Projeto do Campus Calama promove visita técnica à Aldeia Indígena Parintintin em Humaitá
Professores e alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, participaram nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, de uma visita técnica à Aldeia Indígena Pupunha, da etnia Parintintin, em Humaitá (AM). A ação foi parte do projeto de extensão “A visita técnica enquanto estratégia pedagógica da educação intercultural”, aprovado no Edital nº 3/2025-REIT/PROPESP/IFRO.
A Coordenadora do projeto, Iranira Geminiano de Melo, e os Professores Cassio Alves Lus e Alecsandro de Goes Guedes, acompanharam quinze estudantes do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio das turmas 3ºA e 3ºB.
A programação iniciou com uma roda de conversa na Escola Municipal Indígena São José, momento dedicado ao diálogo sobre educação intercultural e cotidiano da Comunidade Pupunha. Houve ainda interação esportiva, por meio de um jogo de futebol entre estudantes das duas instituições, e a coleta de informações para a pesquisa de mestrado “A interculturalidade na Educação Profissional e Tecnológica: um estudo de caso com estudantes indígenas e não indígenas”, vinculada ao de Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT).
A Professora Leidiane Gomes, mestranda do ProfEPT, considera muito positivo trabalhar em sala de aula as relações interétnicas em uma perspectiva decolonial, utilizando a interculturalidade para reduzir estereótipos sobre povos ameríndios. Para ela, o intercâmbio cultural fortalece laços entre diferentes contextos sociais e permite (re)construir conceitos a partir do conhecimento real do outro, ampliando a compreensão sobre outras culturas e realidades.
O intercâmbio buscou aproximar diferentes realidades socioculturais, promovendo a troca de saberes entre jovens Parintintin e estudantes do IFRO. No retorno a Porto Velho, os participantes apresentaram uma atividade cultural durante o XII Festival Hispânico de Dança, Música e Gastronomia, além de realizarem uma roda de conversa de avaliação no Campus Calama. Segundo a Professora Iranira, a experiência reforça “a importância de maior aproximação com comunidades indígenas para construir uma educação amazônica não eurocêntrica, pautada no diálogo entre diferentes formas de conhecimento e de resolução de problemas sociais”.
A atividade também resultou na publicação de artigo na Revista Aracê, Qualis A2, disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/10369/11980.
Redes Sociais