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Dia dos Professores: avaliação dos docentes em 2020 enquanto um ano de desafios na educação

Publicado: Quarta, 14 de Outubro de 2020, 18h58 | Última atualização em Quarta, 11 de Novembro de 2020, 10h18

IFRO Dia do Professor 2020

Quinta-feira é Dia dos Professores, data comemorada em 15 de outubro. Profissionais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) e de todo o país passaram neste ano por transformações inesperadas em seu universo de trabalho. As instituições de ensino foram umas das primeiras a serem encarregadas de seu ofício educativo e a suspenderem as atividades presenciais diante da recém-chegada covid-19 no mês de março de 2020 ao Brasil.

O Reitor do IFRO, Uberlando Tiburtino Leite, destaca a importância e a complexidade da profissão perante o isolamento social em decorrência da pandemia, que até o momento o mundo enfrenta. “Quero, em nome do IFRO, parabenizar e, acima de tudo, agradecer a todos os nossos professores e a todas as nossas professoras pelo compromisso e pela dedicação que vocês tiveram, que estão tendo e que ainda terão com os nossos alunos e alunas e com a nossa sociedade para que a gente vença esse desafio e que a sociedade reconheça cada vez mais a importância e o papel do professor e da professora para o crescimento e desenvolvimento do nosso país”, parabeniza o gestor.

A Professora de Língua Portuguesa do Campus Guajará-Mirim, Enísia Soares, avalia como é para a categoria atuar em tempo de isolamento social e aulas remotas. “Ser professor do IFRO é ser cuidador, tanto do aspecto intelectual do estudante quanto do psicológico. É dizer a ele que consegue superar obstáculos, é estabelecer com o estudante uma sociedade, em que a moeda é o conhecimento. É estar disponível para o aluno, razão de seu trabalho docente, é orientá-lo para que escancare as portas do seu futuro, para que seja protagonista do enredo de sua vida, para que seja capaz de exercer a cidadania e, sobretudo, para que tenha consciência de que um ser intelectual é alguém, antes de tudo, humano”, comenta.

Relembrando a importância dos professores para a sociedade, Paulo Severino, docente de Educação Física do Campus Vilhena, acrescenta ser uma profissão que agrega muitos valores e contribui na formação dos demais profissionais. No caso do IFRO, vem contribuindo para mudar realidades sociais de jovens e adultos por meio de seus campi e polos. “Muitas vezes percebemos que há alunos no Instituto com uma condição econômica e social muito vulnerável. E, com certeza, essa educação que está sendo proporcionada contribuirá para que se abram muitas portas para esse aluno”, fala.

Desafios

Com a tomada de decisão nacional da adoção do ensino remoto enquanto houver perigo diante da pandemia, a Professora de Inglês do Campus Vilhena, Maria Helena, diz ter se tornado uma profissional melhor, por reconhecer e enfrentar os limites que ela não reconhecia na correria diária e que estavam relacionados às barreiras das tecnologias. A docente de Língua Inglesa no Campus Jaru, Erica Cayres Rodrigues, completa dizendo que os conhecimentos novos foram construídos em conjunto entre professores, servidores e estudantes, e que isso necessitou de um esforço maior que o apenas relacionado ao fazer científico. “Foi necessário desenvolver cada vez mais a nossa sensibilidade, empatia e alteridade e, sobretudo, a nossa esperança”, diz ela que já está há 20 anos no magistério, sendo oito anos no IFRO.

Refletindo o sentimento geral da população de todos os países afetados pela pandemia, o medo e a esperança fizeram parte da jornada dos docentes neste tempo. Desse modo, eles adotaram a ação e reflexão ainda mais para a prática cotidiana, tendo em vista que o ser professor envolve contribuir na transformação da sociedade. Rafael Henrique Pereira dos Reis é do Campus Colorado do Oeste e conta o quanto tem sido desafiador este período. “Trabalho em cursos que têm suas raízes numa parte prática de campo. Nós temos que buscar novas metodologias e formas de trazer os alunos para participar das atividades. Às vezes temos sucesso e outras vezes nem tanto, e isso faz com que a gente cresça profissionalmente”, avalia.

Reinventar-se

Professor de Administração do Campus Porto Velho Zona Norte, Jorge Washington de Amorim Junior, relata que “[...] a pandemia fez com que nós professores repensássemos com mais profundidade acerca da nossa missão na educação, que é promover autonomia, independência e iniciativa para que o aluno compreenda e transforme sua realidade sempre que necessário. Acredito que a nossa missão não mudou, nós não nos tornamos nem melhores e nem piores. Entretanto, aceitamos o desafio de aprender novas formas de fazer o que sempre fizemos: levar a educação adiante”.

Segundo a Professora de Artes do Campus Guajará-Mirim, Marcela Lima, “[...] sabemos que o espaço escolar é um local para debater os novos desafios contemporâneos. E fomos todos atravessados por um enorme desafio, que nos impôs novos modos de ver, de viver e de conviver. Na educação, no ambiente virtual de aprendizagem, em atividades remotas, de aprender novas ferramentas e aulas on-line. Todo esse contexto de caráter transformador me possibilitou ampliar ainda mais o meu olhar para o outro. Um olhar mais cuidadoso e compreensível, entendendo que a educação não é apartada da vida”.

A Professora de Administração do Campus Ariquemes, Quezia Rosa, considera que se tornou uma professora ainda melhor neste contexto educacional atual. “Eu desenvolvi ainda mais a qualidade necessária do professor, que é se colocar no lugar do aluno, ter empatia pela condição que ele está vivendo. Tornei-me uma profissional que se preocupa em desenvolver, além dos conhecimentos técnicos, algumas habilidades que serão necessárias no mercado de trabalho, como tomada de decisão em situação extrema e inteligência emocional que serão necessárias num futuro próximo e eu acredito que eles tenham aprendido isso: a não desistir e continuar, apesar das circunstâncias”, diz.

Para a Professora do Campus Ji-Paraná, Andréia Mendonça dos Santos Lima, desde antes da pandemia já havia a busca por ter aulas mais atraentes e mais significativas para os alunos. “Estava sempre nesta busca e mudando as atividades. E depois da pandemia, além de ter que sair da zona de conforto e usar as novas tecnologias, o que mais me desafiou foi me expor frente a uma câmera e gravar as aulas, falar com uma câmera, deixar o material disponível para os alunos assistirem”.

O Professor de Química do Campus Jaru, Alan Cândido da Silva, compreende a sua função docente enquanto um compartilhar de conhecimentos, em que pode ensinar e aprender com os alunos. “Isso é muito gratificante, porque os alunos reconhecem o papel transformador da instituição na vida deles”. Entre as mudanças do período, o reinventar-se passou ao “[...] ter que acostumar-se temporariamente com as telas de computadores e smartphones. Foi preciso pensar na profissionalização docente. E vemos que o IFRO investiu forte nesta área. Aqui no Campus Jaru, por exemplo, nós fizemos várias rodas de conversa, de formação continuada, encontros pedagógicos, todos voltados para a qualificação do professor. E isso contribui com a qualidade do ensino que é ofertado. Gostaria de agradecer ao IFRO e em especial à equipe do Campus Jaru por me proporcionar essa possibilidade de continuar transformando a vida das pessoas através da educação”, analisa Alan.

Qualidade

Lecionar passou a ser, neste momento, sinônimo de dominar novos modos de fazer uma aula chegar com qualidade e com a compreensão da realidade diferente de cada discente. A Professora de Biologia do Campus Vilhena, Daniely Batista Alves Martins, também precisou procurar novos conhecimentos tecnológicos para enfrentar a realidade imposta desde março aos moradores de Rondônia. “De certa forma, a produzir aulas mais interativas, mais atrativas e que possam favorecer o aprendizado dos meus alunos nesse momento tão difícil que estamos enfrentando”.

A Professora de Administração do Campus Avançado São Miguel do Oeste, Nilreide Rodrigues dos Santos, percebe que a adaptação de todos (professores, técnicos e alunos) ocorreu com muita responsabilidade. Tudo ocorrendo de modo a permitir que os alunos mantivessem seu aprendizado. “Conciliar o trabalho com as obrigações do lar não foi fácil, todos tivemos nossas parcelas de contribuição”. E ela verifica que foi essencial para o alcance de um ensino de qualidade e adaptado ao momento.

Professora de Língua Portuguesa no Campus Ji-Paraná, Dionéia Foschiani Helbel, diz ser apaixonada por seus alunos e por isso está sofrendo muito neste momento de distanciamento social. “Mas tenho estudado muito também, aprendido maneiras de ficar pertinho deles usando as ferramentas tecnológicas como ensino. Mas, sobretudo, como aprendizagem, é fundamental. É a minha lição da pandemia”, conclui.

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