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Servidores do IFRO visitam assentamento Madre Cristina em Ariquemes para levantamento de demandas a serem atendidas por projetos institucionais

Publicado: Quarta, 24 de Julho de 2024, 17h31 | Última atualização em Sexta, 26 de Julho de 2024, 19h52

Uma comitiva de servidores e servidoras do Instituto Federal de Rondônia esteve, na última sexta-feira (19 de julho), no Assentamento Madre Cristina, localizado na zona rural do município de Ariquemes (RO). A reunião com os assentados e assentadas tratou de levantar demandas que serão atendidas posteriormente por projetos gerenciados pelo IFRO. IFRO Visita ao assentamento Madre Cristina 5

Estiveram na reunião o Reitor do IFRO, Moisés José Rosa, a Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Xênia de Castro Barbosa, a Pró-Reitora de Extensão, Marcela Regina Stein, a Diretora de Programas e Projetos, Márcia Tesser, o Diretor-Geral do Campus Ariquemes, Adriano Marcos Dantas da Silva, o Diretor-Geral do Campus Porto Velho Calama, Leonardo Leocádio, dentre outros servidores e servidoras da institução. 

Também participaram da reunião, representantes de Movimentos Sociais do campo, como Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT), trabalhadoras e trabalhadores dos Assentamentos Águas Claras (Vilhena) e 14 de Agosto (Ariquemes), além de moradores do próprio local. 

Moisés José Rosa, Reitor do IFRO, destacou que “não é nenhum favor que o IFRO faz estando aqui no assentamento. Essa é a nossa obrigação institucional, nossa obrigação social e moral. Agradeço imensamente Zonalia, em seu nome, por essa recepção, fiquei muito feliz, porque pensei que fossem apenas pessoas aqui do assentamento, mas nós temos pessoas de assentamentos representando praticamente todo o estado de Rondônia e isso nos deixa muito felizes. Viemos conversar com vocês, ouvir as demandas da comunidade. Desta forma, o IFRO se faz presente na vida das pessoas, procurando melhorar a vida de todos e todas”.IFRO Visita ao assentamento Madre Cristina 7

Zonalia Neres, assentada do Madre Cristina, é camponesa da produção agroecológica e membra da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Rondônia. Para ela, a reunião com o IFRO foi muito bem-vinda. “Foi uma satisfação imensa receber o Reitor do IFRO e os demais servidores. A gente já vem com uma parceria muito boa com o IFRO em Ariquemes e agora o IFRO está abrindo mais essa porta para a gente seguir com a nossa parceria. Essa parceria vai resultar em questões de abastecimento de água, que nós não temos aqui, através da construção de um poço artesiano e também uma agroindústria de café. Essa parceria vai dar um retorno muito bom para a gente, para a nossa produção orgânica, agroecológica e para nós isso é maravilhoso. Nessa região temos cinco assentamentos, e em todos eles temos tido trabalhos do IFRO, principalmente do Campus de Ariquemes. Fazemos aqui todos os anos a nossa jornada universitária e, nesse evento, o IFRO sempre participou”, comentou a líder.

Tiago Neres, estudante do 1º ano do curso técnico em Alimentos do Campus Ariquemes, é integrante da Comunidade Madre Cristina. No local, sua família possui uma agroindústria. “Estou estudando no IFRO para ajudar minha família com a questão da agroindústria, para saber quais os tipos de café que podemos usar, quais não usar, dentre outras questões”, disse o jovem de 14 anos que participou da reunião.  

Projetos

Coordenadores dos Macroprojetos Comunidades Fortes I e II, Força do Campo (Professores Marcel Emeric e William Kennedy, respectivamente) também participaram da reunião. Marcel Emeric Bizerra Araújo, professor do Campus Vilhena, explicou que a Comunidade Madre Cristina será atendida pelo projeto, contemplada com poço artesiano e implementos para a produção de café. “O projeto visa a atender povos e comunidades tradicionais e em sua segunda fase os povos do campo. O Projeto Comunidades Fortes II, por meio da Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE – UFV), irá construir um poço artesiano que deve atender a demandas relativas ao fornecimento de água para parte do assentamento, em meio a atual crise hídrica vivida na Amazônia brasileira. Máquinas e implementos para a melhoria da produção de café e gêneros oriundos da produção camponesa familiar”, destacou Marcel.  

 O assentamento, que conta atualmente com 35 famílias, também  contará com ações do Projeto Morar Mais Rural, tais como  disponibilizar equipe técnica habilitada para elaboração de projetos arquitetônicos, de engenharia e acompanhamento das  obras de unidades habitacionais por meio de relatórios e laudos técnicos, além de apoio na concessão e na operacionalização de Créditos de Instalação do Programa Nacional da Reforma Agrária - PNRA nos projetos de assentamentos sob jurisdição da Superintendência Regional do Incra no Estado de Rondônia.

Pesquisa

IFRO Visita ao assentamento Madre Cristina 12Acompanhou a comitiva do IFRO, o professor de Geografia da Université Angers (instuição pública da França), Marcelo Negrão. Ele explicou que na instituição, que é pública, eles possuem um laboratório que se chama “Espaço e Sociedade” com uma linha de pesquisa sobre desenvolvimento local, que dialoga com o que foi tratado na reunião no Assentamento Madre Cristina. “Fui convidado pelos professores Marcel, Uillian e Moisés para refletirmos juntos sobre uma parceria de médio a longo prazo entre o IFRO e a Universidade de Angers, com um programa de pesquisa sobre desenvolvimento local. E o que é desenvolvimento local? É você oportunizar iniciativas endógenas, ou seja, da própria população para desenvolver localmente uma comunidade ou um território. Ele se diferencia de um desenvolvimento de tipo clássico, que é aquele que vem de fora, quando, por exemplo, vem uma grande empresa se instalar para poder gerar emprego, e o desenvolvimento local não é exatamente isso, mas é quando a própria comunidade local se organiza e toma iniciativas econômicas e sociais, para criar renda e empregos no próprio território, sem depender de grandes atores externos a esses territórios. Estou aqui hoje para pensar uma linha de pesquisa sobre isso. O desenvolvimento local não é uma exclusividade da Amazônia, de Rondônia ou do Brasil, ele existe em outras partes do mundo também, existe desenvolvimento local na França também, mas ele muda, os atores institucionais mudam, e o nosso objetivo é tentar um projeto de pesquisa juntos, com esses olhares diferentes sobre o que é o desenvolvimento local, em Rondônia, na Amazônia e na França”, explicou o professor.  

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