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Live em homenagem à luta das pessoas com deficiência é realizada por servidores e alunos do IFRO

Publicado: Quinta, 07 de Outubro de 2021, 08h24 | Última atualização em Quinta, 07 de Outubro de 2021, 08h36 | Acessos: 30921

Librif IFRO1A Pró-Reitoria de Ensino (Proen) do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), através da Coordenação de Educação Inclusiva (CEI), realizou uma live em homenagem à luta das pessoas com deficiência. O evento ocorreu no dia 18 de setembro (sábado), às 18 horas, no Instagram do @librif_ro. Diversos alunos dos campi do IFRO e seguidores da página participaram e interagiram para conversar sobre a importância do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.

Segundo a Coordenadora de Educação Inclusiva do IFRO, Náthali Fernanda Machado Silva, ao encerrar o mês de setembro “lembramos de algumas datas importantes marcadas por ele, uma delas é o 21 de setembro comemorado no Brasil como Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Esse dia foi oficializado em 2005 pela Lei 11.133, mas já era comemorado desde o ano de 1982. Foi escolhido por estar próximo ao início da primavera, estação conhecida pelo aparecimento das flores, esse fenômeno representa o nascimento e a renovação da luta das pessoas com deficiência, afirmando a autonomia e a capacidade de exercerem atos da vida civil em condições de igualdade com os demais”.

O objetivo do evento foi o de possibilitar a interação entre os estudantes de todos os campi do IFRO e tratar sobre essa temática de forma divertida e dinâmica com jogos, entrevistas e bate-papo. A mediação da live foi realizada pelos alunos de Informática do Campus Porto Velho Calama, Laura Beatriz e Fabio Koiti Tazo, que apresentaram curiosidades sobre o tema, informativos e ajudaram a conduzir o evento. Pensando também nos recursos de acessibilidade e inclusão, a live contou com a tradução e interpretação de Libras, realizada pela organizadora do evento e coordenadora da CEI, Náthali Fernanda Machado Silva.

A primeira atração foi a entrevista com duas convidadas, alunas do IFRO Campus Colorado do Oeste, que compartilharam suas experiências em relação à luta da Pessoa com Deficiência, Francyelly Colle, aluna mediadora inclusiva e Vitória Gomes, aluna cega atendida pelo projeto da mediação. Ambas criaram uma com a outra vínculos e afinidades nesses dois anos de trabalho em equipe. No decorrer da live Francyelly comentou sobre como é o papel da mediação e todo aprendizado adquirido ao fazer parte de um projeto tão importante e inclusivo. “Bom, eu gosto muito da mediação. No começo fiquei um pouco insegura, mas depois comecei a aprender várias coisas. É como se estivéssemos fechados em uma bolha e aí ela se abre. Como morei sempre em fazenda eu nunca tive contado com pessoas deficientes, quando cheguei no IFRO vi que era uma coisa totalmente diferente. A Vitória é muito inteligente e conversa bastante comigo, assim eu pude ver que não precisava ter medo de errar, isso ajudou muito na prática de amizade. A Vitória é minha amiga, somos muito parceiras. Virou rotina já, então faz falta quando eu não tenho. Quando estudamos só uma coisa e não abrimos caminho para outras coisas, ficamos com aquele medo, mas depois que conheci a Vitória e comecei na mediação não tenho medo de nada. E se tiver de novo eu participarei novamente!”, contou a mediadora Francyelly.

 Vitória também comentou sobre alguns relatos pessoais da sua trajetória escolar, prejuízos ocasionados pela falta de acessibilidade e a sua relação de amizade com a Francyelly. “Eu gostava muito de estudar, lia muitos livros e focava muito nos conteúdos. Eu sempre fui uma menina muito inteligente, estava sempre estudando os conteúdos para ir bem nas provas. E todo tempo eu pensava se eu iria conseguir estudar desse jeito, mas o tempo foi passando e eu fui me aprimorando. Fui alfabetizada no Braile com apenas dois anos de estudo. No terceiro ano eu já escrevia de tudo. Além de mexer no computador eu também uso normalmente o celular com várias funções. E hoje em dia posso dizer que estou arrasando nos estudos” (...). O que mais me prejudica nos aspectos sociais é o não conhecimento das pessoas. Já aconteceu de eu ser excluída de algumas atividades por pensamentos, assim, das outras pessoas. Pensavam que por eu ser assim eu não conseguia realizar as atividades. Fiquei triste porque eu queria muito participar das atividades, mas não tinham coragem de me deixar participar.

 Em seguida foi divulgado sobre a importância de cursos de aperfeiçoamento, tanto para o currículo dos jovens quanto para entender o outro e conhecer além de si mesmo, construindo, desta forma, uma sociedade mais inclusiva e empática. “É uma forma de aprendizado para mim e para a Vitória. Comecei recentemente com a audiodescrição e eu nem sabia sobre esse curso, ela permite que deficiente visual ou cego tenha acesso aos conteúdos da televisão, redes sociais, teatros, museus e outros. Facilita muito para a Vitória imaginar o que estamos descrevendo. Então, é um aprimoramento tanto para mim quanto para a Vih”, destacou Francyelly.

A segunda atração da noite foram alguns jogos interativos com os participantes que estavam on-line na live para aprender mais sobre a temática da inclusão e acessibilidade de forma dinâmica. Três competidores eram convidados a entrar ao vivo e disputar um prêmio a cada rodada, e os jogos foram: o Quiz da inclusão, com perguntas e curiosidades sobre o dia 21 de setembro, as CM de Libras, com apenas participantes surdos ou ouvintes que soubessem Libras (essa brincadeira se parece com o Stop que brincamos na Língua Portuguesa, mas se trata de uma versão adaptada para configuração de mãos na Língua Brasileira de Sinais) e o Jogo da Memória da Acessibilidade (que continha os ícones simbolizando as deficiências e maneiras de acessibilidade para memorizar e aprender os significados das imagens).

A interação nos jogos entre os alunos foi muito importante para lembrar sobre o verdadeiro significado do Dia de Luta da Pessoa com Deficiência e os estudantes ganhadores dessa edição da Live Librif foram: Saulo Henrique Bispo e Ferreira do Campus Porto Velho Calama, Kauan Ambrósio do Campus de Ji-Paraná e Francyelly Colle do Campus Colorado d´Oeste. “Encerrado esse evento e a mensagem que queríamos repassar era sobre tornar possível. Possibilitar a acessibilidade não significa só construir uma rampa, é também algo íntimo que parte de cada um de nós. Acessibilidade é pensar além de mim, é olhar para outro e pensar só por um minuto do seu dia ‘O que ele precisa?’ e fazer com que seja possível. Que seja possível a comunicação em Libras, que seja possível usar as rampas das calçadas ou as vagas dos estacionamentos, que seja possível ouvir uma imagem e ver uma música, ser entendido da maneira que sou, ser visto sem olhos de pena, mas pelas minhas habilidades. E simplesmente... ser possível”, explicou Náthali Fernanda.

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