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IFRO aprova projeto de R$ 3.6 milhões na Chamada Pública Infraestrutura para a Amazônia Legal 2024 – Pró Amazônia (MCTI/FINEP/FNDCT)

Publicado: Quinta, 28 de Novembro de 2024, 15h05 | Última atualização em Quinta, 28 de Novembro de 2024, 15h05 | Acessos: 686

Projeto IFRO FINEP 1O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), aprovou, na Chamada Pública MCTI/FINEP/FNDCT – Infraestrutura para a Amazônia Legal 2024 – Pró Amazônia, o projeto intitulado “Inovação Biotecnológica na Amazônia Legal: Pesquisa e Desenvolvimento de Estratégias Sustentáveis” no valor global de R$ 3.649.885,17, incluindo despesas de capital e custeio. O resultado final foi publicado no site da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

A Chamada Pró-Amazônia MCTI/FINEP/FNDCT selecionou propostas para concessão de apoio financeiro à execução de projetos institucionais visando à interiorização e à expansão da infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica na região da Amazônia Legal, com ênfase na redução das assimetrias no âmbito nacional. Foram definidas diferentes áreas de investimento: 1. Biotecnologia e Valorização da Biodiversidade; 2. Acervos e Coleções; 3. Agricultura Sustentável e Agroecologia; 4. Energias Renováveis; 5. Gestão de Recursos Hídricos; 6. Desenvolvimento Urbano e Sustentável; 7. Saúde Pública e 8. Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Conectividade. A proposta IFRO foi enquadrada na primeira área.

O título da Proposta vencedora do IFRO foi “Inovação Biotecnológica na Amazônia Legal: Pesquisa e Desenvolvimento de Estratégias Sustentáveis”, e foi construída no escopo da área 1 de investimento: Biotecnologia e Valorização da Biodiversidade.  Para o subprojeto foi definido o título “Exploração racional de ativos de alto valor agregado na Região do Vale do Mamoré”, que destaca a necessidade e o comprometimento institucional em ações de pesquisa, formação e fixação de recursos humanos na região e extensão tecnológica, com ênfase na Bioprospecção e Biotecnologia aplicada a Produtos Naturais buscando o desenvolvimento e a melhoria de bioprodutos derivados da biodiversidade amazônica, visando promover a bioeconomia no estado de Rondônia.

A proposta envolveu um time representado pelos Campi Calama e Guajará-Mirim, com pesquisadores vinculados ao Grupo de Pesquisa em Química de Materiais e Catálise (QMAC) e Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Biotecnologia e Saúde na Amazônia (GIPBSA), e teve apoio e assessoramento da Pró-Reitoria  de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propesp/IFRO).

A Coordenadora-Geral da Proposta, Nathalia Kelly de Araujo, recebeu com muita alegria a notícia da aprovação do projeto na Finep. Ela afirma que “essa aprovação traz um reconhecimento do esforço de um grupo de professores comprometidos com o desenvolvimento tecnológico e científico nacional, mas com estratégias de trabalho pensadas para a região da Amazônia Legal. A disponibilização do recurso terá grande impacto na reestruturação de laboratórios, permitindo gerar pesquisas de alto nível e de importância socioambiental”.

Já a Coordenadora do Subprojeto, Minelly Azevedo da Silva, destaca que “a aprovação da proposta fortalece e impulsiona o IFRO no cenário de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, contribuindo para a redução das assimetrias regionais. Este projeto é essencial para consolidar o IFRO como um centro de inovação, promovendo soluções sustentáveis a partir da biodiversidade amazônica, qualificando estudantes por meio da integração com a pesquisa e fortalecendo parcerias estratégicas com outras instituições, beneficiando diretamente a comunidade e promovendo o desenvolvimento regional”.

Para o Diretor de Pesquisa e Inovação, Marcos Barros Luiz, “o projeto aprovado é um “divisor de águas” no cenário da pesquisa institucional, pois consolida a posição do IFRO ao lado das grandes instituições de ciência, tecnologia e inovação do país, na captação de recursos junto à maior agência de fomento brasileira”. Destaca ainda que “um projeto como este nasce da convergência entre o comprometimento institucional com o fortalecimento da pesquisa de qualidade, por meio da captação de recursos externos via incentivo e assessoramento da Propesp/IFRO, e da união de pesquisadores de reconhecida competência e engajamento com a causa”. Finaliza parabenizando a equipe e agradecendo imensamente a confiança e o comprometimento demonstrados nos meses de trabalho para construção da proposta.

A Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Xênia de Castro Barbosa, também parabenizou a equipe do projeto e os dois grupos de pesquisa pela dedicação e compromisso com o desenvolvimento científico regional. Afirmou, ainda, que esse resultado positivo demonstra o amadurecimento institucional na captação de recursos por meio de editais públicos de elevada complexidade e concorrência, na melhoria do diálogo intercampi e entre grupos de pesquisa e na convergência de esforços.

A Diretora-Geral do Campus Guajará-Mirim, Elaine Oliveira Costa de Carvalho, parabeniza a todos os servidores envolvidos direta e indiretamente na elaboração e apresentação da proposta e afirma que esta pesquisa vem de encontro com os objetivos do PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) e possui uma relação direta com os cursos oferecidos pelo IFRO Campus Guajará-Mirim. Ressalta ainda que essa proposta é fruto de uma parceria intercampi, evidenciando a importância do trabalho coletivo, valorizando as expertises de cada campi e colaboradores, promovendo o desenvolvimento do IFRO como um todo e fortalecendo o nosso lema “IFRO um só time”.

O Diretor-Geral Campus Porto Velho Calama, Leonardo Pereira Leocádio, agradeceu a colaboração da Propesp no apoio à elaboração e submissão da proposta, parabenizou os pesquisadores envolvidos no projeto e destacou que “nunca esperou menos que isso”, tendo em vista que “são equipes de elevadíssima competência e dedicação com o trabalho”.

O Reitor do Instituto Federal de Rondônia, Moisés José Rosa Souza, elogiou a equipe de pesquisadores, destacando o protagonismo e o empenho das professoras envolvidas no projeto. “Os meses de trabalho para elaboração da proposta fluíram rapidamente e os prazos de entrega foram cumpridos graças à excelente capacidade de gerenciamento da equipe, por elas!”. Destacou também,  como ponto positivo da atual gestão, a visão sensível de toda a equipe da Propesp, que tem encorajado a participação das mulheres na ciência e se empenhado em produzir maior equidade de gênero. Segundo ele, “o projeto é delas”.

 

Pesquisadoras envolvidas na proposta

Além dos objetivos previstos no edital, a proposta IFRO buscou atender à equidade de gênero na composição da equipe. A definição das coordenadoras se deu de forma natural, respeitando a competência curricular e experiência das pesquisadoras envolvidas.

A Coordenadora-Geral é a Professora Nathalia Kelly de Araujo, que conta ser natural de Caicó (RN): “filha de pais que não tiveram oportunidade de ter uma formação acadêmica, mas encontrei nos meus irmãos o exemplo de que a educação pode ser transformadora de realidades. Cursei Ciência Biológicas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mestrado em Bioquímica pela mesma instituição e doutorado na Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio). Minhas principais áreas de atuação são Biotecnologia Industrial e Saúde Humana”.

A Coordenadora de Subprojeto é a Professora Minelly Azevedo da Silva, docente no Instituto Federal de Rondônia desde 2011. É licenciada em Química e Doutora em Biologia Experimental pela Universidade Federal de Rondônia. Coordena projetos voltados à valorização da biodiversidade amazônica, com foco no desenvolvimento de biomateriais e tecnologias em saúde para doenças negligenciadas.

A Professora Marcia Bay está também no IFRO desde 2011. É doutora em Biotecnologia com ênfase em produtos naturais. Coordena projetos voltados à valorização da biodiversidade amazônica, com foco no desenvolvimento socioeconômico, por meio de estudos fitoquímicos com  espécies da região, voltados para aplicações em cosméticos.

A Professora Kally Alves de Sousa é do Campus Guajará-Mirim desde 2017. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Doutora em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O pós-doutorado foi realizado no Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Ceará, em parceria com a Embrapa/CNPAT. Atua nas áreas de Bioprospecção de Produtos Naturais Microbianos, Microbiologia Industrial, Tecnologia de Fermentações, Biotecnologia Industrial e Otimização de Processos Fermentativos Submersos, com o uso de ferramentas estatísticas.

E a Professora Poliana Ribeiro Barroso chegou ao Campus Guajará-Mirim em 2022. É graduada em Biologia e Farmácia, com doutorado em Ciências Fisiológicas. Atua nas áreas de Bioprospecção e Farmacologia de produtos naturais, especialmente na avaliação de bioativos com atividade antibiótica, antiinflamatória e anticancerígena.

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