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Unidades do IFRO promovem debates, palestras e atividades culturais no Mês da Consciência Negra

Publicado: Terça, 02 de Dezembro de 2025, 12h11 | Última atualização em Terça, 02 de Dezembro de 2025, 12h12

Neabis IFRO 41Durante o mês de novembro, os campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) desenvolveram uma programação diversificada em alusão ao Mês da Consciência Negra. Coordenadas pelos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), as atividades envolveram palestras, cursos, rodas de conversa, apresentações culturais e momentos de reflexão sobre identidade, ancestralidade e combate ao racismo.

As ações ao longo do mês promoveram reflexão e evidenciaram o papel dos campi do IFRO na promoção de debates essenciais para a construção de uma sociedade mais inclusiva. Por meio de palestras, cursos e mesas de diálogo, o Novembro Negro consolidou-se como um espaço de formação, valorização da diversidade e fortalecimento das lutas históricas do movimento negro.

O trabalho dos Neabis não se limita à preservação da memória: ele promove consciência crítica, incentiva a autoestima da juventude negra, estimula o protagonismo estudantil e combate ao racismo estrutural, ainda tão presente em nossa sociedade. Cada projeto desenvolvido contribui para que o IFRO seja um ambiente mais plural, acolhedor e comprometido com a justiça social”, comenta a Chefe do Departamento de Educação Inclusiva e Diversidade (DEID), Mônica Apolinário.

Segundo a docente, “graças aos Neabis, muitos estudantes têm acesso, talvez pela primeira vez, à verdadeira dimensão da cultura afro-brasileira — uma cultura rica, diversa, resistente e essencial para compreendermos quem somos. Assim, o Neabi se torna não apenas um núcleo institucional, mas um espaço de pertencimento e transformação, que inspira mudanças positivas e inclusivas”.

 

Compromisso com a inclusão

O Campus Guajará-Mirim encerrou o ano com mostra científica e debates temáticos. No dia 22 de novembro, ocorreu a 3ª edição da Mostra Científica, Cultural e Tecnológica “Somos IFROdescendentes”, que marcou a culminância das atividades desenvolvidas pelo Neabi ao longo do ano. O evento destacou pesquisas, performances culturais e apresentações voltadas para o reconhecimento das contribuições da população negra. Além da exposição de trabalhos, a mostra abriu espaço para discussões temáticas envolvendo identidade, história e a importância das ações afirmativas, reforçando o caráter formativo do evento.

O Campus Porto Velho Calama concluiu a programação com aula sobre Frantz Fanon, negritude e movimentos sociais. Essa foi a principal atividade do mês. O encerramento do curso “Fanon: itinerário, obras e engajamento”, ministrado pelo Prof. Dr. Ivo Pereira de Queiroz, foi no dia 12/11. A sétima e última aula, intitulada “Fanon e a consciência negra”, reuniu estudantes e servidores em uma discussão aprofundada sobre pensamento crítico e movimentos de resistência.

O encontro explorou temas como: Aimé Césaire e o movimento da negritude; A consciência segundo Frantz Fanon; Steve Biko e o ativismo antirracista; Oliveira Silveira e a criação do Grupo Palmares; A formação do Movimento Negro Unificado; e A institucionalização do 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. A aula, transmitida on-line, serviu como mesa de discussão sobre a construção histórica e política da identidade negra no Brasil e no mundo.

Também ocorreu a formação Continuada: Educação Antirracista, no dia 14 de novembro, das 16 às 18h, no Miniauditório do IFRO Calama, com o tema: Educar é também “reaprender a ver o mundo”. Nesta formação, refletiu-se sobre como o racismo estrutura práticas, currículos e relações escolares. E sobre como o educador pode atuar na construção de uma pedagogia libertária, ancestral e plural. A roda de conversa foi conduzida por Ivo Pereira de Queiroz, com a mediação do Neabi e da Direção de Ensino do campus. A unidade concluiu as comemorações nos dias 24 e 25 de novembro, com apresentação de Tambor de Mina e Capoeira na área do refeitório.

 

 Debates no Novembro Negro

Neabis IFRO 29Em Ji-Paraná, o IFRO promoveu tarde de debates no Novembro Negro, no dia 18 de novembro. A programação especial do campus foi dedicada ao tema “Resistência, Ancestralidade e Reafirmação de Identidade”. O evento contou com palestras, debates e atividades culturais, envolvendo estudantes, servidores e a comunidade local.

Organizado pelo Neabi Jipa em parceria com a turma 2025 do curso de Pedagogia da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), o encontro promoveu mesas de discussão sobre identidade negra, memória ancestral e os desafios contemporâneos enfrentados pela população afro-brasileira. O auditório do campus recebeu convidados e participantes para uma tarde inteira de atividades formativas.

Já o Campus Colorado do Oeste integrou ações institucionais do Neabi, participando da agenda do Novembro Negro. Num compromisso institucional, em mobilização que se alinha à atuação contínua dos Neabis no IFRO, foram realizadas atividades de educação para as relações étnico-raciais.

No Campus Vilhena, a Semana da Consciência Negra chegou ao seu grande encerramento no dia 29 de novembro. A programação preparada pelo Neabi trouxe muita celebração, reflexão e valorização da cultura negra em todas as suas potências. Com exposições, oficinas criativas, batalhas culturais e diversas atrações, foi possível viver a experiência, fortalecer o movimento e fazer parte da história. “A luta pela igualdade é de todas e todos!”, afirmam os integrantes do Núcleo.

 

Consciência para vida em sociedade

No IFRO Campus Ariquemes, o mês de novembro ganhou vida, cor e propósito. A Tarde Consciente transformou o IFRO em um espaço vibrante de encontros, onde histórias, vozes e identidades se entrelaçaram para celebrar a força da negritude.

Entre rodas de conversa, apresentações culturais e momentos de reflexão profunda, os participantes vivenciaram a potência, a criatividade e a resistência do povo negro. Pilares que inspiram, educam e movem a sociedade. “Cada palavra compartilhada e cada gesto de afeto lembraram que a Consciência Negra não acontece em um único dia: ela se constrói diariamente, em nossas atitudes e no reconhecimento da diversidade que nos fortalece”, explicam os organizadores.

Logo no início do mês, o campus se iluminou com a Mostra Amazônia Negra de Cinema – Ariquemes/IFRO, que transformou os espaços em uma grande sala de cinema e reflexão. A cada filme exibido, emergiram narrativas que cruzam rios, florestas e cidades, revelando a memória viva, a resistência e a potência da cultura negra amazônica.

Um dia inteiro de arte, emoção e diálogos que abriram novos caminhos e perspectivas. O cinema conectou as ancestralidades e reafirmou a força pulsante da Amazônia Negra. Estudantes, comunidade e artistas se encontraram para celebrar nossas histórias e valorizar as narrativas que moldam quem se é. Juntas, a Tarde Consciente e a Mostra Amazônia Negra consolidaram um novembro marcado por orgulho, reflexão e pertencimento. Porque celebrar a negritude é celebrar a nossa própria humanidade: diversa, forte e profundamente amazônica.

A mostra Amazônia Negra de Cinema, também foi apresentada nos Campi Ji-Paraná e Calama.

 

 

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