Instituto Federal de Rondônia

Projeto do IFRO visita comunidades tradicionais de Rondônia

Povos e comunidades tradicionais de Rondônia têm recebido, desde julho de 2023, visitas técnicas de um grupo de servidores do Instituto Federal de Rondônia, através do Projeto Comunidades Fortes. As ações são coordenadas pela Pró-Reitoria de Extensão, através da Diretoria de Programas e Projetos de Extensão. Nas reuniões, foram levantadas as necessidades de cada comunidade, observados os arranjos produtivos locais, e verificadas quais ofertas de cursos são de interesse das comunidades.

Os recursos para as ações a serem desenvolvidas são provenientes de emenda parlamentar do senador Confúcio Moura, que serão investidos na oferta de cursos de formação inicial e continuada e fortalecimento dos arranjos produtivos locais.

As visitas ocorreram em territórios de povos originários, comunidades remanescentes de quilombo e povos extrativistas dos seguintes lugares: Alta Floresta d'Oeste  (Comunidades do Quilombo Rolim de Moura do Guaporé); Nova Mamoré - Linha 12 (Comunidade Indígena Oro Eo) e Linha 26 (Comunidade Indígena Awina Tocwe); Guajará-Mirim (Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto e Comunidade Tradicional Vila Surpresa); São Francisco do Guaporé (Comunidades do Quilombo Pedras Negras) e Porto Velho (Comunidade Indígena Karitiana e Comunidade Indígena Karipuna).

Participaram das visitas os seguintes servidores do IFRO: Fernanda Oliveira Costa de Goes, Pró-Reitora de Extensão; Marcia Cristina Tesser, Diretora de Programas e Projetos de Extensão; William Kennedy do Amaral Souza, professor de Sociologia, Campus Colorado do Oeste; Odair Antônio Barbizan, professor de Biologia, Campus Colorado do Oeste; Marcel Emeric Bizerra de Araújo, professor de Geografia, Campus Vilhena; Áurea Dayse Cosmo da Silva, professora de Arquitetura, Campus Vilhena; Mônica do Carmo Apolinário de Oliveira, professora de História, Campus Ji-Paraná e Márcio Moreira Costa, professor de Filosofia, Campus São Miguel do Guaporé.

Para o professor William Kennedy do Amaral Souza, as visitas foram muito produtivas. “Fomos bem recebidos em todas as comunidades. Tivemos reuniões e observações participantes o que nos permitirá reformular o projeto de um modo que seja realmente útil à vida comunitária”, destacou reforçando que a ação é muito importante para as comunidades visitadas, pois gera a possibilidade de agregar valor à cadeia ou cadeias produtivas de cada comunidade. “Sabemos que mais valor agregado aos seus produtos, traz mais possibilidades de que as pessoas se mantenham em suas comunidades. E essas comunidades são importantes porque mantêm o bioma amazônico em boas condições”.

Sobre o Comunidades Fortes

O objetivo do projeto é a realização de um conjunto de atividades de formação e extensão técnica e tecnológica para povos e comunidades tradicionais de Rondônia, principalmente os que se encontram no Vale dos Rios Guaporé e Mamoré, como forma de agregar valor aos processos produtivos dessas comunidades, promover desenvolvimento sustentável e preservar as tradições culturais. O projeto contempla planos de ação extensionistas (cursos e assessorias) e a aquisição de máquinas, equipamentos e materiais em geral, no intuito de melhorar a formação do público-alvo, criando uma infraestrutura que proporcione o máximo de experiência durante os cursos, palestras e oficinas práticas.

Segundo a Diretora de Programas e Projetos de Extensão, Marcia Cristina Tesser, o IFRO está em fase de criação da Coordenação de Integração dos Povos da Floresta, das Águas e dos Campos (CIPFAC) que terá como finalidade a prestação de assessoria aos povos e comunidades tradicionais e a assentamentos rurais. “Foi solicitada, mas a criação depende de alteração de regimento interno, ou seja, está em tramitação”, destacou comentando que “O Projeto Comunidades Fortes é fundamental para a aproximação do IFRO com os povos da floresta, do campo e das águas, cumprindo o papel social de levar a educação a todos os povos".