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Estudantes do IFRO prestigiam espetáculo teatral na ACUDA e refletem sobre reintegração social

Publicado: Terça, 15 de Julho de 2025, 17h53 | Última atualização em Terça, 15 de Julho de 2025, 17h53 | Acessos: 193

EstudantesEstudantes dos segundos e terceiros anos dos cursos técnicos de Química e Informática integrados ao ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, participaram de uma atividade educativa e cultural na Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso (ACUDA). A visita teve como ponto alto a apresentação do espetáculo Bizarrus, encenado por egressos do sistema prisional e integrantes do grupo de teatro mantido pela instituição.

Acompanhadas pelos Professores Virgínia dos Santos Amaral (Língua Portuguesa) e Cassio Lus (Sociologia), as turmas vivenciaram uma experiência artística que alia teatro e reflexão social. Segundo a Professora Virgínia, a proposta foi ampliar o repertório cultural dos alunos por meio do gênero dramático, muitas vezes pouco acessível aos estudantes. “A arte consegue causar um impacto que nem sempre conseguimos em sala de aula. O espetáculo utiliza texto, som e imagem para alcançar o público e, embora mostre uma realidade crua, faz isso de maneira poética. Foi algo que me deixou intrigada e, pelos comentários dos alunos nos dias seguintes, bastante marcante para eles também”, afirmou.

O Professor Cassio destacou o papel da arte como ponte entre o conteúdo escolar e o campo da sensibilidade. “A peça trabalha a reintegração social e mostra que o apenado pode buscar novos horizontes, ser protagonista da própria história. Bizarrus traça um paralelo entre o passado colonial brasileiro e uma utopia futura sem prisões, fazendo o público refletir sobre as raízes históricas da punição e sonhar com alternativas”, explicou. Ele ainda ressaltou a recepção positiva por parte dos estudantes, que participaram ativamente das discussões e demonstraram admiração pelo elenco.

Para muitos alunos, essa foi a primeira experiência com o teatro. Lucas Marinho, do 3º ano de Informática, afirmou ter se sentido imerso na apresentação. “Foi importante para desconstruir preconceitos que a sociedade impõe sobre pessoas presas. Foi muito emocionante ver os atores compartilhando arrependimentos e trajetórias de transformação.”

Débora Ripardo, do 3º ano de Química, agradeceu ao Professor Cassio pela oportunidade. “Queremos prestigiar o esforço dos atores e atrizes que mostraram uma realidade muitas vezes escondida. Ficamos surpresos ao ver como expressam suas histórias por meio da arte e gostaríamos que mais pessoas tivessem essa chance.”

Brenda Gomes da Silva destacou o impacto pessoal da visita: “Foi tudo incrível. As histórias, a interação com o público, os relatos. Fez a gente refletir fora da caixinha que costumamos viver.” Já Angélica Chavier Bechara, também do 3º ano, disse que, apesar de já conhecer a ACUDA, nunca tinha presenciado uma apresentação teatral no local. “Foi muito bacana ver e ouvir as histórias deles naquele ambiente tão acolhedor.”

Judson Gabriel Ferreira dos Santos, por sua vez, relatou que a experiência o ajudou a rever seus preconceitos. “Ver que essas pessoas estão realmente tentando mudar foi transformador. A peça, com luzes e som, nos fez entender com profundidade o que eles queriam transmitir. Assim como a ida ao Tribunal do Júri, essa também foi uma experiência que molda a gente como pessoa.”

A ACUDA desenvolve ações voltadas à reintegração social de pessoas privadas de liberdade e egressos do sistema prisional por meio de atividades artísticas, culturais e profissionais. O espetáculo Bizarrus é um dos resultados desse trabalho, sendo considerado uma potente ferramenta de reflexão e transformação.

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