Instituto Federal de Rondônia

IFRO implanta Espaço de Acolhimento e Proteção em todas as unidades

Acolhimento e proteção são necessidades inerentes à vida humana. Seguindo essa máxima, os Espaços de Acolhimento e Proteção do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) estão alinhados aos objetivos da Política Nacional de Cuidados, instituída com a Lei nº 15.069, de 23 de dezembro de 2024. Destinam-se a abrigar, com segurança e bem-estar, os filhos de alunos e servidores, enquanto estes estiverem em atividades acadêmicas e/ou laborais.

Mesmo antes da política ser assinada nacionalmente, no Instituto Federal de Rondônia já havia o comprometimento para efetivação destes espaços em todas as unidades. Desde 2023, dentro do plano da atual gestão, pontuava-se sobre a carência destes espaços e da necessidade de implantá-los a fim de assegurar o direito de mães alunas se manterem nos cursos, propiciando a servidoras e servidores um ambiente mais adequado sempre que precisarem levar os filhos ou precisarem de um espaço de aconchego e relaxamento.

Em dezembro de 2024 o projeto começou a ser escrito oficialmente pelo Reitor com apoio de parte de sua equipe gestora. O processo foi aberto no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e, do orçamento da Reitoria, foram destinados um valor total de R$ 45.760,00 para aquisição de bens de custeio e investimento para todas as unidades do IFRO.

Conforme a Assessora Especial da Reitoria, Janaína Leite, lançado na semana passada, o primeiro Espaço de Acolhimento, sediado na Reitoria do IFRO, oferece atendimento psicológico, mediante agendamento prévio e possui um canto especial que convida a descompressão: “é um espaço de leitura, é um espaço muito aconchegante, ele está em consonância com a Lei nº 15.069, que foi assinada no dia 23 de dezembro, e que é a Política Nacional de Cuidados. Então, sintam-se à vontade para adentrar nesses espaços de acolhimento e proteção”.

Na sexta-feira, 7/2, foi inaugurado o Espaço de Acolhimento do Campus Porto Velho Zona Norte. Os demais campi estão em fase de organização de local dentro de suas estruturas e futura disponibilização para a comunidade. Do recurso, foram adquiridos bens (custeio e investimento) para as 11 unidades e, também, houve algumas aquisições para a futura sede de Buritis.

“Nos nossos Espaços de Acolhimento e Proteção teremos atendimentos com nossos psicólogos sempre que houver demanda, por meio de agendamentos. Mais adiante, intencionamos contar com atendimentos de nutricionistas, massoterapeutas e outros profissionais voltados à Saúde Corporal e Mental. Em suma, cada unidade pode decidir por incrementar o espaço com materiais e equipamentos, mediante as necessidades apresentadas pela comunidade acadêmica”, completa a Assessora.

Jefferson Gomes, militar do Exército que atua no Censipam, órgão que é ligado ao Ministério da Defesa, considerou a ideia sensacional, por ser “um espaço aconchegante, bonito, agradável. A minha filha está fazendo uso hoje, está aqui super à vontade, tem um ambiente seguro, e traz tranquilidade para que eu possa trabalhar tranquilo”. Já a filha de Jefferson, Isabella dos Anjos, conta: “quando eu entrei eu achei muito legal. Porque eu vi esses espacinhos, aqui, o moço falou que dá para tirar uma soneca. Tem um monte de brinquedos. Tem livro. Tem a poltrona para as pessoas ficarem tomando conta. Tem essa cadeirinha com giz de cera, com livrinhos. Eu achei muito legal”.

A Diretora de Administração IFRO, Janiana Mota, acrescenta que a partir do momento em que o filho está em acolhimento e seguro, o servidor também encontra mais concentração para exercer a função. “Como eu sou uma pessoa que não tem um parente aqui na cidade e tive a necessidade de retornar para o ambiente presencial, não tenho com quem deixar meu filho. Nos momentos em que ele não está na escola, foi muito bom saber que tem um espaço onde eu posso deixar o Daniel num lugar seguro, confortável”.

Zona Norte

O primeiro dos dez atuais campi a inaugurarem a Sala de Acolhimento e Proteção foi o IFRO Zona Norte. Na manhã do dia 7 de fevereiro, foi realizada cerimônia de inauguração da Sala de Acolhimento e Proteção “Professora Márcia Moreira de Souza” (in memoriam). O espaço, que está alinhado aos objetivos da Política Nacional de Cuidados (Lei 15.069/2024), abrigará, com segurança e bem-estar, os filhos de alunos e servidores enquanto estes estiverem em atividades acadêmicas e/ou laborais no campus.

Tal proposta visa, principalmente, reduzir a evasão escolar, promovendo a permanência e o êxito de estudantes que são mães e não têm com quem deixar seus filhos em segurança durante o período de aulas. Na oportunidade, estiveram presentes o Reitor do IFRO, Moisés José Rosa Souza; o Diretor-Geral do Campus Porto Velho Zona Norte, Jeferson Cardoso da Silva; o Pró-Reitor de Ensino, Jean Peixoto Campos; docentes e técnicos administrativos do campus e da Reitoria.

“A experiência que nós temos: as mães levam os seus filhos pequenos para a aula durante um, dois, no máximo três meses e o destino é sempre a evasão. Não porque elas querem, mas porque não conseguem dar continuidade aos estudos. Então, esta sala de acolhimento e proteção vem ao encontro de uma necessidade, não apenas de Rondônia ou de Porto Velho, mas do Brasil, onde pessoas, sobretudo as mais vulneráveis que estão matriculadas em nossos cursos, nos procuram solicitando ajuda por não terem onde deixar seus filhos”, declarou o Reitor Moisés Souza sobre a importância de ter este espaço não apenas em todas as unidades do IFRO, mas que seja uma iniciativa adotada por todas as Instituições Federais de Ensino.

O Diretor-Geral do Campus Porto Velho Zona Norte, Jeferson Cardoso da Silva, comentou sobre a escolha do nome para este novo espaço. “Aqui no campus nós iniciamos esta prática também como uma forma de homenagear algumas pessoas que já contribuíram com nossa instituição, que deixaram marcas em cada um de nós e que agora ficará registrado para sempre dentro da nossa unidade. A nossa sala terá o nome da professora Márcia Moreira de Souza, docente de Sociologia que esteve conosco”, concluiu Jeferson.