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Pesquisadores do IFRO debatem práticas docentes

Publicado: Quinta, 07 de Junho de 2018, 11h12 | Última atualização em Quinta, 21 de Junho de 2018, 12h17

Servidores do IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), a partir de projetos de extensão, realizam debate sobre educação e a prática de docentes em atuação na região Amazônica. Dois desses projetos estão relacionados à inclusão de temas como a cultura africana, indígena e afro-brasileira. O tema estará em debate no próximo sábado (09), no Campus Porto Velho Zona Norte, juntamente com outros pontos da relação professor e educação.

Um dos estudos é sobre literatura e a Lei 10.639/2003, que trata da inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino da temática obrigatória: “História e Cultura Afro-Brasileira”. Utilizando da metodologia da Análise de Discurso, Iza Reis Gomes Ortiz, do Campus Porto Velho Calama, juntamente com a docente do Instituto Federal do Acre (IFAC), Eliane Auxiliadora Pereira, fazem repercussão após terem experiência acadêmica por intermédio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI/IFRO), que iniciou as primeiras ações para a execução desta lei no Instituto Federal de Rondônia, em Porto Velho. Em 2013, através do projeto de extensão que objetivou implementar a lei na sala de aula, participaram diretamente 160 alunos, em atividades de pesquisa, leitura e interpretação de textos de escritores africanos e afro-brasileiros. O NEABI do Campus Porto Velho foi criado neste mesmo ano, seguindo orientação nacional, ficando vinculado ao Departamento de Extensão.

“As lutas e reivindicações do movimento negro brasileiro durante nosso processo histórico alcançou uma conquista importante com a aprovação da lei, tornando obrigatório o ensino de história e cultura africana no Currículo da Educação Básica, especificamente nas disciplinas de História, Português e Artes”, afirmam as docentes. Para elas, fazer “reflexão sobre como trabalhar essa temática nos espaços formativos com escritores como o moçambicano José Craveirinha, uma vez que valorizar, ouvir os discursos locais, os discursos de sujeitos marginalizados é primordial para que possamos desenvolver a lei”.

Na área de difusão da literatura indígena, africana e afro-brasileira nas escolas públicas de Porto Velho, Iza Ortiz e a professora do Campus Jaru, Gracilene Nunes da Silva, analisam a aplicabilidade das leis federais 10.639/03 e 11.645/08, que obrigam o ensino da História e Cultura da África, Indígena e Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares. Além dos estudantes do ensino técnico integrado ao médio do IFRO Campus Porto Velho Calama, também participaram alunos do ensino médio de quatro escolas estaduais. Iza e Gracilene afirmam que é possível “inferir que graças à população afrodescendente, que representa boa parcela da população, a Lei é uma tentativa de garantir a reflexão e a luta pela extinção dos preconceitos raciais através do estudo sobre a cultura africana e afro-brasileira”.

Evento

As experiências estão contadas no livro “A prática docente na Amazônia Ocidental”. Dos 12 autores e coautores que assinam os artigos em A prática docente na Amazônia Ocidental, oito são servidores do IFRO. A obra será apresentada no dia 23/06 (sábado), às 19h30, no auditório do Campus Porto Velho Zona Norte. O livro será lançado juntamente com “Bon Bagay – Glossário Português – Crioulo Haitiano”, que tem entre os organizadores o docente de Sociologia do Campus Ji-Paraná, Geraldo Castro Cotinguiba.

Sobre a publicação, Cledenice Blackman, da Assessoria de Bibliotecas (ABIB/IFRO) que é uma das pesquisadoras participantes, afirma que devemos marcar de forma simbólica “nossa ação enquanto pesquisadores(as) a partir de temas educacionais na diversidade Amazônica. Revelando e projetando novos nomes de pesquisadores(as) que viviam silenciados mas, que na sua essência e nas atividades laborais sempre dedicaram-se ao mundo da pesquisa que nos ajuda a compreender e desmistificar paradigmas e consequentemente, intervir e orientar no nosso meio amazônico tão diverso culturalmente. Mas, somos nós amazônidas que precisamos levar essa práxis pedagógica e assim ressignificar nossa identidade e memória”.

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