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Educação musical perpassa momentos da vida escolar no IFRO

Publicado: Quinta, 04 de Outubro de 2018, 09h47 | Última atualização em Quinta, 04 de Outubro de 2018, 09h47

alunos ariquemes

O primeiro de outubro foi a data de celebração do Dia Internacional da Música, instituído no ano de 1975, por uma organização não-governamental fundada com o apoio da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a International Music Council. O objetivo era o de promover valores de paz e amizade por intermédio da música, levando-a a todos os setores da sociedade. No IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), a música também perpassa diversos momentos da vida escolar dos estudantes.

Segundo o Professor de Arte – Música no Campus Colorado do Oeste, Mauro Sérgio Demício, “a música cumpre um papel de fundamental importância na formação humanística de nossos alunos, dentro do campo das artes. Com o ensino de música procuramos contribuir com a formação para um gosto estético inserindo nossos alunos num universo de organização sonora que certamente eles não seriam inseridos caso não fossem alunos do IFRO”.

Nos campi, que possuem professores com formação em música, são muitos projetos que estão em andamento. É o caso do Campus Ariquemes, com atividade aprovada via edital 4/2018 da PROEN/IFRO (Pró-Reitoria de Ensino). Intitulado “O ensino técnico instrumental de música como ferramenta para o desenvolvimento musical, social e cultural”, o objetivo é de organizar o ensino técnico instrumental de música para os alunos de cursos técnicos integrados ao ensino médio, levando em consideração o ensino de música dentro do contexto escolar.

As inscrições para o ensino de música instrumental encerram no final de agosto, com oferta de aulas a estudantes nas categorias iniciante e intermediário e também para servidores. As oficinas de música são voltadas para a prática instrumental durante o contraturno escolar para os alunos do ensino médio integrado com ou sem conhecimento prévio de música e que possuem ou não instrumento musical. As atividades foram distribuídas em aulas sobre  linguagem e teoria musical, aulas de teoria musical integradas com outras disciplinas, oficinas de prática instrumental nas diferentes modalidades de instrumentos (cordas friccionadas, cordas dedilhadas, sopros e percussão) e oficinas de prática em conjunto. Cada participante deverá frequentar a aula teórica, que será ministrada no primeiro tempo pelo coordenador, e em seguida poderá participar da oficina de instrumento desejada.

A metodologia do projeto se baseou no método de Shinichi Suzuki, principalmente na escolha do repertório. Todos participam das aulas teóricas, que são ministradas no primeiro tempo pelo Professor de Música Manoel Sampaio Schiavil, em conjunto com os professores colaboradores, alunos bolsistas e outros colaboradores. Em seguida os alunos participam da oficina de instrumento desejada (iniciante ou intermediário). Na oficina é utilizado o método de ensino coletivo, agrupando os alunos nas quatro modalidades: Cordas friccionadas (violino, viola, violoncelo, contra baixo acústico), Cordas dedilhadas (violão), sopros (flautas e escaleta), percussão (bateria, pandeiro entre outros). Eventualmente, ocorre no final de alguns encontros, a prática em conjunto com todos os alunos.

Segundo o Professor Manoel, o projeto visa atender uma demanda de organizar um espaço dentro das atividades escolares para o ensino técnico-instrumental de música criando um espaço de convívio social, interação e de cooperação de forma lúdica e espontânea e formação cultural e artística do aluno. “O ensino de música na educação básica visa contribuir com uma demanda da comunidade escolar para a formação integral do indivíduo, promovendo a sensibilização estética por meio da democratização da apreciação, fruição e do fazer musical em sua diversidade. Além dos benefícios do desenvolvimento motor e cognitivo, a prática musical coletiva desenvolve a sociabilidade, a expressividade e introduz o sentido de parceria e cooperação”, afirma o docente.

A estudante Natally Luana, do segundo ano do Curso Técnico em Manutenção e Suporte de Informática do Campus Ariquemes, está iniciando os estudos no violino. “Eu sempre tive uma paixão imensa pela música, tenho uma visão de que ela consegue conectar pessoas de diferentes etnias, países, estilos etc. Desde pequena eu tinha um gosto por reproduzir os sons de musiquinhas em teclados de brinquedo. Era meu sonho aprender a tocar algum instrumento musical. O projeto me deu essa oportunidade e hoje eu estou realizando um sonho de tocar um instrumento clássico no qual sou apaixonada. Quando toco, mesmo tendo começado agora, é como se eu fosse transbordar de alegria, como se o mundo se calasse e ecoasse apenas o som da alma dançando por entre as cordas e produzindo a melodia que me acalma, ela me dá o poder de me expressar sem dizer um ‘a’, me deixa querendo ficar tocando pra sempre”, destaca Natally.

Os instrumentos musicais que o Campus Ariquemes possui são: 3 violinos, 1 viola, 1 violoncelo, 3 violões, 2 flautas, 2 pandeiros, 1 afoxé, 1 cajon e 1 bateria. Também serão utilizados instrumentos emprestados para o projeto: 1 contrabaixo acústico, 2 escaletas, 2 flautas doce, 1 flauta transversal, 1 tamborim, 1 agôgo e 2 violões. O campus possui também equipamento de áudio com microfones e mesa de som, estantes, pedestais e amplificadores. “Quando você toca/canta por amor você aprende e se desenvolve cada vez mais, a música aumenta sua percepção e faz com que o mundo/pessoas pareçam menos chatos faz com que a vida fique mais alegre.  A música me provoca a percorrê-la e me instiga a buscar cada vez mais melhorar e melhorar.  Ela me fornece alegria nas semanas monótonas. A música me liberta”, relata Natally Luana.

Participam do projeto alunos dos cursos técnicos em Agropecuária, em Alimentos e em Manutenção e Suporte em Informática e os servidores.  Nas oficinas, as turmas serão de cinco a dez alunos no máximo, sendo acompanhadas pelo Professor Manoel Schiavi, juntamente com os servidores Tânia Luz e Franscico Roberto, os estudantes bolsistas e voluntários do projeto Guilherme Castelo, Nícolas Muniz e Hugo Castor. Na opinião de Schiavi, “a execução está sendo um grande desafio, porém muito prazeroso. Os alunos estão se apropriando do projeto auxiliando nas atividades e conseguindo estudar música de maneira autônoma e até mesmo de forma autodidata. Muitos estão estudando o instrumento pela primeira vez e estão conseguindo tocar pequenos temas e executar músicas em conjunto”.

Campus Cacoal

Atualmente o Campus Cacoal desenvolve três projetos na área musical. O primeiro é o Projeto Música em Conjunto, aprovado pelo edital 04/2018 da PROEN, no qual o objetivo é possibilitar a prática do ensino musical em grupo para os alunos do ensino médio integrado e superior. Participam dois bolsistas e em média 30 participantes entre servidores, estudantes do ensino médio e acadêmicos do campus.

O segundo projeto é o Musicacoal, aprovado pelo edital 04/2018 da PROEX/IFRO (Pró-Reitoria de Extensão), e que busca desenvolver o mercado musical apoiando e capacitando artistas independentes do município de Cacoal e Zona da Mata. O projeto conta com um bolsista do ensino médio e trabalha com seis artistas. E o terceiro é o de Formação Inicial e Continuada em Prática em Música Popular. O Curso FIC iniciou a oferta no campus no ano de 2017, possuindo aproximadamente 20 alunos. Nas aulas são ofertadas aulas de Harmonia e Improvisação, Arranjo, Canto, Saxofone, Violino e Trombone. As aulas acontecem semanalmente nos projetos Música em Conjunto e Prática em Música Popular. No projeto Musicacoal, serão dois minicursos até o final do ano, além da produção de um documentário.

Segundo o Professor de Música do Campus Cacoal, Afonso Felipe Romagna, os alunos são comprometidos e engajados em superar os obstáculos, sendo que a maioria faz aulas com o seu próprio instrumento musical. Como infraestrutura institucional para o desenvolvimento do ensino da música, atualmente se dispõe de 1 teclado, 1 violão e 1 flauta transversal adquiridos pelo edital da PROEX 47/2017. “O IFRO tem na sua visão o trabalho do ensino de artes e música. Neste sentido é importante fortalecer e divulgar os resultados e trabalhos desta visão para a comunidade”, explica o Professor Afonso.

Para a estudante do Curso Técnico em Agroecologia Integrado ao Ensino Médio, Beatriz Sumiê, bolsista do projeto Música em Conjunto, “é uma excelente oportunidade de mostrarmos nossas habilidades e de fazer música e conviver com outras pessoas que, se não fosse pelo projeto, você não teria contato. Nós não só desenvolvemos o lado técnico, mas também ampliamos o nosso repertório musical. As aulas ajudam em tudo na minha vida pessoal, desde o meu desempenho nas outras disciplinas, assim como me ajuda ter mais segurança para tudo o que vou fazer”.

Também do Técnico em Agroecologia, Jordanna Gonçalves, é bolsista do projeto Musicacoal e diz que “no meu caso que ser musicista é uma das possibilidades que levo em consideração para a minha vida profissional, trabalhar com os artistas independentes está sendo ótimo, pois assim consigo conviver com pessoas com mais experiência na área e também conheço um pouco do mercado aqui na região”.  Jordanna complementa ainda que “o projeto é muito relevante, pois ajuda a profissionalizar o mercado musical em Cacoal e nos municípios vizinhos, sendo que a maioria destes artistas não possuem oportunidades para desenvolverem suas carreiras”.

Conforme o coordenador dos projetos, Afonso Felipe Romagna, “é importante fomentar o fazer musical no nosso estado, seja com atividades de ensino e prática, pesquisa e extensão. Nosso objetivo também é valorizar a profissão de Músico/Artista, e criar novas possibilidades de contato cultural para a região de uma maneira geral”.

Campus Colorado

Já no Campus Colorado do Oeste estão em desenvolvimento os seguintes projetos, na área de ensino: Coral IFRO, Camerata de Violão e Banda de Percussão. E entre os projetos de extensão: Banda IFRO e Concerto Pedagógico com a Orquestra de Vilhena. Além do Curso de Musicalização Infantil para professores da rede municipal de Colorado (projeto de pesquisa integrado à extensão) e A banda de percussão que tocou neste ano no desfile de 7 de Setembro em Colorado e nos municípios de Cabixi e Cerejeiras. A Banda do IFRO é formada por alunos e a principal atividade tem sido tocar em eventos das escolas do município e na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) da região.

O Professor Mauro Demício explica que o “coral tem se apresentado em eventos internos e estamos preparando um musical para levar para o CONPEX (Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão do IFRO)”, o evento será realizado no mês de novembro em Porto Velho. Ainda como forma de difundir o conhecimento musical, foi organizado no Campus Colorado do Oeste uma visita da Orquestra Sinfônica de Vilhena (OSV), no dia 29 de agosto, data em que ocorreu a apresentação em formato de Concerto Pedagógico. Os participantes puderam compreender entre as músicas executadas e as explicações repassadas pelo maestro sobre os processos padrões, som, verificação dos instrumentos, entre outros elementos que compõem o funcionamento de uma orquestra.

E no caso da Camerata de Violão, por ser um projeto que teve início recente, por enquanto atende apenas aos alunos que não sabem tocar violão, possuindo três turmas do curso de violão para iniciantes. “Atuamos assim de forma a mostrar a eles um novo universo de organização sonora com gêneros musicais que na maioria das vezes eles desconhecem”, conclui Demício.

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