Ariquemes encerra a primeira semana de educação para vida
Alunos do ensino médio e da graduação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ariquemes, participaram de 11 a 15 de setembro da primeira edição da Semana de Educação para Vida. O evento foi criado através da Lei 11.988/2009, com objetivo de abordar temas relativos à cidadania, complementando o currículo obrigatório do Ensino Médio e Técnico.
No Campus Ariquemes, a semana iniciou com o evento de abertura no ginásio, no dia 11. Na terça-feira, foram realizadas duas seções da palestra com a psicóloga Jéssica Casalvara sobre depressão e automutilação. No mesmo dia, a assistente social e coordenadora da Casa de Apoio às Mulheres (Casa Noeli), Elineide Ferreira Oliveira, juntamente com a psicóloga da casa Lucimere Cordeiro Santana, ministraram duas sessões da palestra sobre violência contra a mulher e empoderamento feminino.
Na quarta-feira, foi a psicóloga do Campus Ariquemes, Bruna Angélica Borges, quem ministrou palestra sobre machismo para as turmas do ensino médio. E na quinta-feira debateu-se gênero e diversidade sexual para as turmas de ciências biológicas e aquicultura. Ainda na quinta, a professora Márcia Nascimento e os acadêmicos de Psicologia da FAAR (Faculdades Associadas de Ariquemes) realizaram palestra sobre o suicídio, e o professor Natanael Simões abordou o tema vícios da tecnologia. Para a psicóloga Bruna Angélica, este “é um espaço institucional privilegiado para a construção do conhecimento, a convivência social e o exercício da cidadania, por isso falar sobre gênero na escola possibilita ao estudante discutir, opinar e refletir sobre as diversidades de valores existentes e o reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres”.
A aluna Camila Soares, do Técnico em Agropecuária, participou da palestra sobre violência da mulher e diz ter se conscientizado sobre as diversas formas de abusos contra os direitos das mulheres “e de como é importante ajudá-las para saírem desse ciclo de violência”.
Também realizaram atividades com as turmas, a nutricionista do campus, Débora Branth, sobre alimentações saudáveis, na quarta-feira. E o professor Oscar Costa Borche sobre drogas, na sexta. As ações foram coordenadas pelo NAPNE (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas) e aconteceram no ginásio de esportes, no miniauditório e no auditório do museu do campus. Na opinião da coordenadora do evento, Vanessa Milani, o evento superou as expectativas principalmente devido ao interesse e a vontade dos alunos em participar das demais palestras. Ela explica que a participação dos alunos era feita através de rodízios de salas.
Cinema
O projeto de extensão Cinema e Ciclo de Debates fez a sua quinta edição na quarta-feira à noite, exibindo o filme “O primeiro da classe”. O filme conta a história real de um professor com Síndrome de Tourette. Segundo o colaborador do projeto e coordenador do Curso de Ciências Biológicas do campus, Alessandro de Oliveira, a sessão de cinema serviu como forma de sensibilizar os alunos em relação aos percalços e possibilidades da educação inclusiva, “algo fundamental em um curso como a licenciatura em ciências biológicas, assentada na formação de professores”.
O objetivo do projeto é a criação de espaços dialógicos dentro do ambiente escolar, a partir da experiência cinematográfica, com a finalidade de aprofundar as discussões e as problemáticas levantadas durante as sessões. Espera-se com isso influenciar a reflexão conceitual dos alunos sobre temas complexos e polêmicos. Esta edição do projeto foi a primeira a ocorrer no período noturno.
Na mesa de debates coordenada por Robison Schoaba, participaram a psicóloga Bruna Angélica, a professora Telma Fortes Medeiros e, como convidados, representantes da Associação de Mães de Autistas de Ariquemes (AMAAR).
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