Instituto Federal de Rondônia

Estudantes do Técnico em Química realizam estágio simulado

Entre os dias 07 a 14 de agosto, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, realizou o projeto de ensino estágio simulado com alunos do Curso Técnico em Química. Participaram 28 estudantes do segundo ano do período matutino, a fim de prepará-los para o momento do estágio supervisionado. As ações do projeto ocuparam duas aulas da disciplina de Orientações para a Prática Profissional e da Pesquisa. E as atividade de no mínimo 20 horas ocorreram no próprio Campus Calama ou em setores externos, em horário oposto às aulas. Cabe ressaltar que a atividade não tem valor de estágio.

A iniciativa ainda visa à integração entre alunos, servidores e familiares, além de os tornarem mais conscientes para atuar no mercado de trabalho. Conforme a Coordenadora do Curso Técnico Integrado em Química, Jamile Mariano Macedo Taborda, a escolha deste projeto foi em razão de buscar maior aprendizagem durante estágio. Ela afirma ter notado que “quando realizavam o estágio nas empresas, não tinham dimensão da importância do processo, tratando como atividade secundária, indo quando e como bem entendiam. Ao visitar as instituições concedentes, recebia muitas reclamações acerca da postura dos alunos, que não vinham relatadas nas fichas de avaliação. Pensei então em realizar uma simulação com uma turma, na qual fosse possível eles realizarem alguma atividade laboral, não necessariamente ligada ao curso, mas que requeresse competências genéricas a qualquer atividade empregatícia”.

Também é objetivo do projeto o desenvolvimento de competências como responsabilidade, assiduidade e pontualidade entre os estudantes. Com isso, foram apresentadas à turma as legislações que regulamentam o estágio, considerando a Lei 11.788/2008, o PPC do Curso Técnico em Química, a Resolução nº 79/CONSUP/IFRO/2016 acerca da regulamentação do estágio dos cursos técnicos no âmbito do IFRO.  A professora Jamile ainda explica que “o intuito era que os alunos em sua totalidade aprendessem sobre os valores básicos para atuar no mercado de trabalho de forma consciente, por meio de seus familiares. Contudo, devido às restrições inerentes às atividades de cada responsável, não foi possível fazê-lo. Como alternativa, conversei com cada setor no campus, que não envolvesse diretamente acesso a informações de alunos e servidores, e pedi apoio para supervisionarem os alunos. Um total de 16. Essa parceria com os próprios servidores superou nossas expectativas, pois os alunos aprenderam muito sobre a rotina da instituição, interagiram mais entre si e entre os servidores. Os próprios servidores envolvidos verificaram que somos todos responsáveis pelo ensino. Além disso, é claro, tínhamos alunos tímidos, com dificuldades de comunicação, que ao longo do projeto desenvolveram um perfil de liderança e habilidades para resolução de problemas”.

Para a Coordenadora da Coordenação de Integração, Escola, Empresa e Comunidade (CIEEC) do campus, Lígia Silvéria Vieira da Silva, “o período de uma semana que os alunos passaram dentro do DEPEX foi muito produtivo tanto para os alunos quanto para todo o setor. O contato com a rotina do departamento e ambientação dos fluxos diários permitiu que os alunos compreendessem um pouco da realidade de um setor e do papel de um estagiário. No papel de coordenadora da CIEEC, foi notório que uma atividade extracurricular como essa auxilia ao aluno quando chegar o momento de enfrentar a realidade de uma empresa, assim como o deixa ciente das obrigações que deve cumprir”.

O estudante Guilherme Deleon Lopes afirma ter aprendido “que o respeito entre todos no local de trabalho é muito importante e que às vezes devemos nos colocar no lugar do outro, nos esforçar ao máximo e trabalhar em equipe para que o trabalho se desenvolva de forma mais eficiente”. Segundo a estudante Emelly Beatriz de Souza Santos o aprendizado envolveu “me relacionar e trabalhar com diferentes pessoas, ter compreensão e respeito com o outro, saber me comunicar para tirar dúvidas, ser prestativa e ter postura profissional em diversas situações. Foi importante para ter uma base de como é trabalhar em um departamento e como é o mercado de trabalho”.

Edison Cardoso Miranda Filho descreve que obteve o “primeiro contato com o ambiente de trabalho, noção de como as coisas funcionam em um escritório. A experiência foi interessante e amigável, além de terem me oferecido noção sobre o funcionamento de alguns departamentos do IFRO”. A aluna Letícia Janaína Caetano Bezerra ressaltou que “trabalhar em um ambiente saudável é muito bom e essa experiência vai me ajudar muito quando for para o mercado de trabalho”.