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Aprendizagem realizada pelos estudantes no Projeto Saber Viver vai além do currículo acadêmico

Publicado: Quinta, 05 de Março de 2020, 19h44 | Última atualização em Quinta, 05 de Março de 2020, 20h00

 estudantes mestrado profept bolsista projeto saber viver audiência comunidade guajara mirimO Projeto Saber Viver, desenvolvido em parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRO), a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA/MS) e 19 prefeituras municipais de Rondônia, tem realizado ações para além dos muros institucionais e do currículo acadêmico. No âmbito do projeto há formação de cidadãos comprometidos com o desenvolvimento humano, econômico, cultural, social e ambiental sustentável de Rondônia.

A cooperação consiste no desenvolvimento de pesquisa acerca das realidades regionais sobre saneamento básico com transferência de informação e tecnologias que possibilitem a construção dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) dos municípios participantes do projeto.

São atendidos os seguintes municípios: Guarajá-Mirim, Pimenta Bueno, Pimenteiras do Oeste, Cabixi, Colorado do Oeste, Chupinguaia, Costa Marques, Urupá, Teixeirópolis, Ouro Preto do Oeste, Vale do Paraíso, Primavera de Rondônia, São Felipe d’Oeste, Parecis, Alto Alegre do Parecis, Alta Floresta d’Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Castanheiras e Ministro Andreazza.

Exigência legal em todo o País, o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) está definido na Lei Federal nº 11.445/07, Lei Federal nº 12.305/2010 e Resolução Recomendada nº 75/2009 do Conselho das Cidades. Envolve um processo de construção coletiva dos mecanismos de gestão pública compartilhada e transparente da infraestrutura de saneamento básico do município, observando os quatro eixos do saneamento básico: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais.

Sua produção é feita com a participação da sociedade em oficinas e audiências públicas e é, ainda, acompanhada pela sociedade através da entrega de 11 produtos que registram o avanço do processo, conforme o Termo de Referência para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico, publicado pela FUNASA em 2012, e que traz a descrição dos procedimentos relativos ao convênio de cooperação técnica e financeira da Fundação Nacional de Saúde/Ministério da Saúde.

Dado o contexto, o Projeto Saber Viver para o município é importante por produzir coletivamente uma minuta de lei com programas, projetos e ações com a expressão das demandas da população para Saneamento Básico, observando um interstício de 20 anos. Esse documento deverá ser apreciado e aprovado pela Câmara de Vereadores e, em sequência, outorgado pelo Prefeito Municipal. Além disso, para os munícipes é o estabelecimento de um caminho que terá o seu traçado e os pontos de checagem para verificação do avanço pretendido.

Constituído o Plano Municipal, será uma ferramenta para a promoção da saúde com o desenvolvimento de ações concretas para saneamento básico que foram estabelecidas ao se ouvir a comunidade. Para a FUNASA, o Projeto Saber Viver propiciará a entrega do PMSB aos municípios e a subsequente publicação da lei municipal, a qual criará um ambiente que ordenará as atividades do Poder Público Municipal, subsidiando as ações para a promoção da saúde através da infraestrutura dos quatro eixos de saneamento básico e, também, do desenvolvimento de soluções em gestão e de capacitação de pessoas para o cuidado desse patrimônio público.

No IFRO, o Projeto Saber Viver é a manifestação da missão: a promoção de educação profissional, científica e tecnológica de excelência, por meio da integração entre ensino, pesquisa e extensão, com foco na formação de cidadãos comprometidos com o desenvolvimento humano, econômico, cultural, social e ambiental sustentável, em Rondônia e no Brasil.

Pesquisa

Segundo o professor Antonio dos Santos Junior, da Coordenação Técnica do Projeto Saber Viver, foi realizada uma pesquisa interna entre estudantes do IFRO, de cursos técnicos e de graduação, que são bolsistas do Projeto Saber Viver.

Entre as falas da entrevista, estão a conquista de “novos conhecimentos que adquiri na área de saneamento, além de passar a reconhecer o tamanho da importância do mesmo na vida de todos”; “logo de primeira me interessei pelo assunto e com o decorrer do projeto tenho aprendido e me interessado casa vez mais”; “o ingresso no projeto Saber Viver me proporcionou uma experiência de trabalho em grupo, me permitindo ter uma ideia de como é o mercado de trabalho. O que mais me surpreendeu no projeto Saber Viver foi a sua organização e o seu compromisso com a finalidade do projeto, e os profissionais incríveis que tive contato nesse período que faço parte do projeto”; “estar em contato direto e vivenciar na prática os quatro componentes do saneamento foi demasiadamente importante para mim, visto que pude notar a gravidade e relevância que a presença e falta dos mesmos possuem no bem-estar da população”.

A percepção da influência que o saneamento básico possui sobre a comunidade também foi comentada entre as falas dos bolsistas: “aprendi muito em relação ao saneamento, que também é uma das áreas abrangidas pela Engenharia Civil, tive a oportunidade de conhecer e estudar o funcionamento de várias estruturas que antes ainda não havia sequer ouvido falar, tais como infraestruturas de macro e micro drenagem, estações elevatórias e de tratamento de esgoto, funcionamento de um Salta Z, entre outras experiências. Sem dúvidas vivi momentos de ensino, pesquisa e extensão”. E ainda sobre que “atuar no Saber Viver me fez notar o quão discrepante é a diferença entre as realidades econômicas e geográficas vividas pelos cidadãos rondonienses, além de notar o quão deficiente é a área de saneamento no nosso estado, tendo urgência na necessidade de profissionais habilitados para atuar na mesma. De fato, sinto-me mais capaz para contribuir com o desenvolvimento social e econômico de Rondônia”.

“Como o meu curso é mais voltado pra laboratório e cálculos, pude despertar o meu lado humano, tive que sair da minha zona de conforto, mudar a linguagem ao conversar com as pessoas, ter empatia com a situação e forma que as pessoas expressam para nós. Então acredito que tive muitos aprendizados, teve a parte de pesquisa e principalmente a extensão”, ressaltou outra resposta. Outra fala acrescenta: “aprendi a trabalhar em equipe, coisas que eu pensava ser de um jeito, mas são de outro completamente diferente. Sinto-me mais capaz para ingressar no mercado de trabalho, pela experiência na minha área e em outras também”.

Para o professor Antonio, os depoimentos colhidos revelam como os estudantes que participam do Projeto Saber Viver têm desenvolvido capacidades que estão além do conhecimento técnico, entre elas: o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação transparente dos resultados, a aprendizagem baseada na resolução de problemas ou desenvolvimento de projetos e o trabalho colaborativo. “O IFRO tem auxiliado esses futuros profissionais no desenvolvimento de um conjunto de competências profissionais complementares, mas extremamente importante para seu engajamento profissional e social. São as chamadas competências subjetivas (soft skills), que são pobremente delineadas, mas regularmente investigadas pelo Fórum Econômico Mundial entre os líderes mais proeminentes das mais variadas instituições globais”.

O docente explica que essas competências só podem ser desenvolvidas através do convívio, por isso a presença ativa do estudante em ambientes que proporcionem uma variedade de experiências é tão importante. “São elas que cada estudante deve buscar desenvolver além do currículo programado. Ao fazer isso, ele aprenderá diferentes estratégias de argumentação e de forma respeitosa. Ele aprenderá que pessoas com valores diferentes podem coexistir e colaborar para o bem da sociedade e das instituições. Ele aprenderá que o lucro é importante, mas que o respeito à dignidade e à vida da pessoa humana importa mais. Ele aprenderá que as pessoas são profissionais competentes, independente do gênero. Ele aprenderá a liderar e a ser liderada. É por isso que o Projeto Saber Viver é o IFRO além dos muros”.

O trabalho do Projeto Saber Viver pode ser acompanhado no Instagram e no Facebook

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