhecer trabalhos relevantes desenvolvidos pelos Centros de Idiomas não apenas do IFRO, mas também de vários outros estados brasileiros. Ter um panorama do funcionamento dos CIs em âmbito nacional me levou a refletir sobre minha prática como coordenadora do CI de Guajará-Mirim e a pensar sobre formas de adaptar as experiências bem-sucedidas compartilhadas no evento em nosso contexto fronteiriço. Além disso, pude compreender melhor sobre a relevância da solidificação de políticas linguísticas para o fortalecimento dos CIs e, consequentemente, do processo de internacionalização do IFRO”.
“A experiência de participação no evento foi produtiva ao verificar como os outros campi desenvolvem suas ações, servindo de ideias e propostas para implantarmos no Campus Vilhena, como a prática pedagógica do curso de português para estrangeiros, que utiliza vivências do cotidiano para ensinar a língua e auxiliar os imigrantes na prática do dia a dia. Também verificamos que as nossas dificuldades são semelhantes a de outros IFs. Um item relevante foi o momento dos campi estarem unidos para trocar informações e assim estabelecerem ações conjuntas que promovam a consolidação dos CIs, fomentando o ensino das diversas línguas”, apontou a Coordenadora do Centro de Idiomas do Campus Vilhena, Camila Abrão.
Para Andreia Pinsan, responsável pela Assessoria Pedagógica do Centro de Idiomas do Campus Ariquemes, “participar do I Encontro Nacional dos Centros de Línguas da Rede Federal, em Foz do Iguaçu, foi uma experiência transformadora. Foi muito enriquecedor conhecer a realidade de outras instituições, perceber que partilhamos desafios semelhantes e, ao mesmo tempo, reconhecer que cada uma avança em ritmos diferentes em relação à estruturação e consolidação de seus Centros de Línguas. Ficou evidente que a troca de experiências, o compartilhamento de conhecimentos e o fortalecimento das redes de contato são caminhos fundamentais para enfrentarmos os obstáculos que se apresentam”.
A docente completou dizendo que “as discussões foram profundas, diversas e inspiradoras, trazendo à tona a urgência de políticas institucionais mais robustas, investimentos concretos e reconhecimento do papel estratégico dos Centros de Línguas no processo de internacionalização da Rede Federal. Foi especialmente importante conhecer as estratégias adotadas por colegas de diferentes regiões para conseguir recursos, viabilizar projetos e garantir a continuidade dos cursos. A realidade é clara: precisamos de muito mais do que temos atualmente para que os Centros de Línguas possam se estruturar de forma sólida, contínua e com impacto ampliado. Volto desse encontro com muitas ideias e o coração cheio de esperança. Sei que os desafios persistem, mas momentos como esse renovam o nosso fôlego e nos lembram da importância de reafirmar diariamente o valor do nosso trabalho junto à comunidade. Agradeço à Arint e à gestão do Campus Ariquemes por viabilizarem minha participação nesse importante evento, e ao IFPR por nos receber com tanto cuidado e compromisso ao sediar esse momento histórico de articulação e reflexão”.
O professor representante do Campus São Miguel, Nephi Barros, também afirmou que participar do evento “foi uma experiência extremamente enriquecedora e inspiradora. Estar em contato com coordenadores, docentes e alguns estudantes de diversas regiões do país, ouvindo relatos de experiências, práticas exitosas e desafios comuns, possibilitou uma visão mais ampla sobre o papel dos Centros de Línguas na promoção da inclusão, da diversidade linguística e da internacionalização. Para mim, que atuo na iminência da implementação do Centro de Idiomas no Campus São Miguel do Guaporé, esse momento foi fundamental para reconhecer potencialidades e delinear caminhos possíveis, com base em ações já consolidadas em outras unidades. Ademais, a troca de experiências, o fortalecimento de redes de colaboração e o contato com diferentes realidades certamente contribuirão para o desenvolvimento de práticas mais sólidas, integradas e alinhadas às necessidades locais”.
Conforme o Coordenador do Centro de Idiomas do Campus Ji-Paraná, Marco Pereira, “o evento foi uma excelente oportunidade para networking; para refletir sobre o papel dos centros de línguas nos institutos federais. Acredito que essa experiência será muito útil para o meu trabalho, para o desenvolvimento novas práticas pedagógicas. Durante o encontro, foram compartilhadas experiências exitosas de vários centros de línguas de diversos institutos federais presentes, assim como relatos sobre a necessidade de investimento para levar a efeito a atuação dos mesmos. Ficou evidente que investir nos centros de línguas é fundamental para o processo de internacionalização dos IFs”.
Na avaliação da responsável pelo centro de idiomas do Campus Jaru, Joice Menezes, “foi uma experiência reveladora, que evidenciou não apenas as dificuldades e os desafios comuns enfrentados por todos nós na condução de nossos Centros de Idiomas, mas, sobretudo, o compromisso coletivo com a oferta de oportunidades significativas à comunidade. Cursos de línguas, exames de proficiência, programas de mobilidade internacional e tantas outras iniciativas demonstram nosso empenho em promover a internacionalização e o acesso ao conhecimento. As experiências compartilhadas durante o evento mostraram que, mesmo diante da escassez de recursos — sejam eles financeiros ou humanos —, é possível alcançar grandes resultados quando há dedicação, criatividade e cooperação da gestão”.
Clique aqui para conferir a carta propositiva à Setec/MEC, propondo a criação de uma Política Linguística para a Rede, e solicitando adequações na carga horária docente que atuam nos Centros de Línguas e mais investimentos em laboratórios.
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