Projeto ARTJÁ Guajará trabalha musicalização, traços e cores nas aldeias
O Projeto ARTJÁ Guajará “Musicalizando traços e cores nas aldeias” foi realizado no IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), Campus Guajará-Mirim, e nas aldeias de Laje Nova e Laje Velho. As ações ocorreram entre 10 e 20 de abril, em alusão ao Dia do Índio. O projeto direcionou ações junto à comunidade escolar, estudantes, professores e amigos. A interação do campus com a comunidade indígena traz conhecimento e pertencimento da identidade do município com as ricas culturas dos estudantes e comunidades indígenas ligadas às aldeias em Guajará-Mirim.
O projeto fechou a primeira fase de extensão com a visita às aldeias. Na parceria com Heydson Costa Hayden foi apresentada música no teclado, contando com outros alunos indígenas da comunidade que já tocavam em outros espaços públicos e que puderam mostrar o talento na área de artes. Eles cantaram, dançaram músicas de rituais femininos e apreciaram as obras. Também foram expostas pinturas de grafismo das jovens indígenas Franciele e Crisley Oro Não.
O professor Ivson Monteiro Viana falou sobre as ampliações dos projetos de informática e capacitação dos jovens nas aldeias de Laje Nova e Laje Velho. E os músicos parceiros do IFRO no evento, a Associação Cultural Waraji, que levou no dia 19 de abril na Aldeia Laje Velho a apresentação musical com os músicos da comunidade externa e os alunos que tocaram como forma de homenagem a esta importante data de reconhecimento do multiculturalismo.
Segundo o professor de Artes, Carlos Bosquê, o projeto atingiu uma integração aliada aos conhecimentos dos indígenas e forneceu meios para novos projetos de interação com o conhecimento trocado entre ambas as culturas, que foram de apreciação e apresentação nas execuções de músicas, pinturas, desenhos e danças. “Com essa base de comemorar a alegria e vivenciar a beleza, levando nossa arte e observando e aprendendo a arte dos indígenas das aldeias de acesso em via terrestre mais próxima da escola, onde dezenas de alunos indígenas estudam na instituição e são carinhosamente observados para avanços nas políticas de inclusão e adaptação a um ensino especializado, desafio de grande busca pelo professor de Artes que visa à valorização e inclusão de sua língua materna sem oprimir, mas incluir, aprendendo a aprender”, comenta o docente.
O projeto gerou um convívio cultural de trocas de experiências relacionadas ao conhecimento de pinturas, música, dança e oratória com alunos e professores do IFRO e com a comunidade da Aldeia Laje Velho, especialmente na reunião na comunidade Laje Nova, reunindo alunos indígenas e não indígenas do Campus Guajará-Mirim para ações de modalidade e Sarau Cultural, “em homenagem a esta importante comemoração que tem como referência a etnia indígena no mosaico de alunos do quadro da instituição”, afirma Bosquê.
O aprendizado trouxe sugestões do livro didático “Percursos da Arte”, e ainda contou com momentos de seminários, vídeos, experiências e apresentações dos alunos dos cursos integrados relacionados ao ensino aprendizado sobre a cultura e arte indígena. Entre as parcerias da ação estavam com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com a Associação Cultural Waraji de Guajará-Mirim. Além do apoio do Departamento de Extensão (Depex), e das professoras Sirlei, de Administração, e Fabiana Alves da Silva, de Educação Física. Houve ainda exposição de artes, desenhos, grafismo, mangás, paisagens, entre outras atividades, com diversos parceiros participando.
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