Instituto Federal de Rondônia

Mostra cultural encerra 4ª edição do Conpex

Cerca de 400 pessoas participaram das atividades de encerramento do IV Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia.  Durante a tarde de quinta-feira (06) alunos e servidores dos campi realizaram apresentações de dança, teatro e música na III Mostra Cultural.

O Campus Vilhena, anfitrião do evento, abriu as atividades com a apresentação de uma dança intitulada “Mascarade”, inspirada na peça “O Fantasma da Ópera”, que retrata os bailes de máscaras muito comuns nos castelos do século XVII. Segundo uma das organizadoras da atividade,  Dyhanne Carrilho, o tempo de preparação foi de três meses, e a ideia de fazer o baile foi determinante para a desinibição dos alunos, visto que as máscaras os deixariam mais seguros. “A dança ensina muita coisa, até a contornar os problemas, pois quando forem profissionais irão enfrentar muitos problemas”, explicou.

A emoção tomou conta da aluna Andressa Samara Gomes da Silva, do 1º ano do curso Técnico em Edificações, do Campus Vilhena, que participou pela primeira vez de uma apresentação cultural.  “Olha, enquanto a gente ensaiava na escola, eu não imaginava que seria tudo isso que foi. A emoção é outra, deu vontade de chorar, o coração acelerou. Foi uma experiência muito boa e eu gostaria de fazer isso mais vezes”, confidenciou.

Alunos do Campus Ji-Paraná emocionaram os espectadores com a apresentação da peça teatral “Margens: uma das paisagens de Rondônia”, escrita e dirigida pelo professor Carlos dos Reis. “A mensagem que o teatro trás é que somos mais livres do que pensamos. Ele possibilita compreender os outros e a nós mesmos. Porque o teatro nos ensina muito sobre como é estar no lugar dos outros e termos visões diferentes daquela que estávamos acostumados a ter”, disse.

Foram mais de 10 alunos envolvidos na peça, dentre eles a estudante Amanda Deganuti, do curso Técnico em Química. “Foi um dos trabalhos mais marcantes que já fiz, pois retrata a história do nosso Estado, então foi bem influenciador, uma vez que trabalhamos  firme durante meses com o pessoal da música e das artes cênicas”, relatou.

Já os alunos do Campus Cacoal executaram uma dança valorizando a cultura regional. Um dos estudantes envolvidos na atividade foi Regis Marlon Santos da Silva, do 2º ano do curso Técnico em Agroecologia. “Decidimos formar esse grupo no campus a fim de desenvolver essa parte artística que muitas vezes fica esquecida e desvalorizada na escola. É muito legal e gratificante ver o resultado da dança, o impacto que causou, a vibração das pessoas ao assistirem, era esse nosso objetivo”, descreveu.

Também presente na III Mostra Cultural, o projeto “Terça Maior”, do Campus Colorado do Oeste, apresentou músicas interpretadas por estudantes.  O professor de música Mauro Sérgio Demício, coordenador do projeto, mostrou-se muito satisfeito com todas as apresentações. “Gostei muito da Mostra Cultural, pois é uma oportunidade para mostrarmos o que estamos fazendo nessa área em nossos campi. Notei que houve bastante dedicação dos alunos em apresentar o melhor que podiam”, comentou.

Lançamento de livros

A III Mostra Cultural contou também com o lançamento de quatro obras produzidas por servidores do IFRO: “Aprendendo a pesquisar: estudos, vivências e experiências”; “Isotopias: narrativas, tempo e espaço”; “Metodologias alternativas de ciências para o Ensino Médio, técnico e tecnológico” e “Tchoukball: o esporte da paz no IFRO”. “Esse livro é resultado de um projeto de pesquisa e extensão desenvolvido no Campus Porto Velho Calama em 2013. O tchoukball é um esporte coletivo jogado com uma bola de handebol em que se fazem gols em um quadro de remissão. É um esporte dinâmico, atraente e pode ser adaptado a qualquer lugar. A ideia é que com o lançamento do livro retornemos as atividades no campus”, disse a professora de educação física, Iranira Geminiano de Melo,  uma das autoras do livro sobre tchoukball.  

Depoimentos

Bryan Moreira, estudante do curso Técnico em Manutenção e Suporte de Informática Integrado, do Campus Guajará-Mirim, participou do CONPEX com um projeto de extensão de robótica. Sobre a Mostra Cultural o discente considerou que “as apresentações foram lindas e bem organizadas, como a dança do Campus Cacoal”.

Para a aluna Joice dos Santos, do 1º ano do curso técnico integrado em Agropecuária, Campus Cacoal, o Conpex proporcionou a oportunidade de conhecer os estudantes de outros campi. “Conheci novas pessoas, e além da apresentação cultural, participei de atividades como o minicurso de primeiros socorros e pude aprender muita coisa nova que no cotidiano a gente certamente não aprenderia por nem saber que existe”, contou.

A interação entre os alunos dos campi também foi destacada pela estudante do curso Técnico em Agropecuária, Yasmim da Cruz Anunciação, do Campus Colorado do Oeste, que participou pela primeira vez do Conpex. “Não imaginava ter uma recepção tão boa quanto a que tivemos. A mostra foi muito especial e a gente percebe que nem tudo está perdido e que ainda existe cultura em nosso país. Deu pra perceber que cada campus tem sua especificidade, cada um tem algo de diferente e nos trouxe sua alegria, sua riqueza”, relatou.

Avaliações

Um dos destaques da IV edição do Conpex apontado pela Pró-Reitora de Ensino, Maria Fabíola Moraes de Assumpção Santos, foi a Mostra de Práticas Exitosas do Ensino. “Foi a primeira vez que integramos essa atividade [...] um trabalho muito bem realizado, com alguns exemplos de atividades pedagógicas que realmente tem contribuído com a aprendizagem de nossos alunos”, destacou.

A quantidade de trabalhos inscritos e apresentados foi ressaltada pelo Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação, Gilmar Alves Lima Junior. “O evento cresceu, teve mais alunos e servidores envolvidos com ensino, pesquisa e extensão, o que ajuda a entender o papel do instituto, e nós estamos cumprindo esse papel e envolvendo mais pessoas para desenvolver essas atividades”, explanou. 

A pró-reitora de Extensão, Maria Goreth Araújo Reis, destacou o engajamento de alunos e servidores dos campi e da reitoria para a realização da mostra cultural. “Vimos que os alunos se superaram, tanto nos ensaios, quanto na escolha dos temas sociais, como por exemplo, zika, bullying, migração, e é muito interessante ver todos se apresentando, porque a formação artística é essencial para o desenvolvimento dos alunos e temos que investir cada vez mais”, reforçou.