Livro regional é doado para bibliotecas do IFRO
O IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia) recebeu doação de dez livros de autoria de José Gadelha da Silva Júnior. Os exemplares serão distribuídos entre as bibliotecas dos campi do Instituto. São dez livros sobre “A desterritorialização da comunidade ribeirinha de São Domingos em Porto Velho/RO: uma análise dos discursos e suas subjetividades”.
A Assessora de Bibliotecas do IFRO, Cledenice Blackman, recebeu a doação que será encaminhada para as bibliotecas dos campi. Ela explica que normalmente a instituição tem experiência de receber materiais de outros estados, mas regional, não é muito comum ser doado às bibliotecas. “Passamos a conhecer mais sobre o nosso nicho de estudo que é a própria Amazônia, o baixo Madeira, os impactos dessa questão dessas construções de engenharia como as usinas. É um conhecimento que está retornando e feito por um amazônida, é um privilégio para nós enquanto instituição. E com certeza o material será muito bem aproveitado pelos nossos alunos do Instituto Federal”.
O livro aborda traços identitários da cultura ribeirinha ligados à transmissão oral de saberes e vivências, repassados por gerações anteriores, e que refletem uma relação de harmonia entre o homem e o meio ambiente. “Se considerar que pouco se sabe sobre a Amazônia, esse é um material que vai ajudar no processo de construção do conhecimento e do aprendizado. Porque todo mundo um dia ouviu falar de uma comunidade ribeirinha, as maneiras de viver, do que essa comunidade gosta, como ela se relaciona com o rio e com a natureza, mas pesquisas voltadas para essa comunidade são poucas. E se falar do gesto de devolver para a sociedade sobre as populações tradicionais é menor ainda. Para mim é um privilégio ter a publicação, é um momento de devolver para a sociedade, ajudar nesse processo de construção do conhecimento”, afirma José Gadelha.
O Jornalista diz que o livro, que é fruto de Edital da Sejucel (Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer) e desperta o olhar dos próprios moradores sobre a Amazônia, pode ser pesquisado por estudantes do Ensino Médio. “Esse processo ajuda muito na construção do conhecimento, desses estudantes de hoje para que no futuro possam se interessar pela ciência e que possam ter um novo olhar sobre a comunidade onde vivem. Temos que nos interessar pela comunidade onde vivemos. É fácil vir de fora falar sobre a Amazônia, mas nós que estamos aqui o que sabemos sobre a Amazônia? O que produzimos sobre a Amazônia? Nesse sentido acredito que o livro venha trazer uma grande contribuição”, finaliza.
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