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Mulheres da instituição fortalecem ações no desenvolvimento institucional

Publicado: Quarta, 08 de Março de 2023, 13h32 | Última atualização em Quarta, 08 de Março de 2023, 13h34 | Acessos: 23212

Arquivo Railane Inácio Lira dos Santos 1O 8 de março traz anualmente para o cenário internacional a reflexão sobre ser mulher e a sociedade em que se vive. No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) elas atuam em diversos espaços, contribuindo no ensino, pesquisa, extensão, inovação e crescimento institucional.

No quadro funcional, os dados do Sistema Unificado de Administração Pública no início deste mês registravam 577 servidoras e 624 servidores. E na formação no nível de pós-graduação stricto sensu, as mulheres (docentes e técnicas) são 49% das diplomadas, respectivamente: com doutorado no IFRO são 185 pessoas, 95 do sexo masculino e 90 do sexo feminino. Igualmente no mestrado está essa posição quase paritária, em que 250 são mestras e 263 o número de mestres. Os dados foram extraídos pela Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP/IFRO), e ainda demonstram que as mulheres ocupam 46% dos 287 cargos e funções (133 são mulheres e 154 são homens).

No caso de discentes, o acompanhamento de egressos disponibilizado pelo Painel de Indicadores alimentado pela Pró-Reitoria de Extensão tem retorno de que 58,7% dos egressos do IFRO são mulheres. “Também podemos destacar o Projeto Empoderamento da Mulher, cujo objetivo é qualificar mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica no estado de Rondônia. Os cursos de formação inicial e continuada (FIC) visam a prepará-las para o empreendedorismo e protagonismo social e econômico, nos processos de desenvolvimento local e regional, e na sua última edição foram 2 mil vagas disponíveis para todo estado”, explica o Pró-Reitor Aremilson Elias de Oliveira.

 

Produzindo conhecimento científico

No caso da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propesp/IFRO), os Departamentos nos campi indicaram professoras e TAEs que representam um pouco do universo do trabalho desenvolvido pelas servidoras da instituição.

Fabiana Alves Demeu é Professora EBTT (Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico) e atual Coordenadora da Produção Animal do Campus Ariquemes. Em sua função, o papel que assume é o de contribuir para o desenvolvimento da comunidade e da instituição, promovendo um ensino de qualidade, extensão e pesquisa na área da produção animal. Diante disso, ela pode contribuir para a “formação de mão de obra qualificada e o desenvolvimento da cadeia produtiva das diferentes espécies animais, culminando com o desenvolvimento local de toda a região do Vale do Jamari”, avalia.

Do Campus Vilhena, a líder do Grupo de Pesquisa em Saúde, Ambiente e Território e Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/IFRO), Jaqueline Aida Ferrete, considera que “meu maior papel (e do qual mais me orgulho), no IFRO, é mostrar para as meninas e mulheres (alunas, mães, responsáveis, servidoras e outras) que somos mais do que o mundo diz que podemos ser”.

Sirley Leite Freitas é outra docente que produz conhecimento para além da grade curricular. “Meu papel é de professora e pesquisadora. De alguém que busca em sala de aula, ou nos grupos e projetos de pesquisa criar ambientes de apropriação de conhecimentos, de discussão de problemáticas sociais a fim de promover a inclusão, o respeito à diversidade, o espaço da mulher e outras minorias na sociedade. Alguém que busca por meio da educação (do processo educativo, seja como professora ou pesquisadora) a transformação e promoção do sujeito”.

Mestra em Educação Escolar pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), em programas de mestrado e doutorado insterinstitucional (Minter e Dinter), Sirley atua no IFRO Campus Cacoal e no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar (PPGEE-UNIR). “Primeiro me orgulho do lugar que ocupo (mulher, professora, doutora) que advém de uma família sem muitos recursos financeiros e que trabalhou e estudou muito para ocupar esse espaço. Meu trabalho me proporciona a oportunidade de falar e auxiliar outras mulheres e crescerem como mulheres e futuras profissionais mais conscientes do seu papel na sociedade. De poder discutir com elas como historicamente o SER MULHER foi se constituindo, a duros passos, restrições, podas, violações, privações e luta. Assim o que faço como educadora me define como mulher e como pessoa, o que me faz de mim uma pessoa realizada e feliz, mas em constante alerta para melhor compreender o espaço que ocupo”, acrescenta.

A Técnica de Laboratório de Química do Campus Porto Velho Calama, Railane Inácio Lira dos Santos, atualmente é servidora doutoranda na área de Química dos Materiais. “Desenvolvo projetos no Campus Calama que visam o reaproveitamento de resíduos amazônicos na obtenção de novos materiais para descontaminação de ambientes aquáticos. Este projeto conta com uma equipe feminina, composta por duas alunas do Curso Técnico em Química e uma aluna do Curso de Engenharia Química. Considerando que, quando se fala em Ciência a imagem que vem sempre a cabeça é de um homem cientista e quase nunca de uma mulher cientista, meu papel como mulher e pesquisadora visa o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas, bem como colaborar na capacitação e inserção das nossas alunas nos laboratórios de Química, e assim aumentar a participação feminina na Ciência”.

Realizada, diz sentir orgulho de contribuir para o bom andamento e implementação da educação científica e tecnológica na instituição. “O que, certamente impacta de maneira positiva meu crescimento tanto pessoal e profissional quanto no crescimento socioeconômico, científico e tecnológico do nosso estado e da nossa instituição”, destaca Railane.

Professora de Biologia no IFRO Guajará-Mirim, Nathália Kelly de Araújo atua no tripé base da instituição (pesquisa, ensino e extensão) sempre pautada na ética, com respeito às diferenças e valorização da diversidade. “Especificamente como mulher, tento me fazer ser ouvida. Isso representa ocupar espaços e papéis no meu ambiente de trabalho, ser protagonista”.

Nathália afirma ainda ter grande orgulho da coragem que possui e da disposição para enfrentar situações adversas: “sou de Caicó, uma cidade do interior do Rio Grande do Norte e aos 18 anos tive que sair do conforto familiar para ir atrás dos meus objetivos profissionais. Hoje tenho 39 anos, fiz mestrado, doutorado, dois pós-doutorados e há seis meses ingressei no serviço público como professora do IFRO. Pelas minhas experiências pessoais durante esse percurso, sou fã dos programas de interiorização e expansão do ensino público federal. Esse fato contribuiu para minha vinda para Guajará-Mirim. O caminho não é fácil, principalmente porque tive que quebrar muitas expectativas machistas socialmente esperadas de nós mulheres, mas faço disso também um motivo de uma luta pessoal”.

Para completar, ela relembra poema da escritora indiana Rupi Kaur que a inspira muito nesses momentos de luta e declama um pequeno trecho: “você me diz para ficar quieta porque minhas opiniões me deixam menos bonita, mas não fui feita com um incêndio na barriga para que pudessem me apagar”.

 

Alcançando objetivos

“Hoje paro e penso no que fiz, estou no lugar certo, no trabalho certo! É o que eu amo fazer!”, é a avaliação da Professora de Química do Campus Calama, Márcia Bay. “Busco contribuir no campo científico de maneira relevante e fundamentalmente para o avanço do conhecimento da inovação científica. A presença de uma professora nas ações desenvolvidas pela Instituição, principalmente envolvida em pesquisas, mostra aos discentes que a mulher é relevante para o desenvolvimento da Educação, contribuindo para o equilíbrio de gêneros na área. Vale salientar que muitas alunas se espelham no que fazemos e assim as meninas criam um sentimento pela ciência, estimulando-as a seguir esta carreira. A luta é diária, incentivando as mulheres a fazer ciência para promover a igualdade e favorecer a diversidade na minha área de exatas e tecnológicas, onde os homens ainda têm uma maioria”, frisa a docente.

Para finalizar, Márcia comenta que o que a move “muitas vezes é o reconhecimento recebido por parte da gestão e alunos. É surreal quando os alunos me procuram pedindo para participar de projetos de pesquisa comigo, que querem seguir esse caminho de ser cientistas e mais tarde ver o aluno na faculdade ou trabalhando em áreas correlacionadas com a minha é muito satisfatório e muitos ainda dizem: você foi a responsável por essa escolha”.

A Professora do Campus Colorado do Oeste, Stella Cristiani Gonçalves Matoso, é responsável pelo Laboratório de Solos e Líder do Grupo de Pesquisa em Solos da Amazônia. “Faço parte da comunidade IFRO há quase treze anos. Nesse período sempre fui proativa e participativa. Assumi cargos de representação docente em comissões, fui coordenadora do Curso de Engenharia Agronômica e, além das atividades de ensino, sempre desempenhei atividades de pesquisa e orientação. Busco desenvolver a área de Solos dentro do Campus Colorado do Oeste, que é a minha área de afinidade e formação. Acredito que no desenvolvimento dessas ações desempenho duas funções importantes. A primeira é a de representatividade, pois ser professora na área de Ciências Agrárias e ocupar espaço no meio científico demonstra para nossas estudantes que elas podem conquistar os espaços, que até pouco tempo eram, majoritariamente, ocupados por homens. A segunda é de sensibilização, pois sempre busco levar as(os) estudantes e colegas de trabalho a refletirem sobre falas e atitudes machistas. Nos dois aspectos o trabalho lento e às vezes nem somos conscientes do resultado, mas ainda assim espero continuar construindo uma sociedade melhor, juntamente com a comunidade do IFRO”.

Outra reflexão levantada por Stella é de que seu maior orgulho está nos egressos da instituição, “principalmente, aquelas(es) que passaram pela minha orientação. Ver o sucesso delas(es) é muito gratificante. Também tenho orgulho da responsabilidade com a qual exerço meu trabalho e dos resultados que as nossas atividades de pesquisa vêm alcançando, tanto em termos de formação acadêmica, quanto de avanço científico. Fazer parte da comunidade IFRO me trouxe um enorme crescimento profissional e pessoal, com certeza hoje sou uma pessoa imensamente melhor do que há treze anos. As amizades construídas nessa trajetória fazem parte de todo esse crescimento e satisfação. Acredito que o maior impacto na minha vida é a vontade de dar seguimento a esse trabalho e desfrutar das amizades que ainda se encontram no nosso campus, pois sabemos que os campi fora do eixo da BR sofrem com grande rotatividade de servidores e em Colorado do Oeste não é diferente”.

Chefe do Departamento de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do Campus Cacoal, a Técnica de laboratório/Área Química, Aline Gomes Lopes Pinheiro, demonstra que o papel como mulher no desenvolvimento de ações é o de também incentivar outras mulheres no desenvolvimento de pesquisas. “Tenho orgulho do meu crescimento profissional em paralelo ao progresso do trabalho desenvolvido nos laboratórios e na pesquisa do Campus Cacoal. Toda a carreira construída trabalhando no IFRO diz quem eu sou atualmente enquanto profissional”, conclui.

  • Arquivo_Aline_Gomes_Lopes_Pinheiro
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