Instituto Federal de Rondônia

Ações artísticas e culturais movimentam o Campus Guajará-Mirim

Sexta cultural, exposição fotográfica e cinema movimentaram o IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), Campus Guajará-Mirim, no dia 30 de agosto. Participaram estudantes, servidores e comunidade externa.  As atividades foram aprovadas nos editais 12 e 14/2019 da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/IFRO).

Entre os objetivos estão o de implementar o NEPC (Núcleo de Extensão e Produção Cultural) na instituição a partir do CINE-IFRO do Campus Guajará-Mirim, oportunizando o cinema e a produção em arte como busca de afirmação de identidades, espaço de debate, reflexão, produção de imagens, fomentando a ação cultural e ampliando o espaço de comunicação do Campus Guajará-Mirim com a sociedade local. Além disso, deve proporcionar espaço para os valores culturais regionais, divulgar a arte, a música e entretenimento à comunidade acadêmica, oportunizando aos discentes momentos para desenvolver suas habilidades artísticas e expressivas apoiadas nos conhecimentos teóricos e práticos do fazer criativo.

Segundo a Coordenadora do Projeto, Marcela Lima, a relevância do projeto está relacionada mais ao social, por considerar que as produções artísticas inquietam, desconstroem, transgridem o construído e fazem surgir novos pensares e novas atitudes. “O trabalho com arte nas instituições de ensino formais (escolas, universidades), ou não formais (museus, ONGs, instituições culturais, etc.) é um dos caminhos possíveis para romper com a mentalidade utilitarista e tecnicista de nossa época. Uma forma de buscar o humano, de trazer o ser ao ser, em uma relação sensível, afetiva e consciente da sua postura no mundo, aprendendo a conhecer-se, a valorizar-se, a respeitar-se como indivíduo, com potencialidades criativas que afluem da vida e interferem na vida”, afirma.

O “Sexta-Cultural” é um projeto de pesquisa e extensão na área de Literatura, Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, que visa oportunizar o diálogo entre a produção cultural dos discentes com artistas e produtores culturais da região. Refere-se a apresentações e exposições artísticas produzidas pelos discentes, criação e participação em festivais culturais e espaços expositivos, ampliando assim o conhecimento, produção em arte e integração com a sociedade. O primeiro evento ocorreu no pátio do Campus e teve como ação o “Festival do Estudante”, vários estudantes dos cursos integrados se apresentaram e nos enriqueceram com lindas vozes em diferentes gêneros musicais.

Já o Cine-IFRO é um projeto de pesquisa e extensão que objetiva implementar no Campus Guajará-Mirim, o Núcleo de Extensão em Produção Cultural  (NEPC). Além disso, oportunizar discussões acerca de questões que atravessam o corpo dos alunos, comunidade acadêmica e sociedade local através da criação de um cineclube. O projeto refere-se ao cinema como campo de afetação, reflexão, criticidade e inspiração criativo-poética-imagética, ampliando assim o conhecimento, produção em arte e integração com a sociedade potencializando outros modos de ver e suas relações com o mundo e seu entorno.

O primeiro Cine-IFRO aconteceu na sexta-feira, dia 30 de agosto, juntamente com o projeto “Sexta-Cultural”, tendo como objetivo a comemoração do Dia do Estudante. O filme selecionado foi o documentário “Primavera Secundarista”, após a sessão houve o debate com os mediadores João Guilherme de Melo Vieira e Cassio Barbosa, estudantes do terceiro ano do Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática.

A Professora de Artes, Marcela Lima, ainda explica que o CINE-IFRO é um espaço de discussão e reflexão sobre diferentes temáticas a partir do cinema, esta primeira experiência foi riquíssima para todos, percebemos a importância de criar espaços dentro da instituição não apenas para os nossos alunos, mas também, para a comunidade em geral.

E a Instalação Fotográfica, realizada no pátio do Campus, faz parte das ações culturais e artísticas envolvidas nos projetos. Intitulada “Identidades – Fotografias da Alma”, a exposição foi desenvolvida no contexto das aulas de artes no IFRO Campus Guajará-Mirim. Segundo a professora Marcela Lima a proposta é pensarmos a formação do artista-discente como a poética dos encontros.

Conforme o projeto, no campo fenomenológico, pensado a partir de Merleau-Ponty, o corpo é movimento, sensibilidade, expressão criadora e se conhece nas relações que estabelece com o outro e com o mundo, em uma rede de intencionalidade. Pensar na formação em arte como a poética dos encontros nos convida a envolvermos com as invenções. Dessa forma, os alunos dos primeiros anos dos Cursos Técnicos Integrados em Biotecnologia e em Informática se envolveram na construção das imagens poéticas (fotografias), criando e construindo a imagem fotográfica e a poesia como modos de permitir a visibilidade da organicidade, da expressão, da (re)construção de “si” mesmos em imagens da palavra como experiências/sentidos, como possibilidades de (re)inventar mundos, como modos de existência ético-estético.

A proposta do trabalho é a projeção das imagens fotográficas realizadas pelos discentes, a exibição de olhares singulares desenvolvidos por cada aluno no percurso do projeto. Também participam do projeto os professores Carlos André Trindade de Oliveira e Maria Enísia Soares de Souza e o Técnico em Assuntos Educacionais, Carlos Augusto Silva e Silva.