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Campus Cacoal discute direitos dos deficientes à democracia

Publicado: Terça, 27 de Setembro de 2016, 12h15 | Última atualização em Domingo, 23 de Abril de 2017, 21h13 | Acessos: 2737

Campus Cacoal 3O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Cacoal, realizou entre os dias 21 e 23 de setembro o projeto “Sou deficiente! Mas não diferente. Votar é meu direito”. A atividade envolveu ações no trânsito e palestras com a discussão sobre os direitos de voto e a importância da acessibilidade para as pessoas com necessidades específicas durante as eleições.

“Temos dois problemas principais. O primeiro é que nem todas as pessoas com deficiência têm noção do seu direito a participar da escolha de um representante político. O segundo é que aqueles que possuem essa consciência nem sempre conseguem exercer o voto por falta de acessibilidade. O projeto busca conscientizar as pessoas da importância do voto, ao mesmo tempo em que tenta chamar a atenção das autoridades sobre a necessidade de tornar o processo eleitoral mais acessível”, explicou a tradutora e intérprete de LIBRAS do Campus Cacoal, Michelle Ayres.

Ela é também a coordenadora do Núcleo de Apoio à Pessoa com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do IFRO, criado para favorecer a convivência de alunos com necessidades específicas na instituição e no dia a dia escolar. “Como Instituto Federal, estamos atentos a isso e sabemos que essa preocupação também deve se estender à sociedade como um todo. É nossa obrigação ampliar essa discussão para que as pessoas com deficiência possam de fato ter uma vida normal”, justificou Michelle.

Programação

As atividades do projeto tiveram início na última quarta-feira, 21 de setembro, quando alunos do IFRO e do Centro de Reabilitação Neurológica Infantil de Cacoal (CERNIC), além de membros da sociedade em geral, ouviram uma palestra e participaram de mesa redonda que discutiu os temas “exercício da cidadania” e “meus direitos e deveres enquanto cidadão brasileiro”. Palestrante e professor de Direito da UNESC, Felipe Pacheco, apoiou a iniciativa. “O direito constitucional garante a todos os deficientes o pleno acesso ao direito do voto”, disse.

Além da palestra, o projeto envolveu ainda um pit stop em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no quilômetro 228 da BR 364, em frente ao portal de acesso ao Campus Cacoal do IFRO. Alunos e servidores abordaram os motoristas com material educativo sobre o tema, além de colar adesivos nos veículos.

Outra ação, em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (DETRAN-RO) e com a Secretaria Municipal de Trânsito (SEMTRAN), também abordou motoristas no centro de Cacoal. Durante a parada, os motoristas receberam material do projeto de acesso ao voto, além de panfletos sobre responsabilidade no trânsito.

Resultado

Aluno do IFRO, Willyan Rodrigues tem 15 anos e cursa o primeiro ano do curso Técnico Integrado em Informática. Ele participou ativamente do projeto como ouvinte das palestras e na entrega de material aos motoristas. Segundo ele, o projeto revolucionou sua maneira de encarar o exercício da democracia, mesmo não tendo nenhuma necessidade especial.

“Despertei para um novo olhar, uma nova maneira de enxergar o candidato e o papel que ele tem. A todo momento convivemos com pessoas que possuem deficiência e elas precisam ter seus diretos garantidos. Os políticos que elegemos é que vão traduzir esses direitos em realidade e por isso devemos votar com consciência”, resumiu Willyan.

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