Pesquisadores do IFRO apresentam alternativas para cultivo de tomate
Produtores rurais do município de Jaru aprenderam técnicas alterativas para cultivo de tomateiro em atividade realizada no dia 27 de abril por pesquisadores do Grupo de Pesquisas Tecnologias para o Manejo do Agroecossistema Tropical (TMAT) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Colorado do Oeste.
A atividade foi desenvolvida pelo grupo TMAT para atender a demanda dos produtores, que desejavam conhecer as atividades desenvolvidas pelos pesquisadores do IFRO, a fim de melhorem sua produção e combaterem doenças do cultivo. “Os produtores rurais têm o cultivo de tomate como uma das atividades principais em suas propriedades, porém nos últimos cultivos vêm tendo sérios problemas com a murcha bacteriana, uma das principais doenças limitantes em seus cultivos”, explica Jean Carlos da Silva Ribeiro, pesquisador do grupo.
Aos produtores foram apresentadas técnicas de enxertia em tomateiros; utilização de linhagem de tomate tolerante à murcha bacteriana; cultivo de tomate em sistema hidropônico; cultivo de tomate em fibra de coco; e produção de mudas de tomate através de estaquia. Além da exposição, houve demonstrações práticas com os produtores dos procedimentos a serem realizados para as alternativas de cultivo listadas.
Liderado pelos docentes Marcos Aurélio Anequine Macedo e Hugo Almeida Dan, o Grupo de Pesquisas TMAT tem a missão de desenvolver pesquisas e levar resultados para a sociedade, auxiliar e apresentar técnicas que visam melhorias nos mais diversos sistemas de produção. Fazem parte do grupo os pesquisadores Jean Carlos da Silva Ribeiro, Lucas Yutaka Kamiya Garcia, Ezequiel S. da Silva, Romário Batista L. Oliveira e Juliana Pereira Mendes.
Doença dos tomateiros
A murcha bacteriana é uma das principais doenças limitantes no cultivo de tomate para os produtores rurais da região nos últimos cultivos. A murcha bacteriana é uma das principais doenças das solanáceas em regiões de clima tropical e subtropical, sendo a mais importante doença do tomateiro na Região Norte do Brasil. A doença aparece principalmente em lavouras conduzidas durante verões chuvosos e em cultivo protegido, onde a rotação de culturas, uma das principais formas de controle da doença, é pouco utilizada por razões econômicas. É inicialmente percebida em reboleiras (aglomeração de plantas murchas) localizadas nas partes mais baixas e úmidas do terreno, ou onde ocorre acúmulo de água por sistemas de irrigação.
A bactéria causadora da doença, Ralstonia solanacearum, tem a capacidade de permanecer no solo por muitos anos e, com isso inviabilizar por longos períodos o cultivo de tomates em terrenos infestados.
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