Instituto Federal de Rondônia

Alunos do IFRO participam da etapa estadual da OBR

Mais de 120 alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), de escolas estaduais e particulares participaram no sábado (24) e domingo (25) da Etapa Estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica. As competições ocorreram no Porto Velho Shopping, na capital rondoniense, com provas da modalidade Resgate, níveis fundamental e médio. 

O evento reuniu estudantes dos municípios de Porto Velho, Jacy-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Ariquemes, divididos em 36 equipes, que disputaram as provas em busca de uma classificação para a etapa nacional da OBR, que acontecerá em outubro, em Recife (PE). “O evento é um incentivo para que alunos do Ensino Médio se insiram nas áreas de engenharias e de exatas, desenvolvendo diversas habilidades e competências relacionadas a essas áreas. [...] O IFRO já sedia essa prova há seis anos e é uma competição bem específica e muita exercitada pelos alunos de Rondônia”, explica o professor e coordenador das atividades, Rafael Pitwak.

Preparação

Na prova de Resgate os alunos deviam programar os robôs para que seguissem em uma faixa preta, e se comportassem de forma diferente conforme os obstáculos encontrados no trajeto, desviando, por exemplo, de caixas e fitas verdes afixadas no percurso. A prova ainda exigia que os robôs, em uma terceira etapa, resgatassem vítimas, representadas por bolas de isopor, levando-as para locais seguros.  “A sala três é um dos maiores desafios. É a primeira vez que estou participando das competições e estou desde o começo do ano treinando. Se não conseguir ganhar neste ano ainda tenho mais três anos para competir”, explicou a estudante do curso técnico em Eletrotécnica do Campus Porto Velho Calama, Danielle Menezes Marrieli.

Com um pouco mais de experiência, o estudante de Informática do Campus Porto Velho Calama, Vituriano Oliveira Xisto, se empenhou para apresentar um bom resultado na prova. “Na primeira vez que participei não tive um bom rendimento, fiquei em sexto lugar e este ano estou mais confiante. Dedico-me seis horas por dia, fico a tarde toda e um pouco da noite estudando programação para fazer um bom trabalho”, contou o aluno acrescentando: “Para quem está começando é importante se dedicar e estudar muito, porque vale a pena e no IFRO você vê na prática o que estuda na teoria”.

Outras atividades

Além de competições, os alunos do Campus Porto Velho Calama puderam mostrar algumas das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa em Robótica Educacional e Internet das Coisas (GPMecatrônica). Entre as atrações estavam o robô chamado Facebot, controlado remotamente e que circulou pelo shopping tirando fotos dos visitantes. Outra tecnologia apresentada nos dois dias de evento foi o Smartbug. “É um projeto maior que nós estamos desenvolvendo. Conseguimos controlar toda a parte elétrica através de um celular, como a partida, motor, farol, setas, buzinas”, elencou o professor Rafael.

O evento também contou com uma apresentação do robô dançarino, desenvolvido por alunos do Campus Porto Velho Calama, e que já está classificado para participar de duas competições nacionais. “No começo a gente montava o robô e não conseguia realizar o que tínhamos como objetivo, então nomeamos ele de “Fracasso”. Mesmo assim não desistimos dele e continuamos tentando até que passou a funcionar. Como uma inspiração, criamos outro robô, que é o Fracasso nº2 e esperamos que seja exemplo de superação também”, detalhou a estudante Caroline Garçon, que cursa o 1º ano de Informática.

Crescimento

As atividades desenvolvidas durante a etapa estadual da OBR também serviram como incentivo para os estudantes continuarem os estudos na área de robótica. “Mostramos para os alunos que não é tão difícil desenvolver tecnologia. E quando demonstramos que eles são capazes de desenvolver suas ideias e de exercitar a criatividade, ficam mais estimulados, se empenhando para alcançar seus objetivos”, destacou Rafael Pitwak.

É o caso de Eduardo Rodrigues, do curso técnico concomitante em Informática (Pronatec), que estava ajudando na organização do evento e que pretende seguir os estudos na área. “Quero continuar estudando no IFRO em Análise e Desenvolvimento de Sistemas que também tem a ver com robótica e mais pra frente pretendo fazer mestrado e doutorado, e se tudo der certo vou ser professor”, revelou.