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A vida é ser um eterno estudante, mostram servidores do IFRO

Publicado: Terça, 20 de Outubro de 2020, 17h00 | Última atualização em Terça, 20 de Outubro de 2020, 17h02 | Acessos: 32907

Normando EncontroEgressos2014

Assim como a música “Coração de estudante”, de Milton Nascimento, “há que se cuidar da vida, há que se cuidar do mundo”, os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) trazem um pouco dessa contínua necessidade de formação e de renovação de esperanças.

A Revisora Andrelize Schabo conta um pouco sobre sua história enquanto servidora do IFRO e eterna aprendiz. “Eu sempre gostei muito de estudar, de aprender coisas novas e acredito que serei uma eterna estudante. Quando comecei a trabalhar no IFRO, em 2013, eu tinha apenas o ensino médio e era Auxiliar de Biblioteca. Hoje sou Revisora de Textos e consegui concluir o mestrado no final do ano passado. Estudar transforma a nossa vida. Neste momento delicado em que vivemos, os estudos estão sendo a minha ‘válvula de escape’. Eu me desligo de tudo e aprendo coisas novas que coadunam com os meus sonhos e me aproximam dos meus objetivos de vida. Com a pandemia, várias instituições estão trabalhando com a Educação a Distância e isso permitiu que eu acessasse cursos que antes não teria oportunidade”.

Normando Jacob Quintans é servidor do Campus Colorado do Oeste no cargo de Técnico em Agropecuária desde 2012. Dez anos antes, em 2002, quando ingressou como estudante no IFRO, era ainda Escola Agrotécnica Federal de Colorado do Oeste (EAFCO), ele cursou o Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, concluindo em 2004. “Na época que ingressei como servidor, já estava em fase de conclusão da graduação em Agronomia em uma faculdade de Vilhena. Recentemente, concluí um mestrado em Produção Animal. Então, entrei no IFRO como Técnico em Agropecuária, cargo em que continuo, porém, agora com formação como engenheiro agrônomo e mestrado em produção animal”.

O depoimento do servidor acrescenta: “Meu pai trabalhou na EAFCO entre 1998 e 2000 e falava muito bem da instituição. Uma vez ele me levou junto no trabalho para conhecer o lugar e eu fiquei encantado com toda a estrutura, o tamanho, e o contato com os animais. Então, eu falei com meu pai que eu queria estudar ali. Quando eu concluí o Ensino Fundamental, fiz o exame de seleção e consegui ficar entre os selecionados e assim ingressei no curso Técnico em Agropecuária integrado e no Nível Médio, que na época não era integrado. No início foi muito difícil. Eu tinha 13 anos, então era muito novo. Vim para ser residente, até mesmo porque se não fosse a residência da escola, eu não teria condições de ficar e me manter na cidade, além de ser muito novo para morar sozinho”.

Apesar da dificuldade financeira, porque “naquele tempo ainda se pagava pela alimentação na escola, que era cerca de mil reais por ano naquela época. Hoje pode não parecer muito, mas em 2002 isso era muito dinheiro, tanto é que meu pai parcelava isso o máximo possível para conseguir pagar. Diante disso, eu não tinha condições de ir para casa direto. Minha família residia em Ouro Preto do Oeste, que é no meio do estado, enquanto o hoje campus fica no Conesul do estado. Então, eu só conseguia ir para a casa a cada três meses, no máximo quatro vezes por ano, o que era normal na época”.

Superando as dificuldades de estudar nos dois períodos (manhã e tarde) e as saudades da família, ele conta que na “formatura do curso as lágrimas foram muitas, tanto minhas quanto dos meus amigos, pois a gente criou uma família estudando no Instituto Federal, principalmente sendo interno, já que nós criamos laços muito grandes que nos fez manter a amizade até hoje”.

Segundo Normando, a assistência ao aluno teve um avanço muito grande, pois há no IFRO acesso à educação pública e à seleção da residência estudantil. “Com alimentação excelente, até mesmo balanceada e controlada por uma nutricionista. Há hoje também bolsas de incentivo a realização de pesquisas, de projetos de extensão e de ensino, algo que na nossa época era muito escasso. Vejo que houve uma evolução muito grande, pois quando eu estudei, de certa forma a gente precisava pagar para ficar no internato e hoje o aluno consegue estar aqui de forma gratuita e ainda poder receber um auxílio para executar atividades de pesquisa, ensino e extensão”.

“Como contei nessa história, meu pai trabalhou aqui, eu estudei aqui e hoje eu trabalho aqui. Por isso, sou muito grato ao Campus Colorado do Oeste por tudo o que me propiciou tanto na minha formação acadêmica quanto pessoal. Só tenho a agradecer e por isso hoje busco contribuir o melhor possível para essa instituição”.

Com a chegada da pandemia e a necessidade das instituições de ensino ofertarem o ensino remoto, a rotina de todos mudou. Mundialmente, devem ocorrer mudanças sociais, que, mesmo no retorno de aulas presenciais, exigirão mudanças da sociedade. A Jornalista Rosália Silva trabalha na Assessoria de Comunicação e Eventos (Ascom/IFRO) e diz ter precisado desenvolver resistência emocional para dar conta das atividades do trabalho remoto e das atividades escolares. Atualmente cursando a Graduação em Formação Pedagógica para não licenciados e buscando aproveitar o tempo em diversas ofertas de formação on-line surgidas no período de pandemia, diz ter encontrado nos estudos um refúgio para o distanciamento social necessário aos cuidados com a saúde. “O home office exige muito mais de todos nós, porque as demandas parecem ter aumentado no período. Mas por incrível que pareça, tenho me dedicado ainda mais a momentos no computador. Acompanho lives e outros formatos de ensino quase completando o período de descanso, mas voltado a diversas atividades de formação complementar”.

Formação

A Diretora de Gestão de Pessoas (DGP/IFRO), Débora Gonçalves de Lima, acredita que todo profissional para se manter atualizado no mercado de trabalho necessita estar em constante processo de formação. “Isto não é diferente no serviço público, em que é necessário adquirir diversas habilidades para o exercício de sua função pública. Para tanto, um dos objetivos institucionais do IFRO é ampliar a cada ano as oportunidades de capacitação sejam elas para participação em curso de curta duração ou para formação formal (graduação, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado)”.

“Com a implantação do trabalho remoto em virtude da pandemia, todos os servidores tiveram a necessidade de aprender a lidar com esta nova forma de trabalho. Destacam-se os professores que necessitaram mudar suas aulas presencias para remotas em um piscar de olhos. Assim, através de ações conjuntas como os campi, pró-reitorias e Diretoria de Educação a Distância, foram ofertados diversos cursos rápidos na modalidade EaD para os servidores da instituição. Cabe destacar que o IFRO dispõe do edital para que o servidor utilize horas específicas para capacitação”, mostra Débora.

No ano de 2020, o IFRO lançou o edital visando à participação de servidores em capacitações de curta duração, na modalidade EaD, de modo a intensificar as capacitações e qualificações e desenvolver competências institucionais e individuais (em nível operacional, tático e estratégico). Bem como manteve editais de seleção para o Programa Institucional de Incentivo à Qualificação (PIQ), os de afastamento para Stricto sensu, entre outros.

A Psicóloga da Reitoria, Clara Miranda, está em afastamento para cursar o Doutorado em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal de Rondônia. Para ela o período de confinamento desde março deste ano, com esposo e uma filha de três anos, exige bastante uma vez que a rotina ficou mais intensa e cansativa. Para conseguir se organizar e poder ter algum tipo de satisfação nos estudos, ela inicia com atividade física de manhã. “Isso é importante porque consegue liberar alguns hormônios que trazem uma sensação de prazer e ativam diversas áreas do cérebro. Sem atividade física, eu percebo que meu rendimento no estudo é outro. Então, faço questão de que minha primeira atividade do dia seja a de atividade física”.

Clara reorganizou os períodos de estudo para os momentos em que a filha dorme, no primeiro período da tarde e após as 19h30. “Quando estou estudando, utilizo uma técnica de administração de tempo de estudos, que é estudar 25 minutos ininterruptos sem que outra atividade tire sua atenção. Exclusivamente. Depois descansa cinco minutos e mais 25 estudando. E vai fazendo o ciclo até onde o corpo permitir ter um bom rendimento”, refere-se ela à Técnica Pomodoro, tempo em que o corpo consegue ficar muito concentrado.

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