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IFRO sedia Seminário de Orgulho LGBT

Publicado: Sexta, 28 de Junho de 2019, 13h52 | Última atualização em Sexta, 28 de Junho de 2019, 13h57

Seminário 1º dia 1O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) está sediando o Seminário de Orgulho LGBT, realizado pela Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), e em parceria com a Defensoria Pública do Estado (DPE-RO). O evento iniciou na terça-feira (25) e se encerra nesta sexta (29), no Auditório da Reitoria, na Avenida Tiradentes, 3.009, em Porto Velho.

As palestras estão iniciando às 19 horas. Na terça (25), o tema foi “Estupro Corretivo e Lesbofobia”. Na quarta (26), “Masculinidade Tóxica nas Relações Homoafetivas”. Na quinta (27), foi “Invisibilidade Bi”. E nesta sexta (28), “STF e a Criminalização da Transfobia”, em palestra do Defensor Público, Gilberto Campêlo.

Segundo a servidora Miralba Uchoa de Carvalho, que foi uma das palestrantes no primeiro dia, a participação do IFRO na cedência do espaço de realização do evento é importante para a promoção de igualdade social e na possibilidade de compartilhamento de vivências.

A junção entre a instituição e a promoção do mês do Orgulho LGBTQ+ (população lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e outras identidades de gênero) traz valorização para a vida afetiva, familiar e profissional. Ela, que atualmente é Diretora de Engenharia do IFRO, afirma que “meu trabalho sempre fez parte de quem eu sou. Não diz quem eu sou, mas faz parte de tudo o que eu sou e é extremamente importante para mim. Ser no IFRO o Seminário foi um marco em valorização pessoal e profissional. No evento abordei sobre como a instituição me recebeu e de como em nove anos de atuação nunca sofri preconceito. Na atual gestão temos uma valorização do trabalho da mulher muito grande”.

50 anos de reflexão

O Seminário está relacionado à comemoração do Dia Internacional do Orgulho LGBTI (28 de junho de 1969). Gilberto Campêlo é diretor do Centro de Estudos da DPE-RO e explica que a parceria com a OAB/Comissão de Direitos Humanos Defensoria tem por objetivo discutir o tema com toda a sociedade.

A data remete ao episódio conhecido como Rebelião de Stonewall Inn, quando no final da década de 60 houve uma revolta contra a polícia que de forma agressiva invadia bairros e bares para reprimir a comunidade LBGT de Nova York. “Estamos comemorando 50 anos de Stonewall Inn, então a ideia é debater a questão do orgulho LGBT com as especificidades de cada letra, a questão lésbica, gay, bi e trans. Apesar de ser uma comunidade só, cada um tem suas especificidades e a ideia é discutir isso e jogar luz nesses temas que são tão necessários, ainda mais nesses tempos em que vivemos de opressão das minorias. E o IFRO é sempre um parceiro da Defensoria Pública, não é o primeiro evento que a DPE participa. O Instituto sendo um local de pesquisa, extensão, educação, sempre abre as portas para debater temas importantes como o de hoje”, afirma o Defensor Público.

Direitos Humanos

Conforme o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Seccional Rondônia da OAB/RO, Cassio Esteves Jaques Vidal, o Seminário foi pensado para “dar voz a essa comunidade que diariamente é alvo de atos discriminatórios e degradantes. Fruto do esforço de duas conceituadas instituições, nasce do compromisso intransigente que ambas ostentam: a defesa da universalização dos direitos humanos e propulsão da dignidade humana. O desenho do evento foi pensado de forma a englobar as discussões referentes a cada um dos grupos identitários envolvidos, formando-se uma mesa com dois expositores e um mediador, que coordena os trabalhos e abre para a participação dos presentes. Entendemos que o primeiro passo para a efetivação da sociedade livre, justa e solidária pensada pela Constituição é o diálogo franco e aberto”.

  Leiliane Borges Saraiva, que integra a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e é servidora do IFRO, acrescenta que as questões relacionadas à homofobia e transfobia foram analisadas pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Crimes de ódio contra a população LGBT serão punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível.  Segundo Leiliane, a realização do evento traz um debate muito atual, pois o STF “declarou a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinou que o crime de racismo seja enquadrado nos casos de agressões contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) até que a norma seja aprovada pelo parlamento”.   

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