Projeto Comunidades Fortes do IFRO participou de Colóquios na Bahia
O Projeto Comunidades Fortes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) teve representantes no XV Colóquio Nacional e no VIII Colóquio Internacional do Museu Pedagógico/UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia). O evento intitulado “À beira do abismo: os caminhos da humanidade diante da ameaça de sua extinção” foi realizado entre os dias 06 e 08 de novembro, em Vitória da Conquista (BA).
No evento, reconhecendo a gravidade dos tempos atuais, as discussões e apontamentos foram conduzidos numa perspectiva interdisciplinar, a problematizar questões relacionadas a maneira em que povos e comunidades tradicionais fazem a gestão dos recursos naturais produzindo alimentos e ao mesmo tempo protegendo a natureza. Para isso, foram mobilizados campos de conhecimento de distintas áreas.
A programação dos Colóquios foi composta por conferências, mesas temáticas e colóquios temáticos com o objetivo de garantir uma reflexão profícua das raízes sociais, históricas, econômicas e teóricas fundamentais para se compreender o “abismo” e mobilizar forças teóricas e analíticas a serviço da construção de sentidos históricos mais humanos e igualitários.
Os professores William Kennedy, Marcel Emeric Bizerra de Araújo, do Campus Vilhena, e a Professora do Campus Ji-Paraná, Mônica Apolinário, apresentaram o trabalho intitulado: Comunidades Fortes: Fortalecimento dos circuitos espaciais de produção para afirmação de modos de vida em comunidades tradicionais de Rondônia. O estudo é decorrente das ações empreendidas pela equipe no projeto Comunidades Fortes em comunidades tradicionais do estado, por meio de ações de pesquisa, formação e extensão técnica e tecnológica.
A participação no evento contou ainda com uma atividade de imersão em comunidades quilombolas, localizadas na Chapada Diamantina. Foram visitadas as comunidades de Baixa Funda, Pastinho, Camulengo e Ginete, em que foi possível verificar in loco o modo de vida, os circuitos espaciais de produção e elementos de cultura e ancestralidade afro-brasileira.
Para a Professora Mônica, "as vivências e conhecimentos oportunizados, na atividade de imersão nas comunidades quilombolas, permitiram compreender a dinâmica produtiva, as interações sociais e sobretudo a forte presença da ancestralidade africana nas práticas culturais dessas comunidades. São referências importantes para nossa atuação nas comunidades atendidas pelo Projeto Comunidades Fortes".
Comunidades Fortes
O Projeto Comunidades Fortes é coordenado pelo Professor William Kennedy do Amaral Souza, com os coordenadores de núcleo Mônica Apolinário, Marcel Emeric Bizerra Araújo e Áurea Dayse Cosmo da Silva. Com o projeto, vem sendo desenvolvidas atividades voltadas para o fortalecimento econômico e cultural de povos e comunidades tradicionais. O objetivo do projeto é a realização de um conjunto de atividades de formação e de extensão técnica e tecnológica para povos e comunidades tradicionais de Rondônia, principalmente os que se encontram no Vale dos Rios Guaporé e Mamoré, como forma de agregar valor aos arranjos produtivos dessas comunidades, promover desenvolvimento sustentável e preservar as tradições culturais.
O Comunidades Fortes contempla planos de ação extensionistas (cursos e assessorias) e aquisição de máquinas, equipamentos e materiais em geral, no intuito de melhorar a formação do público-alvo, criando uma infraestrutura que proporcione o máximo de experiência durante os cursos, palestras e oficinas práticas.
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