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IFRO traz nova visão para o agricultor rondoniense

Publicado: Sexta, 28 de Julho de 2017, 14h13 | Última atualização em Segunda, 31 de Julho de 2017, 08h44

PROD VEG 10

Nesta semana comemoram-se dois importantes protagonistas no desenvolvimento nacional: o Dia do Agricultor é comemorado nesta sexta-feira (28 de julho) e o Dia do Agricultor Familiar foi há três dias (25 de julho). No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) há campi voltado especialmente para a agropecuária, situados nos municípios de Ariquemes, Cacoal e Colorado do Oeste. Além da tecnologia produzida em todas as unidades que também atendem às necessidades do campo e da cidade.

 A Diretora-Geral do Campus Colorado do Oeste, Larissa Ferraz Bedôr Jardim, afirma que quando um estudante do IFRO retorna à sua comunidade pode mudar a vivência da família. “O Instituto tem muita admiração pelo produtor rural, porque temos como missão promover a inclusão através da educação. Só assim conseguimos vencer, no Brasil e fora dele. O Campus Colorado tem cursos de graduação em Zootecnia e Engenharia Agronômica na área das agrárias, fortalecendo assim o nosso curso técnico em Agropecuária. E, nós, que já estamos em ação há muito tempo, desde a antiga escola Agrotécnica, sabemos o potencial do agricultor e o que ele faz pelo nosso Estado, que é a atual potência devido aos agricultores. Não apenas o agricultor familiar, mas também o agricultor que produz em grande escala como este que comemoramos hoje. Temos ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta), a parte de cacau, de café, de hortaliças, das hortaliças PANCs (plantas alimentícias não convencionais). Tudo isso o Campus Colorado está incentivando, bem como a criação de animais de forma mais organizada e racional”, analisa a professora.

Para o Diretor-Geral do Campus Cacoal, Davys Sleman, os agricultores representam um grande aporte para todo o país, “os Institutos Federais quando nasceram, e o Campus Cacoal faz parte dessa história, preocuparam-se muito com isso. Nós temos um curso de Agropecuária e outro de Agroecologia que é vinculado especificamente para a pequena propriedade, que é a grande base que atualmente mantém o estado de Rondônia. Temos muita proximidade por meio de projetos de extensão e de pesquisa”.

Cacoal é conhecida como a “Capital do Café” e o Instituto Federal tem buscado realizar ações que contribuam no desenvolvimento dessa cultura, com fortalecimento da economia regional. “A grande preocupação que tivemos para a pequena propriedade foi o café, por isso o Campus implantou uma primeira unidade experimental de café. Uma segunda unidade está vindo com a Embrapa, para que possamos manter e levar a esses agricultores tradicionais e seus filhos, agora com alta tecnologia, com mais conhecimento, que possam aprimorar, melhorar e tornar aquela empresa considerada pequena – aquele pedaço de terra – uma empresa rentável.  Para que o filho não fique na cidade, mas possa voltar para o campo, se desenvolver e manter a família, esse tem sido nosso grande objetivo”, diz o professor Davys. 

Conforme demonstrado no recenseamento agropecuário, a agricultura familiar produz mais da metade dos alimentos consumidos pela população brasileira. No Campus Cacoal, 60% dos estudantes são da área rural, resultado do trabalho desenvolvido pelo IFRO na região. “Sabemos que todos esses alunos estão voltando e levando essa experiência para casa. Nas produções, vemos que estão melhorando a forma de cotejamento, de adubação, ou até a forma de plantar. Em consequência disso, estão criando as agroindústrias. É o papel do IFRO, já transformando paradigmas nesse mundo produtivo que é o mundo rural”, afirma Davys.

Em Ariquemes, o Diretor-Geral Osvino Schmidt, afirma que o Instituto busca atender aos desafios colocados pelo contexto nacional, dessa forma o enfoque dado ao jovem agricultor mudou. Se antes era esperado que ele se formasse para trocar a “roça” pela a cidade e ter uma vida melhor, atualmente a intenção é que ele estude para voltar à sua terra, com condições de produzir com tecnologia e mudar de vida. “Nós temos percebido que as circunstâncias e políticas de governo empurraram nosso agricultor para a periferia da cidade, no subemprego. São pessoas que teriam poder de retornar e produzir com potencialidade. O Curso Técnico em Agropecuária, em Alimentos e, porque não, Informática, que hoje na área rural é extremamente importante. O IFRO vem contribuindo com isso, para dignificar a vida do homem do campo”.

Segundo informações da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN/IFRO), além dos três campi com perfil agrícola há previsão de instituir mais dois nesse segmento. “Isso significa, a um só tempo, valorizar o profissional que atua no campo, como também contribuir para que a agricultura se expanda, gerando renda para os agricultores e alimentando o Brasil. E nesta data, nós da Reitoria, elogiamos os homens e as mulheres que desbravaram e desbravam, sob sol ou chuva, o solo brasileiro e dele fazem brotar a semente que se transforma em pão e vida de todos nós”, faz a ressalva o Pró-Reitor de Ensino, Moisés José Rosa Souza.

Há ainda, segundo o professor Moisés José, todo um compromisso institucional de ofertar à sociedade a melhor formação possível no seguimento rural. Ele enfatiza que muitas vezes os agricultores das várias regiões brasileiras precisam produzir “sem tantas condições estruturais, mas com humildade e muito esforço, esses profissionais se superam na labuta roceira árdua do dia a dia”, finalizou o Pró-Reitor.

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