Artigo destaca papel do IFRO na promoção do diálogo intercultural com povos tradicionais e indígenas do Vale do Guaporé
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Guajará-Mirim, em parceria com o Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio Guajará-Mirim, teve o artigo “Extensão e interculturalidade: desafios e perspectivas sobre o papel do IFRO para com as populações tradicionais e indígenas do Vale do Guaporé” publicado. O trabalho é relacionado às atividades ao “I Intercâmbio dos Povos Tradicionais da Amazônia – Vale do Guaporé”. O evento foi realizado em abril, no Distrito de Surpresa, em Guajará-Mirim.
A publicação reúne servidores do IFRO e representantes do ICMBio e envolve reflexões e experiências construídas em diálogo com comunidades tradicionais e indígenas da região. Para Roziane da Silva Jordão, do Observatório das Migrações Internacionais na Fronteira Brasil-Bolívia (OBMIFRO), o processo de escrita uniu pesquisa e extensão a partir da escuta em campo. “Tivemos a oportunidade de integrar extensão e pesquisa. Destaco a importância das ações de extensão para a compreensão dos múltiplos fenômenos transfronteiriços que constituem a nossa região.”
A reunião dos pesquisadores junto a comunidades tradicionais em ações de extensão constrói novos conhecimentos, bem como fortalecem políticas públicas alinhadas à realidade local. Francisco Gilberto Mendes dos Santos, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), ressalta a importância da abordagem interdisciplinar. “Representa a consolidação de um trabalho feito a partir do diálogo com diferentes áreas do conhecimento, além de dar visibilidade às questões da população indígena, muitas vezes esquecida pelo poder público”, afirmou.
O artigo traz uma análise qualitativa baseada em etnografia, com foco na escuta ativa das comunidades locais e no levantamento de suas demandas em relação a políticas públicas, infraestrutura, educação, saúde e preservação ambiental. O objetivo é construir metodologias extensionistas baseadas na mediação cultural e no compromisso ético.
Integrante do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET), Baltazar Casagrande aponta que o trabalho reafirma o papel social do IFRO. Segundo ele, “foi um processo de convivência respeitosa entre saberes. Participar dessa produção foi também reafirmar o meu papel enquanto professor do IFRO, como agente de transformação social”.
A participação do ICMBio também foi destacada pelo Analista Ambiental Ítalo Rocha Freitas, “a escrita colaborativa não apenas promove uma reflexão coletiva sobre as experiências vividas, como também contribui para o registro histórico e cultural de uma região de Rondônia que merece ainda mais reconhecimento por sua rica diversidade sociocultural.”
Acesse o artigo “Extensão e interculturalidade: desafios e perspectivas sobre o papel do IFRO para com as populações tradicionais e indígenas do Vale do Guaporé” neste link.
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