Instituto Federal de Rondônia

Mostra de Inovação apresenta tecnologias desenvolvidas no IFRO

A quarta edição do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia contou com a III Mostra de Inovação. O evento foi realizado na quarta-feira (05), no Campus Vilhena, e teve como objetivo difundir a cultura da inovação junto aos acadêmicos e pesquisadores, além de levar ao conhecimento da comunidade o portfólio de tecnologias inovadoras originadas no IFRO e incentivar o estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento de novas tecnologias.

Segundo o Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação e Pós Graduação, Gilmar Alves Lima Junior, o diferencial dessa edição para a anterior foi o aumento no número de produtos apresentados. “Este ano foram apresentados sete trabalhos, mas já temos, no total, 32 pedidos de proteção intelectual. Hoje a mostra se restringe aos produtos que nós já enviamos para o registro no INPI, desenvolvidos para os servidores ou para o público externo, mas que procuram o NIT. Este ano estamos contando com dois grandes grupos de dispositivos didáticos desenvolvidos, mas também temos produtos voltados para a indústria, como industrialização do pescado”, informou.

O aluno Matheus Fávaro Moreira do curso Técnico em Florestas do Campus Ji-Paraná realizou o registro de patente da metodologia de tetrazólio para sementes de orelinha. “Consegui visualizá-la como inovação para o mercado, pois identifiquei que existem vários meios de avaliar a viabilidade dessa semente e não só através de um teste de germinação comum, portanto, estamos estudando para desenvolver metodologias de tetrazólio para outras sementes também”, ressaltou.

O discente Igor Ramos Oliveira, do curso Técnico em Informática do Campus Porto Velho Calama desenvolveu um protótipo de um produto que funcionará como uma “chave inteligente”. O invento utilizará um dispositivo de frequência para identificar a pessoa usando um cartão de RFD. Com isso, ao chegar em casa, a invenção permitirá ao usuário abrir a porta com o cartão de frequência e acender as luzes da casa a 25 metros de distância, através de aplicativo acionado por meio do bluetooth. “Antes, para mim, isso era apenas um trabalho escolar, mas com o desenvolvimento dele, já estamos planejando abrir uma empresa, com a finalidade de fabricar esse produto, vender e instalá-lo para as pessoas”, explicou.

A professora do curso Técnico em Alimentos do Campus Ariquemes, Juliana Minardi Galo, já conseguiu patentes de 15 produtos, dos quais 13 registros estão relacionados ao tambaqui enlatado e 02 ao pirarucu desidratado e defumado.  “Rondônia é um dos maiores produtores de pescado, o Estado que mais tem produtos de tambaqui no Brasil, mas ainda existem alguns entraves para comercialização, como a questão do transporte. Uma das alternativas para solucionar este problema é facilitar o transporte para outras regiões, enlatando esses produtos”, comentou.

De acordo com o Chefe do Departamento de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do Campus Ji-Paraná e orientador dos projetos “Técnica de Avaliação de Percentual de Eficiência de produtos desinfetantes” e “Mina Orgânica”, a mostra é importante para demonstrar que o IFRO tem capacidade e condições de desenvolver produtos inovadores “que vão facilitar o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão e também mostrar para a sociedade o que a instituição tem desenvolvido”.