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IFRO reuniu 40 equipes para a competição estadual de robótica

Publicado: Sexta, 06 de Outubro de 2017, 08h22 | Última atualização em Sexta, 06 de Outubro de 2017, 08h22

OBR GERAL 2

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) realizou nos dias 30/09 e 01/10 a fase estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), realizada no Shopping Porto Velho. Participaram cerca de 40 equipes, divididas em níveis 1 e 2, que representam o ensino fundamental e médio das escolas públicas e particulares do Estado. Os primeiros lugares representam Rondônia na fase nacional.

A equipe Lilith, do Programa Meninas Digitais - Ada Code, do IFRO Campus Porto Velho Calama, ficou em segundo lugar na modalidade prática de nível 2 (ensino médio). Com a vitória ficando com a equipe Ubuntu do Colégio Classe A. Caroline Garçon, do segundo ano de Informática do Campus Calama, integrou a equipe Lilith e diz que ficou “impressionada, porque não estávamos com uma expectativa tão alta, porque nas primeiras provas erramos em alguns momentos, mas conseguimos superar. Foi muito emocionante para gente. No final foi uma experiência incrível”.

No ensino fundamental, a equipe Back Bitter (Maple Bear) ficou em 1º lugar na modalidade prática de nível 1. O time é um dos apoiados pelo Grupo de Pesquisa GoTec, do Campus Calama, que por meio do termo de cooperação levou seis equipes da Maple Bear para a OBR.

Após cinco meses de preparação, a equipe Back Bitter comemorou a vitória. “No primeiro dia tinham duas pistas. E neste domingo foram a terceira e a quarta pistas e conseguimos levar a medalha de ouro”, comemora Maria Clara do 8º ano. “A Camilli programava, a Maria ajudava a programar ou se quebrasse ela ajudava a consertar, eu e a Lígia contávamos as peças e organizávamos o kit. Eu ainda decorei o Manual da OBR para ajudar a não dar defeito na pista”, conta Isabela Silva (6º ano). “Na competição tinham desafios para cumprir então precisamos fazer a programação, a calibragem e checar para ver se estava correto, mas no final deu tudo certo”, complementa Lígia (também do 6º ano). “Agora a expectativa é a fase nacional, porque não esperávamos ganhar uma medalha na nossa primeira competição”, afirma Camilli Brandão (8º ano).

Para o Professor de Informática de Guajará-Mirim Danilo Pereira Escudeiro, que acompanhou três alunos do Curso Técnico em Manutenção e Suporte a Informática subsequente ao ensino médio, foi uma experiência positiva a participação do grupo. “Eles nunca participaram, mas estavam bem empolgados porque já haviam assistido uma vez a OBR. Eles se interessaram porque gostam muito de construir as peças, por isso optamos por utilizar o Arduíno ao invés do Lego”. A iniciativa partiu dos próprios alunos que participaram de projeto de extensão no campus, “estão adquirindo experiência”, ressalta o docente.

Olimpíada

O Coordenador da OBR Estadual, Willians de Paula Pereira, explica que a ideia da competição é simular um resgate, com níveis diferenciados de complexidade para cada nível de ensino, em que os robôs precisam passar de forma autônoma por obstáculos, redutores de velocidade, encruzilhadas e outros. “Tem que saber desviar de cada parte. Como no nível 1 são alunos do 6º ao 9º ano, colocamos uma dificuldade de pista para ter esse percurso um pouquinho mais leve, e o do nível médio um pouco mais pesada. Quando eles cumprirem todo esse percurso, sobem até a última sala para fazer o resgate das vítimas, representadas por bolinhas de isopor. É preciso pegar a bolinha com a garra e levar para a área segura, que seria a área de resgate. No nível 1 tem cinco centímetros, não sendo necessário ter uma garra que levante muito a bola. E no nível 2 possui seis centímetros, precisando de uma garra suficientemente grande para que consiga pegar a bolinha e arremessar ou colocar, de forma a não desestabilizar o robô e a bolinha permanecer dentro da área”.

Willians de Paula é Professor de Informática do Campus Calama e explica que durante a Olimpíada tudo é programado pelos próprios alunos, tendo somente a orientação dos professores para construir seu próprio robô. Ele acrescenta que para garantir que realmente o aprendizado esteja ocorrendo, foi acrescentado neste ano o “Desafio Surpresa”, que não é obrigatório, mas garante uma pontuação a mais a quem participa.

Este ano ocorreram novas adesões de escolas públicas e particulares, da capital e dos demais municípios. “Da primeira olimpíada em 2013, com oito equipes participando, para as 44 equipes deste ano, que estão muito mais preparadas. No início muitos zeravam e não conseguiam nem pontuar, hoje poucos zeram. Todos estão brigando de igual para igual, o nível cresceu muito”. 

Foram ao todo 80 voluntários trabalhando na organização, responsáveis pela secretaria, credenciamento, arbitragem, oficinas, entre outros. Uma entidade externa está responsável pela arbitragem, tornando o processo mais legítimo. A Professora do Curso de Ciência da Computação da UNIR, Liliane Jacon, conta que essa primeira participação do grupo foi um grande aprendizado para todos que integraram a equipe de arbitragem: “trabalhar com robótica é programação, que é computação, e é um misto de eletrônica com computação. Tem, portanto, tudo a ver com o que eles estudam na universidade. E ainda é próprio de quem estuda computação o grande interesse em tecnologia, sendo natural. O convite veio e eles se interessaram em participar”.

Matheus Alves da Silva é egresso de curso técnico do IFRO e atual acadêmico de ADS (Análise e Desenvolvimento de Sistema), ele também trabalha com robótica no Estado e em uma escola da capital. Ao fazer parte da organização do evento, ele relembra de quando chegou a competir na OBR em 2014: “aqui é onde os alunos colocam em prática o que estão vendo em sala de aula, na Física, na Matemática, no Português. Nós tivemos o ‘Desafio Surpresa’, em que precisava ler o problema e interpretar, tendo 20 minutos para resolver e colocar o que estava escrito no papel no robô. Ajuda bastante, porque coloca em prática. E dentro da olimpíada tem uma adrenalina diferente, eu sei por que já participei uma vez. Você está ali na empolgação, sua família vem prestigiar você, é uma sensação singular”. Para Matheus, robótica representa o futuro do mundo: “ela abre fronteiras, conecta pessoas”.

Oficina

Durante a OBR-RO, para desenvolver novas habilidades e difundir a robótica no Estado, foram oferecidas oficinas de introdução à robótica, com 80 vagas no total. Segundo Juan Manoel, do Curso de Física e do GP Mecatrônica, os participantes aprenderam a programar um sensor, controlado por uma placa de Arduíno. A informação era processada com as instruções a serem seguidas. “Na oficina eles estão trabalhando no sentido de entender como funciona o sensor de distância para fazer a captura, e a partir desses dados gerarem uma nova ação”. Juan também diz que os participantes foram incentivados a participar das próximas olimpíadas.

O analista de sistemas João Vila Neto estava acompanhado da família durante a oficina. Seu filho João Vila, de 10 anos, foi o que mais acompanhou a programação do robô. “Achei interessante, porque foi a primeira vez que teve contato e é dessa forma que tem que ser iniciado mesmo. Ele viu mecatrônica, eletrônica e informática”, explica o pai.

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