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Projeto Morar+Rural acompanha avanço das obras no Assentamento Madre Cristina, em Ariquemes

Publicado: Terça, 30 de Dezembro de 2025, 08h51 | Última atualização em Terça, 30 de Dezembro de 2025, 08h51 | Acessos: 106

Morar Ariquemes 5Após mais de duas décadas de espera, o sonho da moradia digna começa a se concretizar para 19 famílias do Assentamento Madre Cristina, localizado na zona rural de Ariquemes, em Rondônia. A equipe do Projeto Morar+Rural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, esteve no local para acompanhar a evolução das construções das casas e verificar de perto o impacto social da iniciativa, que integra políticas públicas de habitação rural, reforma agrária e desenvolvimento sustentável.

Criado no âmbito da reforma agrária pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Assentamento Madre Cristina reúne famílias vindas de diferentes regiões do Brasil, que encontraram na terra não um instrumento de especulação, mas um meio de vida. Ao longo dos anos, a comunidade se organizou por meio de associações como a Aspromadre e coletivos produtivos, a exemplo do Grupo Agroecológico Girassol, consolidando uma identidade baseada na agroecologia, na produção de café e na busca por autonomia e qualidade de vida.

A visita técnica permitiu observar o avanço das obras e, sobretudo, ouvir relatos que traduzem a dimensão humana do projeto. Para o beneficiário Jussélio Bispo, o momento representa o fechamento de um ciclo histórico marcado por dificuldades e resistência. Ele relembra que muitas famílias passaram anos vivendo em estruturas improvisadas, como barracos de palha, até que a possibilidade de uma casa digna se tornasse realidade. Segundo ele, a concretização das moradias simboliza não apenas um teto, mas dignidade, segurança e a reafirmação de que vale a pena acreditar no que é correto e valoroso para as famílias do campo.

A presença de estudantes do IFRO durante a visita reforça o caráter formativo e extensionista do Morar+Rural. A estagiária do Curso Técnico em Edificações, Monique Araújo Vieira Barreto, destacou o impacto social da experiência, ressaltando o quanto é gratificante participar de um projeto que atende famílias em situação de vulnerabilidade e contribui diretamente para a melhoria das condições de vida no meio rural. Para ela, acompanhar esse processo transforma a formação técnica em vivência concreta de cidadania.

O mesmo sentimento é compartilhado por Rafaela França Marini, estagiária de Engenharia Civil, que vê no projeto a materialização do aprendizado acadêmico aliado à função social da engenharia. Ao observar a substituição de antigas casas de madeira por residências seguras, com dimensões adequadas e melhores condições de salubridade, ela afirma sentir orgulho de fazer parte de uma iniciativa que muda realidades de forma tão direta.

À frente da Coordenação do projeto, Daniela Giovanini Manuel Pires destacou que a visita ao Assentamento Madre Cristina cumpre um papel essencial de acompanhamento, escuta e validação do trabalho desenvolvido. Segundo a docente, estar no território junto com as estudantes permite não apenas avaliar o andamento das obras, mas também vivenciar a felicidade das famílias ao perceberem a transformação em curso.

Daniela enfatiza que a melhoria das moradias representa um salto significativo na qualidade de vida, refletindo o compromisso do projeto com quem está “na ponta” e mais necessita das políticas públicas. Ela ainda aponta que o acompanhamento das construções no Assentamento Madre Cristina reafirma o Morar+Rural como uma iniciativa que vai além da entrega de projetos e recursos. “Trata-se de um trabalho que articula instituições como o IFRO, órgãos públicos e comunidades organizadas, promovendo dignidade, permanência no campo e desenvolvimento sustentável. Para as famílias beneficiadas, cada parede erguida representa não apenas uma casa, mas a consolidação de uma história de luta, pertencimento e esperança no futuro”, conclui.

 

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