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IFRO comemora junto com seus professores e alunos o Dia dos Professores

Publicado: Segunda, 14 de Outubro de 2024, 18h16 | Última atualização em Quarta, 16 de Outubro de 2024, 15h35

Dia ProfO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) comemora junto aos seus mais de 700 docentes o 15 de outubro, Dia dos Professores. A instituição integra o contexto nacional, no qual mais de 2,6 milhões de docentes (na educação básica e na educação superior) exercem a atividade no país. O 15 de outubro é feriado escolar no Brasil. Outubro também tem outra data mundial dedicada aos docentes, uma vez que o dia 5 de outubro foi proclamado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como Dia Mundial dos Professores em 1994.

Aluna do Mestrado Profissional em Geografia (ProfGEO) do IFRO Campus Cacoal, Daniela Fiorentin, também homenageia os docentes. “Venho em meu nome, mas também em nome dos meus colegas da turma, os 12 mestrandos, parabenizar a cada um de vocês, professores do Instituto Federal, pela passagem do dia, especialmente aqueles que disseram sim a missão de serem os nossos mestres”.

Muitos são os exemplos a serem buscados para esta data. Docente no Campus Avançado São Miguel do Guaporé, Gisele Renata de Castro mostra que atua desde seus 16 anos. “Já atuei na rede municipal, estadual e estou, desde maio de 2010, na rede federal, começando pelo IFRO Colorado do Oeste por dois anos, IFRO Ariquemes por 5 anos e estou, desde 2019, formando a equipe de implantação do IFRO São Miguel do Guaporé. Sempre quis ser professora, não imaginei atuar em outra área e vejo nessa profissão a oportunidade de mudar vidas por meio da educação. A cada conquista dos meus alunos considero como sendo minha, pois sei que participei dessa trajetória”.

 

Mãe da Beatriz e do Eduardo, a Campus Zona Norte Professora Anabela conta ser “pedagoga de paixão”: “fui muito influenciada pela família da minha mãe, minhas tias quase todas são professoras. E inspirada no mundo da leitura pelo meu pai, que sempre me contava histórias.  Já no ensino médio escolhi fazer o magistério na cidade de Jaru, interior de Rondônia. Esta formação me proporcionou aprendizagens valiosas... entrar em sala pela primeira vez ainda adolescente... que desafio! Na faculdade passei para psicologia, direito e pedagogia. Pedagogia já me encantava. A licenciatura foi uma experiência formativa maravilhosa. Nessa época comecei a trabalhar em uma escola rural municipal multisseriada em Ji-Paraná. No dia que iniciei a linha de ônibus parou de funcionar! Andava 13km, tinha uma turma com 20 crianças, 3 com necessidades educativas específicas. Eu fazia a limpeza, a merenda, dava aula e a noite ia para a faculdade”.

Ao se formar, Anabela foi aprovada no concurso do Estado e se mudou para Machadinho d’Oeste (RO). Tinha que enfrentar barro, chuva, sol quente e poeira pois morava na roça e trabalhava na cidade, e aos fins de semana fazia pós-graduação em Ji-Paraná. Aí se eu perdesse o ônibus, Rafael me acompanhava e decidimos nos casar. Trabalhei com pessoas muito competentes e em diferentes áreas, formação de alfabetizadores, formação de professores, secretaria, documentação, coordenação pedagógica, gestão. Depois migramos para Cacoal (RO) a fim de continuar a estudar. Eu resolvi fazer o curso de Direito e Rafael o de Informática”.

Na Secretaria de Educação, atuou em funções de monitoramento, avaliação, documentação e legislação escolar, programas e projetos de ensino, financiamento, educação ambiental e gestão. “Tive a chance de atuar no Ministério Público, mas optei pela docência. Advoguei e então fiz o concurso do Tribunal de Justiça e do Instituto Federal”. Agora ela atua com a formação de professores, na Educação a Distância e é docente na Licenciatura em Pedagogia do IFRO. “Sou encantada pela possibilidade que a educação tem de transformar vidas, de criar ideias, de nos tornar seres melhores, de construir conhecimento, de partilhar vivências, de libertar a alma e de constantemente aprender!”, conta a Professora Anabela.

Campus Vilhena Elza Moreira Alves professora do EBTT

Para Elza Moreira Alves, do IFRO Campus Vilhena, “a profissão professora me é nata porque desde muito criança eu já gostava de ser professora. Eu sempre amei as palavras. Elas me faziam PENSAR nelas mesmas. Meus pais geraram e criaram 12 filhos; eu sou a décima. Somos de origem paupérrima. Foi muito árduo para meus pais darem conta da minha criação. Não tínhamos acesso aos livros. O máximo que eu consegui foi estudar em escolas públicas. Eu sempre fui muito dedicada e focada. Eu sabia, intuitivamente, que o meu objetivo era aprender e ensinar”, recorda.

Elza fez a Licenciatura em Letras (Unemat/ Universidade do Estado de Mato Grosso), Mestrado em Ciências da Linguagem (UNIR/Universidade Federal de Rondônia) e Doutorado em Linguística (Unemat). “Após a graduação, eu e a docência nos abraçamos. Apesar dos ataques e críticas que a categoria sofre, eu ainda acredito que meu trabalho faz a diferença para tantas outras crianças que, assim como eu, só podem contar com a escola pública. O que mais me motiva nesta sublime profissão é a certeza de que eu inspiro outros seres humanos”, resume.

 

Profissão: docente

Fotos Professora Kayena do Campus Colorado 4

“Como muitos, minha trajetória como docente foi uma construção gradual”, ressalta Professora Kayena Delaix Zaqueo. Para ela que não sonhava em ser professora, o encantamento veio aos poucos. “Em 2011, logo após concluir meu mestrado, comecei a lecionar em uma faculdade particular em Porto Velho, e ali dei meus primeiros passos na educação. Mais tarde, entre 2014 e 2016, fui professora substituta no IFRO Campus Calama, um período conturbado em que, além das aulas, estava finalizando o doutorado e iniciando o pós-doutorado, no entanto, foi nesse ambiente que minha paixão pelo ensino começou a se fortalecer e decidi me aventurar no serviço público, como docente”.

Em 2017, ingressou como professora efetiva no Instituto Federal de Mato Grosso, Campus São Vicente. “Tive a oportunidade de vivenciar cargos de gestão, sendo Coordenadora do Curso de Biologia e, posteriormente, Chefe de Departamento do Centro de Referência de Jaciara. Esses anos foram intensos, tanto na sala de aula quanto na administração, mas me deram uma visão ainda mais ampla da educação. Em 2022, retornei para Rondônia, estado que morei a maior parte de minha vida, e hoje atuo no Campus Colorado do Oeste como professora, Coordenadora do Curso de Biologia e, mais recentemente, também Coordenadora de Educação a Distância”.

Lecionando na Licenciatura em Ciências Biológicas, ajuda na formação de futuros professores. Também é docente no Curso de Medicina Veterinária com a componente curricular “Animais Peçonhentos e Nocivos”, “uma área pela qual tenho verdadeira paixão, pois me dá a oportunidade de desmistificar o medo e a incompreensão sobre esses fascinantes animais. É imensamente gratificante ver a mudança de percepção que ocorre ao longo das aulas; muitos, que antes sentiam pavor e até mesmo só pensavam em eliminar uma serpente ao encontrá-la. Hoje, com o conhecimento, desenvolveram respeito e, em alguns casos, até admiração por esses seres tão importantes no ecossistema”.

“Aos professores, que enfrentam desafios diários, deixo uma mensagem de coragem e paciência. Continue colocando amor e dedicação em cada aula, pois nossa profissão tem um valor imenso. Aos futuros professores, digo para não desanimarem com as dificuldades iniciais. Cada turma, cada aluno pode nos transformar, e essa é a grande beleza da docência. No final, o que mais importa é acreditar no impacto que podemos causar e, mesmo em meio aos desafios, nunca perder de vista o quanto nosso papel é essencial na construção de um mundo melhor”, conclui a Professora Kayena.

A Professora de Língua Portuguesa do Campus Porto Velho Calama, Professora Gracilene Nunes da Silva, recorda: “eu sou uma ribeirinha lá do Rio Amazonas, que veio para Porto Velho e aqui fez magistério, aqui fez letras e atua como docente desde 97 no estado de Rondônia. De 97 até 2008 eu trabalhei como docente no estado de Rondônia e em 2009 eu já estava aprovada no concurso do IFRO e tomei posse em fevereiro de 2009. De lá para cá nós atuamos em vários departamentos, diretorias, ajudando a construção do Campus Porto Velho, Ji-Paraná, depois Calama e Jaru, onde nós também ajudamos a implantar”.

“Como docente eu tenho 27 anos de profissão. E tenho sempre procurado desenvolver um trabalho que transforme a vida das pessoas, levando para eles uma educação humana, com esse olhar mais humano, esse olhar de motivação para que eles possam subir na vida, vencer de forma honesta. Aqui no IFRO, nós temos as condições de fazer um bom trabalho, porque eles dão as condições para que nós possamos estudar. Eu sou hoje Mestra através do incentivo e das possibilidades que o IFRO tem nos dado. Portanto, a retribuição é ofertar um trabalho de qualidade, com dedicação, com empenho para que os alunos recebam esses conteúdos e também transformem a vida deles, como a minha foi transformada através da educação. Ano que vem eu já concluo meu tempo aqui no IFRO, vou me aposentar, mas eu deixo um conselho para meus colegas, dediquem-se sempre, esforcem-se, vale muito a pena nós olharmos para trás e vermos que o nosso trabalho foi importante para a melhoria da vida das pessoas”, destaca a docente.

O Professor de Sociologia, Raimundo José dos Santos Filho, também está no Calama há mais de dez anos. “Ingressei no IFRO no dia 21 de novembro de 2011, portanto agora dia 21 do próximo mês vou completar 13 anos, mas como professor comecei há muito tempo, nos anos 80 ainda no tempo de universidade eu já comecei a lecionar, só que de forma intermitente, de maneira contínua eu o leciono desde 2003, lecionava em faculdades privadas de Porto Velho e de Ariquemes, quando ingressei no IFRO”.

“O que eu posso dizer para quem está ingressando na carreira docente agora é que é uma profissão difícil, que exige muita dedicação, mas ela também tem muitas compensações. Eu gosto de fazer muitas atividades, mas a atividade de professor é uma que eu não desejo abandonar nunca, porque com ela, com a profissão de professor, eu tive muitos prazeres, tive muitas compensações, consegui realizações que eu não imaginava, principalmente pelo fato do IFRO que permitia essas realizações. No caso, a ampliação dos conhecimentos, consegui no IFRO, fazer mestrado, doutorado, então isso, para mim, eu acho uma compensação que não tem valor financeiro que compense isso”.

 

Conhecimento compartilhado

Fotos Professora Stefanny do Campus Ariquemes 1

Professora da área de Medicina Veterinária do Campus Ariquemes, Stéfanny Rochelly Klaus Sales Oliveira, é natural do Rio Grande Norte. Chegou a Rondônia em 2009. “Cheia de sonhos e expectativas. Enfrentei várias dificuldades para conseguir me encaixar profissionalmente. Ingressei no serviço público através de concurso no ano de 2011 para o cargo de Auxiliar de Biblioteca, no Campus Ariquemes. Esse cargo permitia que estivesse próximo do que almejava. A biblioteca sempre esteve presente na minha trajetória de estudante e aproveitava para ajudar o campus, dentro da minha formação de veterinária, que por muitas vezes precisava de serviços voluntários. Em contrapartida, buscava meu autoconhecimento como profissional e como pessoa”.

“Busquei outras instituições através de concurso público. Trabalhei na UNIR Campus Ariquemes e IFAM Campus Humaitá. Mas o desejo de retornar para o Campus Ariquemes como professora permanecia. Na primeira oportunidade, realizei novamente concurso público e desde 2016 sou Professora do Campus Ariquemes. Desde o momento da posse até hoje muitos desafios foram superados. Atualmente desenvolvo técnicas de aprendizagem ativa, que é uma perspectiva diferente das técnicas clássicas de aprendizagem e possibilitam colocar o aluno como centro da aprendizagem. O amadurecimento na profissão me permite desfrutar do processo e me emocionar com os resultados. Reencontrar meus ex-alunos é algo extremamente satisfatório”.

Professora de Química do Campus Ariquemes desde 2013, Thassiane Telles Conde diz ter muito orgulho de ter escolhido a profissão, “eu acredito no poder de transformação que a educação traz para a vida das pessoas. Inclusive, eu tive a minha vida mudada e transformada através dos estudos. E tenho mais orgulho ainda de fazer parte do Instituto Federal de Rondônia, que é uma instituição que proporciona a servidores e alunos atuarem tanto no ensino quanto na pesquisa e na extensão, proporcionando uma formação mais ampla e formando, assim, cidadãos críticos e competentes para atuar na sociedade”.

Fotos Jomel Francisco dos Santos médico veterinário do IFRO Campus Ariquemes 5

Jomel Francisco dos Santos é também professor no Campus Ariquemes. Ele que Cursou Técnico em Agropecuária de 2003 a 2005 na antiga EMARC que hoje é o IFRO Campus Ariquemes compartilha a alegria do retorno. Graduou-se em Medicina Veterinária no ano de 2012 na Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde também cursou Mestrado em Sanidade e Reprodução de Ruminantes em 2013 e em 2017 concluiu seu Doutorado em Ciência Veterinária nessa mesma instituição. “Sou médico veterinário e professor no IFRO Campus Ariquemes. Estou muito feliz em dar esse depoimento, porque hoje eu sou professor onde 20 anos atrás eu estudei, fiz o Curso Técnico em Agropecuária. Depois, eu fui para Pernambuco, estudei na Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde fiz Medicina Veterinária, mestrado e doutorado. Também trabalhei no IFRO, estudei lá do Amazonas, e hoje estou aqui no IFRO, contribuindo para formar técnicos em agropecuária, futuros engenheiros, engenheiras agrônomos e médicos veterinários, e outros alunos, tanto que transformando a vida por meio da educação, como a minha vida foi transformada, também hoje estou podendo realizar esse sonho de ser professor e contribuir na transformação de várias vidas”.

Atualmente leciona nos cursos de Agronomia e Técnico Integrado em Agropecuária. Trabalha com o ensino de Anatomia animal, Fisiologia animal, Medicina e produção de ruminantes, Higiene e profilaxia animal, Produção Animal, Zootecnia, Comportamento e bem-estar animal e outras áreas veterinárias e agropecuárias. Promove pesquisa e extensão acadêmica por meio de projetos de Educação em Saúde e orienta projeto de ensino na produção de vídeos didáticos para auxílio no aprendizado da anatomia. É entusiasta da educação e acredita que a principal forma de transformação na vida das pessoas acontece por meio dos estudos, como foi em sua vida.

 

Aos mestres

Como mensagem aos docentes, o Reitor Moisés José Rosa Souza faz o seguinte destaque: "neste dia 15 de outubro, comemora-se o Dia do Professor, o Dia da Professora, logo é preciso celebrar essa que é uma das profissões mais valorosas porque transforma vidas. Transforma vidas pela construção e partilha do conhecimento, por meio da nossa voz, das nossas ideias e dos nossos exemplos, que apontam caminhos aos alunos e alunas rumo ao futuro. Dessa forma, ser professor, ser professora tem de ser motivo de orgulho e felicidade hoje e sempre. Neste momento, permita-me citar as belas palavras de Castro Alves, colhidas do poema O livro e a América:
Oh! Bendito/a o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.
Professora, professor, parabéns!"

 

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