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Projeto de Extensão do Campus Ji-Paraná leva práticas de Química a estudantes indígenas da UNIR com o uso do LAB BOX

Publicado: Terça, 22 de Julho de 2025, 12h52 | Última atualização em Terça, 22 de Julho de 2025, 12h52 | Acessos: 48

Jipa Química 7Estudantes da Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná, desenvolvem, por meio do Projeto Integrador de Extensão (PIEX), o “LAB BOX para estudantes/docentes indígenas: experimentação no ensino de Ciências/Química no curso em Licenciatura Intercultural”. No último dia 14 de julho, o grupo esteve presente em uma turma da Licenciatura em Educação Básica Intercultural da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), onde aplicou atividades práticas do projeto com os estudantes indígenas.

O LAB BOX é um laboratório portátil criado pela Professora Joci Neuby A. Macedo, que também orienta o projeto ao lado da Professora Lediane Fani Felzke. A proposta visa a suprir a ausência de laboratórios em escolas, permitindo que os futuros docentes desenvolvam atividades práticas com seus alunos, utilizando materiais acessíveis e culturalmente significativos.

Durante a atividade, foram realizados dois experimentos. No primeiro, a tinta de jenipapo — utilizada tradicionalmente para pintura corporal — e o repolho roxo foram empregados como indicadores ácido-base. No segundo, o tema foi densidade, com o uso de materiais comuns, aplicáveis a qualquer contexto.

A estudante indígena Jussara Suruí comentou que “o experimento ajuda a aprofundar a busca de mais conhecimento sobre o que eu devo ensinar para os meus alunos, sobre fazer experimentos com eles e ver com o que se deve e é possível fazer”. Litemp Guilherme Suruí também avaliou ser “bem legal que os pesquisadores químicos falaram que, como não tinha laboratório em um lugar, eles levam o laboratório para lá”.

As docentes da UNIR também destacaram a importância da iniciativa. Para Anna Frida Hatsue Modro, “o LAB BOX é um instrumento que pode ser muito utilizado em escolas que não possuem acesso a estruturas laboratoriais”. Já Carma Maria Martini afirmou que “o projeto tem o potencial de explorar a química do dia a dia como um conhecimento nas comunidades”.

Entre os estudantes do IFRO, a percepção sobre a relevância da iniciativa também é evidente. Sabrina Arara relatou que “foi muito gratificante poder fazer a junção de saberes indígena com a química pois a interculturalidade é justamente essa troca de saberes”. Ana Karolina Costa complementou: “este projeto é essencial para minha formação profissional. Para os estudantes indígenas, contribui com a valorização de suas identidades”.

Para a Professora Lediane Felzke “o projeto é importante para desenvolver o ensino de química em uma perspectiva intercultural, por meio do diálogo entre elementos do universo indígena e do pensamento ocidental”.

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