Propriedades rurais são atendidas em atividades de extensão por acadêmicos de Engenharia Agronômica de Colorado do Oeste
Acadêmicos de Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Colorado do Oeste, participaram de atividades de extensão em nove propriedades rurais, nos municípios de Colorado do Oeste, Cerejeiras e Cabixi, em Rondônia.
Os estudantes da turma EA 120 do Curso de Engenharia Agronômica atenderam os produtores e preencheram um questionário realizado na disciplina de Bovinocultura e Bubalinocultura, ministrada pelo Professor Fagton de Mattos Negrão. Segundo o docente, a atividade proporciona um contato direto com o mercado de trabalho e prepara os estudantes e futuros profissionais para as diferentes realidades com produtores, inclusive de outros municípios.
“Os estudantes foram em busca de trocas de conhecimentos que agregaram na jornada acadêmica de cada um. Foi uma atividade que gerou resultados para a sociedade”, comentou Fagton. Inicialmente, o professor apresentou a proposta de execução da atividade para os estudantes, com o objetivo de definir as etapas a serem desenvolvidas. Em seguida, foi elaborado um questionário para servir de orientação durante o atendimento aos produtores.
Na fase de operacionalização, os estudantes mantiveram contato com os produtores e agendaram uma visita nas respectivas propriedades. Na fase de visitas, os estudantes tiveram a oportunidade de vivenciar o dia a dia de uma atividade de produção a campo e se sentiram estimulados para ingressarem no mercado do trabalho. Alguns produtores relataram o histórico da propriedade, desde quando iniciaram a atividade até os dias atuais, demonstrando que a evolução requer muita dedicação.
Através das experiências vivenciadas pelos estudantes que participaram do atendimento, a avaliação é de que houve êxito, pois, os produtores tiveram oportunidade de contato com pessoas que estão sendo preparadas e atualizadas. Para concretizar e eternizar as atividades realizadas, houve uma apresentação de cada propriedade atendida e convite aos produtores para participarem também. Durante as apresentações, foram feitas explanações sobre os sistemas de produção encontrados e diversas maneiras para que o produtor alcance maiores produtividades em seu rebanho.
Conforme relato da estudante Samara Fonseca Minusculi, “sem essa atividade não seria possível conhecer a realidade de diversos sistemas de produção e produtores, desde agricultura familiar até áreas maiores em um curto espaço de tempo. Em todas as visitas, ficou claro que o esforço e dedicação são a chave para um bom andamento das atividades. Pôde-se comparar, também, as diferentes visões frente a presença de tecnologias e manejos dentro da propriedade e como essas aberturas nos dão campo para atuar profissionalmente”.
Uma das propriedades visitadas foi a do Senhor Claudino e família, que receberam os alunos com muita atenção e compartilharam experiências e histórias com a turma. Na propriedade São Pedro os participantes avaliam que “sua forma de trabalhar é bastante independente, produzindo sua própria silagem, milho grão, possuindo silo para armazenagem, trituradores, misturadores, elevador, balanças e vagão forrageiro. Além de utilizar essa estrutura para o bem próprio, ele ainda aluga/disponibiliza para terceiros, como fonte de renda”. Adicionalmente, perceberam a responsabilidade e seriedade do produtor com relação aos padrões que um sistema leiteiro deve possuir: “se em três palavras pudéssemos definir o que vimos nesta visita, elas seriam dedicação, persistência e prosperidade!”.
O pecuarista João Jerdlicka está há 26 anos no município de Colorado do Oeste e diz: “tenho trabalhado incansavelmente para melhorar nossas práticas de manejo e produção, adotando técnicas sustentáveis, como o manejo rotativo de pastagens, que não apenas beneficia nossos animais, mas também minimiza os impactos ao meio ambiente, alinhando isso a técnicas modernas de manejo, nutrição e genética, espero obter melhores resultados, com sustentabilidade e bem-estar animal”.
“Acredito firmemente que podemos prosperar como produtores rurais enquanto protegemos nossos recursos naturais para as gerações futuras, ao longo dos anos testemunhei muitas mudanças no setor pecuário, em nossa propriedade, sempre buscamos equilibrar a produtividade com a preservação do meio ambiente. Com satisfação, compartilho minha experiência sobre o uso da silagem de milho em nossa propriedade, aqui enfrentamos a seca com grande frequência e intensidade, a silagem se tornou um pilar fundamental para manter nosso rebanho saudável e produtivo”, diz.
No período de seca, a silagem se torna a principal fonte de alimento para o gado de sua propriedade. Conforme João Jerdlicka demonstra, “a silagem tem uma qualidade nutricional uniforme e confiável, garantindo que nossos animais recebam os nutrientes necessários para manter sua saúde, além disso, a silagem nos permite planejar melhor a alimentação de nosso rebanho, evitando a perda de peso excessiva e mantendo os animais em boas condições corporais, isso tem um impacto direto em nossa produtividade e na rentabilidade de nosso negócio. A silagem provou ser uma excelente maneira de garantir uma alimentação consistente e de alta qualidade para nosso rebanho durante os períodos de seca. No entanto, não foi sempre um caminho fácil, também tivemos nossos erros ao longo do tempo. Um dos erros mais significativos foi a falta de compactação adequada da silagem nos silos, isso resultou em bolsões de ar e deterioração da forragem, levando a perdas significativas de qualidade nutricional”.
Avaliando positivamente a ida dos alunos do IFRO à sua propriedade rural, em que compartilhou a experiência e conhecimento acumulados ao longo dos anos, Senhor João concluiu: “sempre estaremos de braços abertos para receber professores e alunos do IFRO em nossa propriedade, acredito profundamente na importância de compartilhar conhecimento e experiência com a próxima geração. Nosso sítio está de portas abertas para proporcionar uma experiência prática enriquecedora, onde todos podem aprender mais sobre as complexidades e desafios da agropecuária”.
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