Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Estudantes e docentes fazem duas semanas de intercâmbio em Buenos Aires

Publicado: Sexta, 03 de Janeiro de 2025, 09h38 | Última atualização em Sexta, 03 de Janeiro de 2025, 09h42 | Acessos: 141

fabricioDe 17 a 30 de novembro, alunos e docentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) realizaram atividades em Buenos Aires, capital da Argentina. Pelo Programa de Mobilidade STEM Internacional, foi selecionado via edital 1 aluno do ensino médio integrado de cada campus e duas professoras de espanhol. O Programa STEM Internacional é um programa próprio do IFRO, acompanhado pela Assessoria de Relações Internacionais (Arint), em parceria com a AFS Intercultura Brasil.

Na avaliação do Reitor do IFRO, Moisés José Rosa Souza, “a ação ocorrida na Argentina, em que levamos dez alunos, um de cada campus do IFRO e duas servidoras que acompanharam esses alunos, é uma iniciativa extremamente necessária para nossa instituição. Essa imersão no outro país, numa outra instituição de ensino, o contato dos nossos alunos e servidoras com outros alunos de outro país, para além da educação, é uma imersão cultural. Isso colabora sobremaneira para a formação dos nossos alunos e das nossas servidoras também que acompanharam. Então, eu julgo que foi uma ação muito positiva e que nós em 2025 possamos ampliar essa ação que foi muito relevante para os alunos, para as servidoras e para a nossa instituição”.

Conhecer a diversidade cultural argentina fez Valdenor Junior Nascimento de Amorim do Campus Jaru querer conhecer mais sobre novas culturas presentes no mundo e entender mais sobre a própria cultura nacional. “Nesse intercâmbio, pude adquirir toda uma bagagem de aprendizado, com temas e assuntos que não costumo lidar no cotidiano, tendo assim a oportunidade de conhecer e compreender toda a diversidade cultural presente dentro de um mesmo continente”, descreve.

A experiência cultural imersiva do grupo representante do IFRO visou o aprendizado na área de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e Diversidade. O grupo selecionado precisou desenvolver projeto neste segmento, colocando em prática as habilidades necessárias para refletir e agir a favor de um futuro sustentável e inteligente.

ana julia

A vivência proporcionou retornarem com uma bagagem cheia de saudades do que foi tiveram contato no outro país. Para Ana Julia Nicola Reis do Campus Colorado do Oeste “foi impactante, desde o último dia na Argentina até o momento de retorno para a minha cidade foi marcado pelo aperto no peito do fim da experiência. Mas também pelo sentimento de realização e dever cumprido. Voltar para casa e escola, família e amigos tem uma atmosfera que mexe muito conosco, uma nostalgia profunda”.

“A Argentina e o Brasil possuem culturas ricas e diversas, mas com diferenças marcantes. Na culinária, o Brasil destaca-se por pratos como arroz e feijão, enquanto a Argentina é conhecida por sua gastronomia à base de massas, empanadas e medialunas. Há também distinções nas bebidas tradicionais, como o mate, que é consumido de forma diferente do chimarrão brasileiro. Além disso, notei particularidades nos cumprimentos: no Brasil, predominam o aperto de mão ou o abraço, enquanto na Argentina é comum cumprimentar com um beijo ao lado do rosto (também chamado de ósculo). Essas foram as diferenças culturais mais evidentes que percebi no dia a dia durante o intercâmbio”, conta Fabricio Ferreira da Silva do Campus Ariquemes.

Docente do Campus Guajará Mirim, Silvilene Melo, destaca que “durante o intercâmbio foi possível observar que as instituições estão muito comprometidas com as questões de ambientais, a preservação dos recursos naturais, sempre buscando formas de conscientizar a comunidade desde a infância. Também valorizam o ensino na área de tecnologias, pois, segundo os instrutores das oficinas, a Argentina dispõe de muitas vagas ociosas na área de tecnologia por falta de profissionais especializados na área. O modo de viver dos argentinos é muito parecido com o dos brasileiros, exceto a comida, eles possuem outros hábitos que acabam gerando um certo impacto para nós brasileiros”.

Os participantes puderam adquirir conhecimentos em tecnologia nas áreas de design, programação básica, aplicativos de tecnologia educacional e mídias em geral. Participaram de workshops sobre atividades culturais típicas da Argentina, como aula de Tango, oficina de culinária, entre outras.

A visita ao Centro Cultural de La Ciência, conhecido popularmente como C3, foi uma das atividades mais marcantes para Jheniffer Rayla Ferreira Silva do Campus Vilhena. “Foi uma das nossas primeiras atividades e me marcou muito porque é um local público, financiado pelo governo, que mostra sobre ciência, inovação e tecnologia de um modo mais interativo e descontraído. Foi incrível ver a maneira como os professores monitores se esforçavam para que fosse uma experiência única. Fiquei encantada em ver jogos, animações, informações e uma arquitetura que prende a atenção do visitante. É como STEAM na prática. Aproveitei até o último minuto”, ressalta a estudante.

Samuel

Para o discente do Campus Guajará-Mirim, Samuel Oliveira da Silva, todos os momentos foram marcantes. Porém, um foi mais especial, foi quando todos foram para o terraço fazer alfajor.  “Esse momento foi muito importante para mim e acredito que não só para mim, porque foi um dos momentos onde todos nós estávamos juntos se dedicando a aprender a como fazer um alfajor. E o mais importante: quais são todos os passo a passo, foi um momento tão único onde cada uma de nós ajudou do jeito que pôde. E o resultado final foi espetacular. Com esse momento, também tivemos a ideia de também apresentar uma cultura brasileira que é o Brigadeiro, ao finalizar todos os trabalhos fomos partilhar e fizemos uma junção de alfajor com brigadeiro que ficou uma delícia e todos gostaram. Nesse momento, percebi que nós não só aprendemos uma cultura da Argentina como também mostramos uma cultura brasileira para todos que estavam ali presente”.

“Outro momento foi quando fomos fazer Choripán que também foi no terraço e todos ajudaram da melhor forma possível. Esses momentos vão ficar guardados não só na minha memória, mas também nas memórias de todos que estavam presentes nesse momento tão incrível de nossas vidas que só a AFS e o IFRO poderiam nos proporcionar. Então eu deixo aqui o meu muito obrigado para a AFS e ao IFRO por acreditarem em nós”, acrescenta Samuel.

 

Parceria

O programa foi executado pela organização do AFS Intercultura Brasil, que é uma organização internacional, voluntária, não governamental e sem fins lucrativos, comprometida em oferecer oportunidades de aprendizagem intercultural por meio de programas de intercâmbio para ajudar as pessoas a desenvolverem conhecimentos, habilidades e o entendimento necessário para criar um mundo mais justo e pacífico.

“A experiência de intercâmbio na Argentina foi extremamente enriquecedora tanto no âmbito acadêmico quanto pessoal. Durante as duas semanas, tive a oportunidade de vivenciar uma cultura diferente, o que ampliou minha visão de mundo e me ajudou a compreender de forma mais profunda as interações sociais, os hábitos e os valores de outro país. Essa imersão cultural foi crucial para o meu crescimento, pois fortaleceu minha capacidade de adaptação e flexibilidade, habilidades essenciais no ambiente acadêmico e profissional, especialmente em um mundo cada vez mais globalizado”, compartilha Jheniffer Santos Moreira do Campus Avançado São Miguel do Guaporé.

Segundo a estudante, no aspecto acadêmico, a experiência contribuiu para seu aprendizado de novas perspectivas e abordagens, na forma de percebe a educação e de aplicar o conhecimento em contextos práticos. “Ao me deparar com diferentes métodos de ensino e diferentes realidades, pude refletir sobre as práticas educacionais em meu próprio país e identificar áreas em que posso me aprimorar, além de estimular meu interesse por outros campos de estudo. Pessoalmente, o intercâmbio foi uma jornada de autoconhecimento. Enfrentar os desafios de estar em um país diferente me ajudou a desenvolver mais confiança em mim mesmo e a valorizar a importância da comunicação intercultural”, fala.

Jheniffer Moreira

Ainda conforme Jheniffer, “a troca de experiências com pessoas de diferentes origens fortaleceu minhas habilidades sociais e me incentivou a ser mais proativa na busca de soluções diante de novos desafios. Sem dúvida, essa vivência ampliou minha visão de mundo, me tornando uma pessoa mais aberta, flexível e consciente da importância da diversidade nas relações humanas e profissionais. Essas aprendizagens se refletem diretamente em minha vida acadêmica e pessoal, pois me tornaram mais preparada para enfrentar as demandas de um mundo em constante transformação, além de me instigar a buscar sempre mais conhecimento e estar aberto a novas experiências”.

O objetivo é proporcionar ações de mobilidade internacional de forma a impulsionar o processo de internacionalização do IFRO; propiciar a mobilidade internacional (MEI) de estudantes e servidores do IFRO em instituições estrangeiras de educação em áreas de ciência e tecnologia, para realização de atividades de pesquisa, ensino e extensão, dentre outras; ampliar as ações de cooperação internacional em nível institucional para estabelecer novos projetos de colaboração em áreas de pesquisa, ensino e extensão; propiciar maior visibilidade internacional ao IFRO; e possibilitar melhoria nos índices de avaliação da educação ofertada pelo IFRO.

A Professora do Campus Ariquemes Andréia Pinsan, explica pretender utilizar as vivências do programa para enriquecer suas aulas de espanhol: “trazendo elementos culturais argentinos e promovendo discussões práticas sobre o uso do idioma em contextos reais. Além de incentivar a participação dos alunos em experiências internacionais”.

O impacto do intercâmbio para Ana Cristine P. de Jesus do Campus Porto Velho Zona Norte foi positivo. “Essa oportunidade foi completamente transformadora para mim. Durante o intercâmbio, me senti realizada não somente como aluna, mas como pessoa. Após essa experiência, me sinto incentivada a me dedicar cada vez mais no IFRO, e desfrutar de tudo o que a escola tem a oferecer, pois foi cultivado em mim o amor por representar essa instituição. Tenho a certeza de que todas as experiências que vivi, pessoas que conheci e conhecimentos que adquiri serão cruciais para meus planos futuros. Em suma, posso dizer que essa experiência impactou não somente o que está no âmbito acadêmico, mas minha percepção do mundo e de mim mesma”.

Giovanna

Giovanna Vonrondov Bergamasco do Campus Ji-Paraná mostra que mesmo os desafios fizeram parte do crescimento pessoal. “Acredito que enfrentei inúmeros desafios durante essa experiência, porém o que mais me afetou e consequentemente me fez crescer como pessoa foram os desafios e problemas que geravam estresse. Os mesmos surgiam devido a imprevistos como bagagem, alimentação ou até situações mal resolvidas. Estas demandavam calma, confiança, companheirismo e uma mentalidade responsável, para que possa se fazer presente no momento e assim encontrar uma solução adequada para aquele problema. Como também paciência, pois em alguns momentos as soluções não dependiam somente de você mesmo”.

O Programa tem como principal objetivo capacitar os integrantes a se tornarem agentes de mudança, cidadãos globais ativos, futuros cientistas e especialistas de STEM. Para Khetlyn Eduarda de Lima Damião do Campus Cacoal a viagem foi incrível. “Melhor experiência da minha vida e se pudesse refaria tudo de novo para viver isso mais uma vez. Eu visitei a cidade que eu mais sou apaixonada, fiz amizades com dezenas de pessoas, não só brasileiras, e senti que finalmente saí da minha bolha de convivência. Sou a prova viva de que o IFRO transforma a vida. Obrigada IFRO, obrigada Arint”.

Se tivesse que deixar uma mensagem aos demais alunos, Erick Batista dos Santos do Campus Porto Velho Calama diria que “o primeiro passo é ter coragem de fazer a inscrição, pois muitas vezes os alunos não se inscrevem e acabam perdendo uma grande oportunidade como essa. Aconselho a serem alunos engajados e dedicados, desenvolver projetos dentro da instituição para agregar o currículo. E para as próximas pessoas que forem selecionadas a participar desses programas, eu espero que vocês deem tudo de si, se entreguem ao programa, aproveite todas as experiências, façam tudo que está proposto e vivam essa grande oportunidade, pois tudo que aprenderem será muito enriquecedor para sua vida acadêmica, profissional e pessoal”.

Equipe IFRO intercâmbio 3

A Assessora de Relações Internacionais do IFRO, Diana Ketlem Paula do Nascimento, declara o orgulho “de proporcionar oportunidades como esta aos nossos alunos. Esse tipo de experiência transforma vidas, ampliando horizontes e conectando nossos alunos ao mundo. Eles voltam não apenas com novos conhecimentos acadêmicos, mas também com uma visão mais ampla de cultura, trabalho em equipe e possibilidades de futuro”.

“Para o IFRO, essas ações reafirmam nosso compromisso com a formação integral dos nossos estudantes, promovendo a internacionalização, que é o pilar da Arint. Ver o impacto direto na vida de cada aluno é o que nos motiva a seguir ampliando essas iniciativas”, conclui Diana.

  • Ana_Cristine
  • Andreia_Pinsan
  • Equipe_IFRO_intercâmbio_1
  • Equipe_IFRO_intercâmbio_2
  • Equipe_IFRO_intercâmbio_3
  • Equipe_IFRO_intercâmbio_4
  • Equipe_IFRO_intercâmbio_5
  • Giovanna
  • Jheniffer_Moreira
  • Khetlyn
  • Rayla
  • Samuel
  • ana_julia
  • erick
  • fabricio
  • silvilene
  • valdenor
Fim do conteúdo da página
Consentimento para o uso de cookies
Este site armazena cookies em seu computador. Os cookies são usados para coletar informações sobre como você interage com nosso site e nos permite lembrar de você. Usamos essas informações para melhorar e personalizar sua experiência de navegação e para análises e métricas sobre nossos visitantes. Se você recusar, suas informações não serão rastreadas quando você visitar este site. Um único cookie será usado em seu navegador para lembrar sua preferência de não ser rastreado.