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Obmep e olimpíadas escolares são momentos de aprendizagem

Publicado: Quinta, 30 de Novembro de 2017, 14h12 | Última atualização em Quarta, 04 de Janeiro de 2023, 13h13

obmep

Dois estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) ganharam medalhas na 13ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep 2017). Gregory Anziliero e João Gabriel cursam o técnico integrado ao ensino médio no Campus Porto Velho Calama. Além disso, o IFRO teve 34 estudantes que também receberam menção honrosa de Nível 3 entre as escolas públicas.

“A Obmep 2017 envolveu ao todo cerca de 18 milhões de estudantes e, nesse universo, nossos alunos tiveram uma ótima participação. Além das menções honrosas, tivemos medalhas de prata e bronze. Nossos alunos estão de parabéns. São realmente geniais e tal feito não pode passar despercebido. Enfatizamos que o mérito, em maior monta, de fato, é dos estudantes. São excepcionais, estudiosos, disciplinados e dedicados, qualidades que todo professor e instituição desejam ver nos alunos”, celebra o Professor de Matemática, Vlademir Fernandes de Oliveira Júnior. O docente coordenou neste ano o Projeto “Matemática para todos: contos, apresentações e experiências”.  

Gregory está no terceiro ano do Técnico em Eletrotécnica. Para ele, que já fez outras provas da Olimpíada de Matemática, o teste passou a fazer parte de sua rotina em meus estudos. “Quando um aluno recebe uma medalha ou menção honrosa na Obmep, ele recebe também uma bolsa de iniciação científica. O programa incentiva estudos na área de matemática, aprofundando mais que no currículo escolar comum, apresentando também uma metodologia diferente, apostilas e livros de alta qualidade são disponibilizados para possibilitar graus diferentes de aprendizado. Fico muito agradecido por ter a oportunidade de receber educação no ramo da matemática todos esses anos. É um grande incentivo na área, não apenas da matemática, mas nos estudos em geral, pois a matemática e seu estudo permite que o aluno tenha essa visão mais abrangente, auxiliando no pensamento abstrato”, argumenta Gregory.

As medalhas de prata e de bronze são entregues em cerimônias regionais organizadas pelos coordenadores regionais da Obmep. Conforme o cronograma dos organizadores nacionais, as cerimônias ocorrerão a partir de maio de 2018.  

Entre os estudantes que receberão certificados de menção honrosa estão representantes dos campi Ariquemes, Cacoal, Colorado do Oeste, Porto Velho Calama, Vilhena e Ji-Paraná. A lista de alunos premiados de escolas públicas pode ser conferida na página da Obmep 2017

Edições anteriores

As boas participações de estudantes do IFRO têm sido verificadas desde o ano passado. Na 12ª Obmep (2016), o Campus Vilhena teve três alunos com menção honrosa no Nível 3 (destinado a alunos matriculados em 2016 em qualquer ano do ensino médio): Guilherme Ribeiro e Silva, Lucas Moreno de Andrade e Pedro Ebert Santos. Segundo Pedro, a prova foi bem difícil, mas ele conseguiu responder todas as questões. No dia da prova, foi a mãe, Aniva Ebert, que o incentivou a ir na que foi sua quarta participação na olimpíada. “A Obmep é ótima para estimular os alunos, por ser uma das populares”.

Realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a competição tem apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e Inovação. Mesmo sem considerar ter tido vantagem especial, o estudante de Vilhena acredita que as participações em anos anteriores o diferenciava dos outros que estavam tendo seu primeiro contanto com a prova e ainda não conheciam a estrutura da avaliação. Sobre a prova incentivar seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas, Pedro explica que sempre teve “uma curiosidade em trabalhar nesse âmbito, o resultado da OBMEP talvez tenha me provado de que eu não ficaria perdido se decidisse cursar alguma engenharia, por exemplo. Os requisitos pedidos na prova exigem treino e é disso que se trata, de aperfeiçoamento. A pessoa pode tirar a maior nota na prova, saber e entender o conteúdo, mas se desistir, deixar de estudar, não vai a lugar algum. Então acho que serviu sim de incentivo para mim”.

As competições podem ainda melhorar o currículo dos participantes. O Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Gilmar Alves de Lima Júnior, analisa que as participações em olimpíadas são bem recebidas em editais e em concorrências públicas. “O ponto de destaque é sempre incentivar, porque ter participado ou realizado olimpíada conta pontos para avaliações na qual o instituto participa”. Ele relembra que o mercado de trabalho é feito de seleções e há algum tempo um dos ex-alunos ao escolher outro estado conquistou uma bolsa de estudos devido à qualidade das atividades feitas durante o ensino médio. “Nossos alunos participam de eventos, de olimpíadas, realizam estudos, apresentam trabalho e possuem Currículo Lattes porque eles estão vinculados a grupos de pesquisa”.

Química

Outro exemplo no incentivo à participação nas olimpíadas de conhecimento é a disputa na área de química, que em 2017 trouxe novamente bons frutos a estudantes dos campi Cacoal, Ji-Paraná e Porto Velho Calama do IFRO.  A XII Olimpíada Rondoniense de Química (ORQ) foi realizada no dia 23 de setembro de 2017, em todas as regiões do estado de Rondônia para 2.071 estudantes, dos mais de quatro mil inscritos.  

No ano passado, o IFRO também obteve destaque, com 49 representantes dos 1,7 mil alunos inscritos na XI ORQ. Foram três medalhas de ouro, três de prata, dez de bronze e os demais com menções honrosas e certificados de participação para as unidades de Ariquemes, Cacoal e Ji-Paraná. O estudante Felipe Henrique da Silva Santos, que estava no quarto ano do Curso Técnico em Informática do Campus Ji-Paraná, fez 69 pontos e garantiu uma das duas medalhas de ouro da Modalidade C. Ele explica que não teve preparação específica para a olimpíada, “no entanto, como faço Curso Técnico em Química, tenho ótimos professores que sempre preparam os alunos para qualquer desafio de química. Além disso, tive o incentivo da minha orientadora, que sempre esteve disposta a auxiliar na minha vida acadêmica”. No primeiro semestre de 2016, estudantes dos campi Ji-Paraná e Ariquemes representaram Rondônia na Olímpiada Norte/Nordeste de Química.  Tiago de Oliveira Lima, de Ji-Paraná, ficou com a primeira colocação para ir à competição. “A medalha de ouro me incentiva cada dia mais a estudar química, pois há um tempo eu desejava ser médico e hoje penso em seguir na área de química. Isso não seria possível sem o incentivo da ORQ, mas, acima de tudo, dos professores”, lembrou o jovem.

Participar faz bem

Ampliar o aprendizado de sala de aula de uma maneira desafiadora. Esse é o objetivo de professores e alunos do Instituto que se lançam todos os anos nos desafios de diversas olimpíadas realizadas em âmbito local, regional e nacional.

Assim tem sido com a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). A competição é organizada pelo IFRO desde 2013, em Porto Velho, pelo Grupo de Pesquisa Mecatrônica do Campus Porto Velho Calama. Em 2017, as competições ocorreram no espaço cedido em parceria pelo Shopping Porto Velho. Em setembro do ano passado, na ocasião da OBR Estadual, estudantes do IFRO e das demais escolas rondonienses participaram das provas da modalidade Resgate e, depois, estiveram na fase nacional, em outubro, em Recife (PE). “O IFRO sedia a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica há seis anos e é uma competição bem específica e muita exercitada pelos alunos de Rondônia”, explica o professor e coordenador das atividades, Rafael Pitwak.

Em 2016, além da OBR, o IFRO Campus Cacoal esteve representado nas primeiras fases da OBF (Olimpíada Brasileira de Física) e da OBFEP (Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas). Para o professor Agmar Félix Chaves, esta é uma oportunidade que “desenvolve as aptidões dos alunos nas disciplinas exatas e promove a interdisciplinaridade entre elas. Também é importante destacar que o espírito competitivo toma conta dos alunos, oferecendo a oportunidade de realizar uma brincadeira sadia e didaticamente  proveitosa para o ensino das ciências. É claro, além de despertar a curiosidade científica e proporcionar a dicotomia teoria-prática”.

Experiência

No mês de novembro de 2016, foi a vez da Olimpíada do Conhecimento, realizada em Brasília (DF). No Campus Porto Velho Calama o destaque foi o aluno André Tomaz, que ficou em terceiro lugar nos desafios individuais de Webdesign. “A participação traz para cada um dos alunos a maturidade para entrar em um mercado de trabalho forte e disputado. O que mais me chamou a atenção foi a determinação que todos tiveram para ir até o final buscando o melhor para a equipe, toda a estrutura desenvolvida para os alunos na Olimpíada do Conhecimento propicia um ambiente real de mercado de trabalho. Os alunos param de ter contato com o orientador e, sozinhos, precisam tomar as melhores decisões para executar as tarefas que foram colocadas para eles. O que me surpreendeu foi como cada um teve seu papel fundamental dentro da equipe para motivar o seu companheiro. Nas provas de redes vi um dos meus alunos, que nunca teve contato com equipamentos daquele tipo que foi colocado nas provas, conseguindo se sair bem e realizando a prova até o final. Além disso, todos os outros se mantiveram firmes em suas tarefas construindo e desenvolvendo cada pedaço daquele software para chegar ao final e poder apresentar à banca avaliadora”, salienta o Professor de Computação, Willians de Paula Pereira.

Competindo em equipe, com o nome “Tambaqui Digital”, os alunos não conquistaram medalhas nas Tecnologias da Informação e Comunicação, mas garantiram o conhecimento.  Além de André Tomaz, estavam no grupo os estudantes Jardson Yudi, Matheus Alves e David Bremide, cada um responsável por uma área (desenvolvimento do aplicativo para dispositivos móveis, do site do aplicativo, do back-end do sistema e pela infraestrutura de redes). 

Segundo Jardson, em equipe eles conseguiram realizar o projeto e administrá-lo. “Foi um desafio bastante grande porque é um projeto completo de sistema, o que você estudou durante quatro anos de curso é colocado em prática numa competição de nível nacional. É superar seus desafios. Fomos para competir e tinham várias áreas: webdesign, redes, programação e nenhum de nós era especialista, mas conseguimos fazer o nosso melhor com o curso do Instituto, acho que representamos bem o Estado”. Outro lado positivo da competição é o novo horizonte que se abre aos alunos, tendo em vista que eles podem conhecer professores de outras instituições do país e até mesmo ter contato com pessoas que são destaques em competições internacionais. “É surpreendente a quantidade de conhecimento que podemos adquirir na olimpíada. Fizemos uma rede de contatos com pessoas do Brasil inteiro, fomos desafiados de diversas formas e exercitamos tudo aquilo que aprendemos e que o mercado de trabalho demanda, resultando em um grande crescimento profissional e pessoal. Conversamos com gente de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo etc. E lá você entende o mercado de outros estados, sabendo como funciona o mercado daqui e o mercado de outras regiões para saber em qual gostaria de continuar. A abrangência do curso é muito grande e é diferente de região para região”, reconhece Jardson.

No âmbito área de ensino, a participação em olimpíadas de conhecimento é incentivada pelo IFRO por meio dos programas de assistência estudantil, na promoção de cursos e projetos preparatórios e auxiliando financeiramente os estudantes classificados nas etapas nacionais, para custear as despesas com passagens, alimentação e hospedagem, se necessário. Para a professora Elisângela Bibá, que acompanhou uma equipe de Rondônia no festival de robótica em Brasília em 2016, é grande o ganho para o aluno que aprofunda em matérias de interesse deles. “Foi uma experiência muito positiva, um aprendizado em diversos aspectos para os alunos. Além disso, eles superaram as próprias expectativas com relação aos desafios que os aguardavam no Festival. Eles cresceram como equipe, como amigos, em conhecimento, dedicação, responsabilidade e em maturidade para assumir riscos em prol de fazer o melhor, quando por algumas vezes tiveram até mesmo que reprogramar todo o código para tentar algo diferente”. 

Reconhecimentos

Das seis edições da Olimpíada Brasileira de Agropecuária (OBAP) realizadas até 2016, o Campus Cacoal classificou equipes para a fase final em cinco delas, recebendo medalhas em todas estas edições: uma de ouro, três de prata e duas de bronze. Em 2016, a equipe “Avante Rondônia”, composta por alunos do Curso Técnico de Agropecuária, modalidade Subsequente ao Ensino Médio, conquistou o segundo lugar na disputa realizada no Instituto Federal Triângulo Mineiro (IFTM), em outubro. No ano anterior, o campus teve alunos com medalha de primeiro lugar na mesma categoria com a equipe estado de Rondonia, orientada pelo professor doutor Marco Antônio de Oliveira. A 6ª OBAP foi composta por três avaliações: uma teórica individual, contendo 20 questões objetivas e quatro questões discursivas, e duas provas práticas, em equipe, que consistiam de uma prática de amostragem de solo e uma prática de topografia. “Participar de uma competição dessa é buscar consolidar o aprendizado, poder fazer amizades, confraternizar com outros institutos e conhecer novos lugares. O alvo era ficar primeiro, mas não foi possível, mesmo com todos os nossos esforços ficamos em segundo lugar. Apesar de tudo, é uma experiência fora do Estado, numa competição em nível nacional, o que nos faz rever e pesquisar mais sobre assuntos já estudados. E numa área que gostamos, é melhor ainda”, alega o estudante Douglas Brito. A presença do IFRO na OBAP foi com equipes do Campus Cacoal e do Campus Colorado do Oeste.

Em novembro do ano passado, na IX Jornada de Foguetes e MOBFOG 2016 (Mostra Brasileira de Foguetes), Colorado do Oeste ficou em 10º lugar entre as 50 equipes presentes em Barra do Piraí (RJ). O professor de Física, Marcio Adolfo de Almeida, diz que “ainda no campus eles conseguiram se destacar, pois foi a primeira vez que alunos do 1º ano ganharam a competição local. E com todo o aprendizado que eles obtiveram na IX Jornada de Foguetes, poderão conquistar resultados ainda melhores, e já estão se preparando para a edição de 2017”. Colorado também contou naquele ano com alunos inscritos na OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), Olimpíada de História, OBG (Olimpíada Brasileira de Geografia), DNA (Desafio Nacional Acadêmico), OBF ou OBFEP (Olimpíada de Física), Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e no SemiEdu (Seminário Educação). 

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