Instituto Federal de Rondônia

Projeto fruto de parceria entre IFRO Cacoal e UFRJ tem aprovação em edital nacional

Uma parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Cacoal, teve projeto aprovado na Chamada Pública MCTI/FINEP/FNDCT/CT-AGRO – Programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia (MCTI Fomento à ICT – 01/2022). A seleção pública é realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), visando ao fomento de projetos de inovação na temática de Fomento a Cadeias Produtivas da Bioeconomia em Biomas Brasileiros.

De acordo com informações do Departamento de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Depesp/IFRO/Cacoal), desde 2016 o Campus Cacoal vem direcionando atividades para pesquisas e estudos sobre a cadeia produtiva do café. Neste escopo, no segundo semestre de 2021, em contato com a Professora Claudia Moraes de Rezende (Professora Titular do Instituto de Química da UFRJ, referência em pesquisas com café) para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao café. No final de 2022, houve o convite por parte da Professora Claudia para que o IFRO Campus Cacoal participasse do projeto: “Valorização das cadeias produtivas de macaúba e café usando o conceito de biorrefinaria”.

“O projeto é uma parceria entre a instituição executora UFRJ e a Instituição Científica e Tecnológica IFRO. Além da cooperativa que atua na cadeia produtiva do café: LaCoop Brasil – Cooperativa dos Agricultores Familiares da Amazônia que reúne famílias produtoras de cafés da espécie canéfora em Rondônia e INOCAS que é uma empresa brasileira que tem a missão de regenerar áreas de pastagens degradadas por meio do plantio da macaúba e com o envolvimento da agricultura familiar”, explica a Chefe do Depesp/Cacoal, Aline Gomes.

Ainda segundo Aline, o valor total do projeto é de R$ 3.049.073,06 e em Rondônia, esse recurso será direcionado para o desenvolvimento tecnológico da cadeia produtiva de café. Serão oferecidas capacitações para servidores do IFRO, aquisição e manutenção de equipamentos de laboratório para o desenvolvimento de pesquisas na região.

“Com o desenvolvimento do projeto, espera-se contribuir com desenvolvimento de estudos que abarquem esta temática e corroborar com o desenvolvimento científico, econômico e tecnológico do estado, além de fomentar uma rede de cooperação técnica entre IFRO e UFRJ”, conclui a Chefe do Depesp.

Fomento à ICT

Segundo a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a biodiversidade apresenta oportunidades para a consolidação de uma bioeconomia brasileira desenvolvida com bases sustentáveis. Tais oportunidades englobam o desenvolvimento de produtos, processos, tecnologias e serviços para contribuir com o desenvolvimento sustentável do país, gerando trabalho e renda a um grande número de comunidades que já desenvolvem atividades com os ativos da biodiversidade nos biomas brasileiros. No entanto, grande parte dessas comunidades enfrentam dificuldades de várias naturezas, desde lacunas de conhecimento, gargalos tecnológicos, ausência de protocolos de produção, necessidade de certificações, dificuldades no acesso a mercados e deficiências ou mesmo ausência de infraestruturas e políticas públicas de suporte.

A Chamada Pública MCTI/FINEP/FNDCT/CT-AGRO integra os esforços do Programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e objetiva conceder recursos não reembolsáveis para apoiar projetos que promovam soluções aos gargalos científicos e tecnológicos enfrentados na estruturação e fortalecimento de cadeias produtivas baseadas na biodiversidade brasileira, desenvolvendo essas soluções de modo a agregar e reter valor junto aos elos iniciais das cadeias produtivas, melhorando a qualidade de vida das populações atendidas.

A Seleção Pública pretende apoiar iniciativas lideradas por Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) brasileiras que atuem com o desenvolvimento de novas soluções para cadeias produtivas da bioeconomia, sejam elas científicas, tecnológicas, inovações em produtos, serviços, processos, modelos de negócio com base na biodiversidade brasileira e acesso a mercados.