Startup Weekend (RO) movimenta o fim de semana em Porto Velho
Na noite de domingo (02) foram escolhidas as três melhores ideias apresentadas na 1ª edição do Startup Weekend em Rondônia. O evento aconteceu em Porto Velho e foi organizado pelo IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a AJE-RO (Associação de Jovens Empresários de Rondônia) e produção da Techstars Brasil, reunindo cerca de 100 participantes. Ao todo, foram mais de 50 horas de imersão na cultura do empreendedorismo e da inovação, com troca de experiências, trabalho em equipe e interação entre pessoas de todo o estado. Ao final do evento, a equipe responsável por desenvolver o aplicativo Alu GO! foi escolhida como a melhor ideia de startup do evento, seguida pelas equipes Family Money e Concilia.
Membro da equipe vencedora, o acadêmico de Arquitetura e Urbanismo do Campus Vilhena, Madson Rodrigues, explica que a ideia surgiu da necessidade de ajudar universitários a encontrar imóveis com preços acessíveis. “Com ajuda dos mentores e da pesquisa de campo nas ruas, percebemos que grande parte da população mora de aluguel, e quando entramos no nicho do estudante universitário notamos que esse público não era contemplado por imobiliárias e locadores. A partir daí escolhemos o nome e junto com os desenvolvedores de softwares conseguimos criar um aplicativo funcional que atende esse público”, diz.
Quatorze ideias foram selecionadas e trabalhadas pelos participantes durante o fim de semana. “Para os jurados foi muito difícil escolher a melhor ideia porque todas estavam muito boas e acreditamos que possivelmente vão virar grandes negócios. E a ideia é essa, estimular essa cultura da criatividade, da inovação, de começar esse ecossistema de startups no estado de Rondônia”, ressaltou a Pró-Reitora de Extensão, Maria Goreth Araújo Reis.
O evento, segundo o Reitor Uberlando Tiburtino Leite, atendeu as expectativas da comunidade acadêmica e integra o projeto de ação do IFRO, que é o de implantar a cultura do empreendedorismo na instituição. “Foram apresentadas 14 ideias muito interessantes, com condições de em breve estar à disposição dos usuários e ficamos felizes porque duas das ideias finalistas foram de servidores e alunos do instituto. É um evento histórico e pretendemos dar continuidade promovendo eventos semelhantes nos campi”, informou.
Vários alunos e professores dos campi do IFRO participaram do evento, interagindo e trocando ideias na construção de produtos viáveis. “O aprendizado que tiro do Startup Weekend é que além de ter uma ideia é preciso validá-la. Acredito que tanto os professores quanto os alunos e outros envolvidos amadureceram quanto à gestão das ideias, que devem ser funcionais e atingir um determinado público. Trabalhar lado a lado mostra que todo mundo tem muito a aprender. O aluno traz um ar de desafio para o evento, de aventura, de não se preocupar tanto com as dificuldades, que muitas vezes nós professores ficamos presos por conta das experiências prévias e isso ajuda a nos desafiar e acompanhar inclusive o ritmo deles, e, ao mesmo tempo, delimitamos um pouco mais as ideias deles, por conta da nossa vivência prévia, e aqui superamos essa relação professor/aluno e procuramos resolver um problema e possivelmente nossa solução venha a se tornar uma empresa e trazer benefícios para os envolvidos e a sociedade”, comentou o professor Rafael Pitwak, que desenvolveu um sistema de diagnóstico em tempo real de frotas, o qual detecta qualquer problema do veículo antes do mesmo se manifestar.
As atividades contarão com mentoria de 15 profissionais de diversas áreas, que ajudaram as equipes a tirar as ideias do papel e lapidá-las em busca de um produto. Ao final, os participantes resumiram as 54 horas de trabalho em uma apresentação de quatro minutos, por equipe, com direito a dois minutos de interação com os jurados do evento. “Nada no Startup Weekend é simulado, então todas as ideias debatidas são plausíveis, e trariam mais conforto e eficiência dentro de seus mercados. Estamos na expectativa de que após o evento, vários dos participantes sejam despertos com o vírus do empreendedorismo, que faz com que as pessoas saiam daqui e queiram montar negócio”, contou o mentor Heygler de Paula.
As ideias trabalhadas pelos grupos no evento abrangeram diversas áreas, como a alimentícia, de agronegócios, de educação e outras. “Fechamos todos os estados do país com este evento e isso é uma conquista muito bacana para toda a comunidade empreendedora nacional. Tivemos quase cem participantes tocando ideias de diferentes tipos de negócios, e o pessoal saiu na rua para validar com clientes reais, para tentar vender, fazer seus sites e aplicativos e evoluíram muito bem nas apresentações. Foi altamente positivo o resultado do evento. O fator mais importante foi o processo de aprendizagem”, comentou Marcos Medeiros, facilitador do Startup Weekend.
Aluna do Campus Guajará-Mirim, Ana Ester de Souza Gomes, disse que vai compartilhar as experiências com os colegas de estudo. “Vou levar muitos conhecimentos, porque aqui saímos da teoria e fomos direto para a prática, então vou compartilhar o que aprendi com meus amigos e outras pessoas interessadas”. A estudante conta que durante o evento “deu um nervosismo bem forte, e oscilamos muito de humor, porque temos uma ideia, e os mentores vem e dizem o que está errado e o que está certo e temos que refazer tudo de novo, daí dá certo e comemoramos e é essa explosão de emoções”.
O evento também promoveu a interação entre a comunidade acadêmica do IFRO e outros participantes externos. Foi o caso do acadêmico de Engenharia Civil, Rayan Ramires, que aprovou a vivência no Startup Weekend. Ele desenvolveu a ideia de uma plataforma de aulas virtuais voltadas para estudantes de engenharia civil. “O evento trouxe a oportunidade de tirarmos as ideias que estavam em nossas mentes e isso nos possibilitou ter uma experiência de como poderá ser a nossa vida empresarial, de como é montar um negócio, através de atividades como formar equipe, fazer pesquisa de campo, validar o negócio e o último e mais difícil, apresentar para os jurados que avaliaram se o produto é viável, rentável, se vai impactar e agregar valores” argumentou.
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