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Um pouco da história dos servidores públicos do IFRO

Publicado: Sábado, 27 de Outubro de 2018, 14h44 | Última atualização em Segunda, 29 de Outubro de 2018, 11h17

servidorEste domingo, 28 de outubro, possui ponto facultativo nacional por ser o Dia do Servidor Público, profissionais que trabalham nos diversos órgãos das três esferas (municipal, estadual e federal) atendendo aos mais de 209 milhões de habitantes do território brasileiro. A data de homenagem foi instituída com a criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil no ano de 1937.

O quadro atual do IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia) é de 1.264 servidores, sendo 704 docentes e 560 técnicos administrativos, mais o apoio de 38 estagiários, para atendimento direto a mais de 15 mil estudantes. A contribuição dos servidores para a construção da Rede Federal de Rondônia vem de longa data, instalada no Estado em oito diferentes municípios.

O professor do Campus Ariquemes, Antonio Anicete de Lima, foi o primeiro docente a chegar à Classe Titular da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). A concessão veio após apresentação do título de Doutor, a aprovação em processo de avaliação de desempenho e do memorial descritivo. A portaria de número 1.004 foi publicada em abril de 2018, após pareceres dos Membros da Comissão Especial de Avaliação de Memorial para Promoção para a Classe de Professor Titular.

Nascido em Várzea Alegre (Ceará), em 27 de janeiro de 1952, o Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Ceará (UFCE) chegou ao magistério em 1983. No IFRO, o professor começou sua história após nomeação para o Quadro de Pessoal da Escola Agrotécnica Federal de Colorado do Oeste (EAFCO), em 1994, onde assumiu em 13/01/1995. Lá vivenciou a transformação em IFRO Campus Colorado do Oeste, passando posteriormente a trabalhar no Campus Ariquemes. “Tudo começou em 1994, quando entrei para a vida pública, como Professor de 1º e 2º Graus, na cidade de Colorado do Oeste, Rondônia. Antes dessa minha experiência no serviço público federal, eu fui professor na Escola Agrotécnica Estadual Silvio Gonçalves de Faria, em Ji-Paraná, por aproximadamente dez anos”. Fazer o concurso para uma escola federal foi para ele uma das melhores oportunidades que teve na vida, exercendo a docência na área de agronomia e assumindo, quando necessário, áreas diferentes, porque como ele ressalta naquele tempo praticamente não havia a contratação de professores substitutos para suprir as necessidades escolares. Ao longo de sua vida funcional teve oportunidade de realizar diversos eventos formativos, cursando de pós-graduações a outros de níveis diversos.

Uma das lembranças que guarda é o de que “durante um bom tempo lá em Colorado, eu e Heleno Santos fizemos o projeto da Horta Escolar e desenvolvemos um grande trabalho na escola abastecendo tanto a escola, quanto a funcionários, e vendendo o excedente da produção para as pessoas de Colorado. Foi uma oportunidade muito boa”. Essas atividades eram realizadas juntamente com duas aulas práticas e duas teóricas por semana, em que se utilizava da filosofia “aprender a fazer fazendo”, algo que o docente diz sentir falta na atualidade. Sobre a atuação integrada entre ensino-pesquisa-extensão nos vários níveis escolares, Anicete diz que esse trabalho, “com diferentes tipos de cursos, e o professor tem que se adaptar às mudanças que vão ocorrendo ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Você ensina diversas disciplinas durante a sua atividade profissional. Já ensinei no ensino técnico profissionalizante, no ensino técnico tecnológico, nos cursos de graduação de Biologia e Agronomia, e até pós-graduação. O professor gasta muitas horas de suas atividades preparando aulas”.

Sobre a difícil tarefa, mas gratificante de lecionar numa instituição pública, o professor Anicete exalta que uma de suas últimas atividades nestes dias foram as aulas num curso FIC (Formação Inicial e Continuada), no sábado, na zona rural, para produtores da agricultura familiar. “Foi a coisa mais divertida que tive na minha vida, porque a coisa melhor do mundo é dar aula para quem quer, para quem precisa”, relata. Para concluir, ele assevera: “se eu tivesse mais tempo, eu ainda ia estudar. Ia fazer o pós-doutorado, porque devemos agradecer e não deixar essas oportunidades passarem na nossa vida”.

Também da “turma” que chegou em 1995 ao atual Campus Colorado do Oeste, o professor Carlos Henrique dos Santos explica que ser servidor público da área de educação é um dos maiores compromissos do brasileiro com a sociedade, porque a educação é a base do todo. Carlos Henrique se graduou em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1983), iniciando a carreira de magistério em 1986, em Porto Velho (RO). Depois foi professor das redes estadual e municipal em Cerejeiras (RO), neste último município trabalhou por aproximadamente nove anos. “Em Cerejeiras quase não tinha professor habilitado, na época, na área de Química, então eu dava aula em todas as escolas. Tinha escola da área rural, onde não tinha professor, eu sempre fui para contribuir. Trabalhei, dei aula, até o concurso para consolidar a implantação da Escola Agrotécnica em Colorado do Oeste. Aprovado, de 1995 até hoje estamos participando da Rede”, explica.

“Quando chegamos, no comecinho de janeiro de 1995, nós ainda fomos fazer a seleção das quatro primeiras turmas, da primeira série do Técnico em Agropecuária, de um total de 120 alunos. Até hoje é uma realização para todos os que trabalharam naquela época com as primeiras turmas. Entramos para desbravar mesmo, porque não tinha nada e nós arregaçamos as mangas para construir. Hoje é o Instituto Federal de Rondônia e a semente foi plantada lá em Colorado do Oeste”, relembra o docente, quando a instituição possuía pouco mais de 20 servidores. Entre os serviços que os professores precisavam fazer estava desde o cuidado com os animais que faziam parte da escola até o plantio, organização dos canteiros e hortas.

Hoje ser professor do Instituto Federal de Rondônia é diferente das outras instituições, avalia Carlos Henrique, que atualmente trabalha na Reitoria do IFRO e também assume em momentos de ausência do Reitor Uberlando Leite o cargo de reitor substituto. “Quando vou dar posse para servidor que está entrando em exercício sempre falamos que somos diferenciados, porque o professor quando vem para o IFRO não apenas dará aula, ele vai atuar no ensino, extensão, pesquisa e também no assessoramento da administração”.

Outra lembrança trazida pelo docente é do trabalho que já teve em atividades de pesquisa: “precisava fazer carvão, que era um dos componentes para desenvolver a pesquisa, isso em 1995/96, mas é muito gratificante. Um passo correto que dei na minha vida foi entrar para o magistério. Hoje já passei do tempo de aposentadoria, mas continuo com gás para contribuir mais um pouco no serviço público”.

Entre os técnicos administrativos, quem também faz história na instituição é a servidora Maria Aparecida Boaventura. Atualmente ela é lotada no Campus Vilhena, mas foi em 25 de janeiro de 1995 que iniciou sua vida funcional na antiga Escola Agrotécnica de Colorado do Oeste, no cargo de Assistente de Alunos. Já Vanderlei Kuipers, de Colorado do Oeste, que também participou do primeiro concurso público para a EAFCO, começou a trabalhar em 23 de janeiro de 1995. Ao longo dos 23 anos em que é servidor, presenciou a história da instituição, desde a primeira turma do Curso Técnico em Agropecuária, ampliação da estrutura física, criação de novos cursos, até a formação do IFRO. Inicialmente, ele trabalhou como eletricista, fazendo parte da antiga Coordenação de Serviços Auxiliares, depois passou a compor a Comissão Permanente de Licitação (CPL), sendo que atua nesta área há 15 anos e atualmente é o Coordenador de Compras e Licitações (CCL) do Campus Colorado do Oeste.

Vanderlei contribuiu muito no setor de licitações. “Participei do primeiro pregão presencial feito pela EAFCO, que era uma nova forma de licitação implantada no Brasil em 2002. Na época adquirimos um trator para a Escola”, relembrou. Inclusive, Vanderlei auxiliou na implantação deste setor nas demais unidades do IFRO na época de criação da instituição. “Fui até a Reitoria atuar como pregoeiro e ensinar os colegas da área a como melhor operar o sistema”, comentou.

Ele sempre residiu em Vilhena e recorda que antes de ser estabelecido o transporte regular de servidores e alunos por ônibus, ele e outros colegas precisavam ficar no município de Colorado para trabalhar durante os dias de semana. “Já morei em república com vários outros colegas servidores e voltávamos para casa apenas no final de semana”, narrou.

Um dos acontecimentos da história do Campus Colorado que Vanderlei tem saudades é da Festa das Nações, evento anual realizado pela EAFCO em que eram construídas barracas caracterizando várias nações, como italiana, alemã e japonesa. “Era muito trabalhoso, pois gastávamos uma semana para organizar os dois dias de eventos. Mas todos se envolviam, viam caracterizados e preparavam comidas típicas de cada nação. Até pessoas de outros estados viam prestigiar mesmo naquela época”, explicou. Vanderlei também deixa sua mensagem aos servidores públicos do IFRO: “É preciso trabalhar com amor e dedicação, gostando do que faz, pois estamos aqui para servir ao público”.

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