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Em frente com ELAS: a face feminina da gestão no IFRO

Publicado: Quinta, 07 de Março de 2024, 12h21 | Última atualização em Sexta, 08 de Março de 2024, 11h29

Dia MulheresNesta sexta-feira, 8 de março, é Dia Internacional da Mulher, data comemorativa oficializada na década de 70 pela ONU (Organização das Nações Unidas). Em seu esforço de valorização das mulheres, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) tem atuado, na atual gestão, em três campos principais: a promoção da equidade de gênero, a promoção da qualidade de vida e o combate ao assédio no ambiente laboral.

Nacionalmente, a participação de mulheres em cargos de alta liderança na administração pública federal ainda é um desafio. Embora muitas servidoras possuam elevada escolaridade e inquestionável capacidade de gestão, a sobrecarga com os trabalhos domésticos, o preconceito e a violência de gênero (seja ela explícita ou velada), muitas vezes as impedem de alçar posições de destaque. Segundo dados da Agência Brasil (2023), apenas 34% dos cargos de alta liderança da administração pública federal do Brasil são ocupados por mulheres.

Quanto à promoção da equidade de gênero, o IFRO vem avançando significativamente, sendo que das cinco pró-reitorias, duas são chefiadas por mulheres: a Pró-Reitoria de Extensão (Proex), liderada pela Assistente em Administração Márcia Cristina Tesser (Pró-Reitora Substituta), e a Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, dirigida pela Professora Xênia de Castro Barbosa. No que se refere às diretorias sistêmicas, as mulheres predominam, estando à frente das diretorias de: Gestão de Pessoas, Planejamento, Administração, Orçamento e Finanças, Programas e Projetos de Extensão, Assistência Estudantil e Diretoria de Desenvolvimento do Ensino. A presença feminina também se destaca na Assessoria de Comunicação e Eventos, na Assessoria de Relações Internacionais, na Chefia de Gabinete, na Assessoria Especial e na Coordenação de Arquivos e Protocolo.

No trabalho junto à promoção da qualidade de vida, destaca-se a atuação da Diretoria de Gestão de Pessoas, da Comissão de Atenção à Saúde e Qualidade de Vida (CAQV) e da Comissão da Mulher, que desenvolvem atividades de promoção da saúde física e mental, da qualidade de vida, bem como de orientação profissional às servidoras, auxiliando-as em seu desenvolvimento profissional e pessoal.

E no enfrentamento do assédio sexual e moral, destaca-se o trabalho continuado do Comitê de Integridade (Corregedoria, Ouvidoria e Comissão de Ética), que com o apoio da Procuradoria Jurídica Federal, periodicamente realiza visitas aos campi para orientar quanto às boas práticas e a conduta ética no serviço público, bem como publica, mensalmente o boletim “Minuto da Ética”. Outra ação de destaque foi a campanha de divulgação acerca do Guia Lilás, elaborado pela Controladoria-Geral da União (GCU), com vistas a orientar acerca da prevenção e tratamento ao assédio moral e sexual e à discriminação de gênero no serviço federal.

Conforme Viviane Camelo, Assessora de Comunicação do IFRO, “a presença de mulheres e das chamadas ‘minorias’ nas funções de liderança exerce uma dupla função: é simbólica, na medida em que aponta para um desejo de retificação de uma ordem imposta ao longo de séculos; e é também material, uma vez que possibilita projetos e ações concretos, inovadores e criativos, capazes de melhorar a qualidade do serviço público”. A Assessora Especial da Reitoria, Janaína Leite, afirma que “promover a equidade de gênero não é concessão, mas uma resposta que a sociedade espera das instituições, como forma de reparação histórica pelos séculos de violência, visibilização e opressão impostos às mulheres”. A sociedade carece sempre de novas formas de pensar e de fazer pautados em propósitos mais justos.

Na reflexão de Bárbara Fadul, servidora do Campus Cacoal e membro da Comissão da Mulher “ao pensar na realidade das mulheres no IFRO, vejo que tenho mais perguntas que respostas. O corpo, a palavra, a presença, nossa existência é respeitada dentro da instituição em que atuamos? Estamos, todas, sendo realmente humanizadas? O IFRO ainda reflete uma sociedade muito injusta e desigual para as mulheres. A representatividade na gestão, de modo geral, está longe de um mínimo equilíbrio. Além disso, são ainda naturalizadas, infelizmente, falas e ações misóginas no ambiente institucional. Combater essas violências deve ser um compromisso de todos. Como uma instituição pública de educação, o IFRO tem um compromisso com a mudança social, é agente de transformação. Não são, portanto, mais toleráveis certos números, certos comportamentos, certas falas... Que as ações para a promoção de um ambiente institucional mais justo para mulheres sejam um compromisso para além de março. Nesse sentido, enquanto Comissão da Mulher, consideramos urgente a implantação dos NUGEDS (Núcleos de Gênero e Diversidade) nos campi. Pensamos também ser essencial que todos os servidores, principalmente os gestores, tenham garantidas formações que lhes possibilitem desenvolver tanto perspectiva de gênero quanto consciência de outros desafios sociais estruturais relacionados à classe e à raça. Esperamos contribuir para a promoção de um ambiente menos violento para alunas, servidoras e terceirizadas”.

Na avaliação do Reitor do Instituto Federal de Rondônia, Moisés José Rosa Souza, “ainda temos muito que avançar para construir uma instituição e uma sociedade mais justa para as mulheres. Na gestão geral dos campi, por exemplo, das dez unidades, há apenas duas mulheres como Diretoras-Gerais. De nossa parte, reafirmamos o compromisso de trabalhar para a construção de um ambiente seguro e livre de violência, que dê às mulheres a oportunidade de desenvolverem todo o seu potencial e exercerem cada vez mais o protagonismo que lhes é direito”. O Professor Moisés ainda apresentou dados de pesquisa realizada junto à equipe da Reitoria, a qual revelou que 57% dos servidores da unidade são do sexo feminino e 42% do sexo masculino. No que se refere aos cargos de gestão da unidade, são 15 mulheres e 11 homens.

Para o Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional, Mauro Miranda de Alcântara, a valorização das mulheres é um compromisso institucional e um dever histórico. E acrescentou: “Precisamos avançar no debate, avançar em políticas públicas especiais, e educar para relações humanas mais justas e éticas. A balança não pode continuar pendendo negativamente para as mulheres”.

Para concluir, a Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Xênia de Castro, avaliou que “equidade de gênero é sinônimo de justiça social, e para alcançá-la precisamos de palavras – de um debate público, amplo e honesto, e de ações – de políticas públicas específicas, que estimulem a participação das mulheres nas mais diversas esferas da sociedade, e que nos dê condições para conciliar trabalho, vida acadêmica e vida familiar, porque nós não queremos abrir mão de nada, não queremos mais ter as coisas pela metade, ser pela metade. Queremos a inteireza a que temos direito”.

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