Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

11 de agosto: Dia do Estudante no Instituto Federal de Rondônia

Publicado: Terça, 11 de Agosto de 2020, 18h11 | Última atualização em Sexta, 21 de Agosto de 2020, 13h52

Eu Estudante IFROO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) possui estudantes em cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, ofertados nos campi e diversos polos de educação a distância em Rondônia e na Amazônia Legal. E mais os alunos que cursam a Formação Inicial e Continuada (FIC) e outros cursos de curta duração.

Nesta terça-feira, 11 de agosto, é Dia do Estudante. O Reitor do IFRO, Uberlando Tiburtino Leite, homenageia: “Aproveitamos essa data especial do Dia dos Estudantes para reafirmar o compromisso do IFRO com a educação. Acima de tudo a educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referendada. Uma educação transformadora. O IFRO manteve todas as ações de ensino, de forma remota, de modo a continuar o vínculo do estudante com a instituição, especialmente neste momento delicado de pandemia. Nós percebemos que é a educação que vai contribuir para que a sociedade supere esse momento desafiador, de crise sanitária e econômica. Por isso o Instituto Federal de Rondônia, além dos cursos que já ofertava, iniciou a oferta de mais de 20 mil matrículas, possibilitando a formação de outras pessoas, que ainda não eram alcançadas pela instituição. Nós acreditamos e defendemos o direito constitucional à educação, e aproveitamos o dia de hoje para parabenizar a todos os estudantes. Os mais de 40 mil estudantes matriculados nos 194 cursos ofertados. Esperarmos dar a nossa contribuição para a mudança de vida dessas pessoas que são atendidas pelo Instituto Federal de Rondônia, para que elas possam futuramente contribuir com o desenvolvimento do nosso Estado e do nosso País”.

A data de Dia dos Estudantes retorna há quase 300 anos, quando foram criados os primeiros cursos em solo nacional. No dia 11 de agosto de 1827, o imperador Dom Pedro 1º assinou um decreto imperial, que criava dois cursos de Direito no Brasil: Olinda (PE) e São Paulo (SP). Em 1927 a data passa a ser dia de homenagem a todos os estudantes.

Como homenagem aos estudantes do IFRO, essa semana está sendo lançada a campanha “Eu, Estudante”, que apresenta um pouco de como estão todos nos dez campi da instituição. Maria Alxiliadora da Silva Pêssoa mostra como é ser aluna no Campus Jaru. “Gosto de estudar no IFRO porque é uma escola que começa do Ensino Médio e vai até a pós-graduação. Está sempre atento às necessidades dos alunos. Eu como aluna me sinto assistida por essa escola e por esses profissionais. E me sinto muito feliz em estudar nesta escola”. Ela cursa o Técnico em Alimentos, e destaca as visitas técnicas e participações em feiras e outras atividades que agregam ao seu conhecimento. Maria Alxiliadora afirma: “O IFRO tem dado suporte para que meus sonhos não sejam adiados”.

Amanda Castro da Silva, do Curso Técnico em Alimentos Integrado ao Ensino Médio do Campus Jaru, declara ver no IFRO uma base sólida que a ajuda a ser vitoriosa nos projetos que tiver na vida de estudante. “Essa instituição trouxe para a minha vida uma nova visão, uma visão mais ampla sobre o estudo, sobre tudo. Vem mudando muito a minha vida. Eu venho aprendendo muito no IFRO e crescendo como estudante, porque tem pesquisa que traz uma motivação maior de conhecer mais sobre o que é, como manusear”. Para Amanda, o Instituto mostra o que os estudantes são capazes de vencer e superar: “Cria valores e esperanças que os alunos sempre vão levar consigo”. Ela comenta que o “Instituto mostra que somos eternos aprendizes, isso é o que mais gosto no IFRO”.

Apoliana Ramos de Freitas, do Técnico em Comércio Integrado ao Ensino Médio, também do Campus Jaru, diz que inicialmente ficou com medo de estudar no IFRO: “porque não conhecia ninguém, não estava acostumada com as metodologias. Mas aceitar esse desafio foi muito importante para mim, porque abriu os meus horizontes. E o mais me chamou a atenção foi o fato de o Instituto não se preocupar com os alunos só quando estava em sala de aula, se preocupa também quando estão fora dela”.

Apoliana ressalta que na instituição os alunos podem aplicar suas ideias: “podemos participar de projetos de ensino, de extensão. Isso é muito importante para quem não teve oportunidade de fazer uma pesquisa”. As descobertas que teve participando de grupos de pesquisa e da Feira de Ciências a ajudaram inclusive nos demais conteúdos. Com as aulas on-line ela precisou se reorganizar para os estudos, mas tem colaborado para que todos não sejam afetados. “O que me faz persistir e continuar é saber que minha família vai estar em casa segura. Não vai correr o risco de que eu traga o vírus de fora para dentro de casa. E o apoio do Instituto tem me ajudado bastante. A Roda de Conversa e o auxílio para aqueles alunos que não tem condições de bancar a internet. Isso faz com que todos consigam acessar as aulas”, completa.

Gredha Isabelle Miguel cursa o Técnico em Informática no Campus Vilhena e Lucas Barbosa da Silva é do Técnico em Agropecuária do Campus Ariquemes. Ambos ressaltam a importância de o IFRO ter suspendido logo no início da pandemia as aulas presenciais, preservando a integridade de discentes, servidores e seus familiares. Gredha lista entre as ajudas ofertadas pela instituição os auxílios emergencial e para a internet, bem como o kit alimentação que visa dar suporte aos alunos tal qual seria o caso da merenda escolar. Para Lucas, são ações que visam preservar a saúde e democratizar o acesso à educação de qualidade. Ele que também integra um grupo de pesquisa mostra o quanto isso motiva aos alunos.

A acadêmica de Engenharia Agronômica (8º período) do Campus Colorado do Oeste, Lizianne de Matos Emerick, mostra que o que mais admira na instituição é a forma com que apoia e incentiva aos alunos a participarem de diversas atividades. Segundo Lizianne, que é servidora do campus, “admiro bastante a forma com que fomentam os alunos disponibilizando bolsas, estágios para que possam apresentar resultados de pesquisa em outros locais, participando de eventos, e que os alunos acabam tendo um intercâmbio de conhecimentos. Acredito que isso seja bem válido para a nossa formação enquanto aluno”.

Cursando o Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, no Campus Cacoal, Arthur Sesana comenta: “Gosto da nossa relação com servidores e profissionais em geral, que é um clima bem agradável. Gosto também da diversidade de projetos que o IFRO tem para adquirimos conhecimento e experiência”. Entre os auxílios, ele cita os de transporte e os incentivos estudantis. “A estrutura da CAED é um baita incentivo, porque estão sempre de olho na gente, mas sempre estão sempre lá para ajudar. Tem psicólogas, enfermeiras e sempre dispostas a ajudar em qualquer necessidade”.  O estudante ainda diz que “o estabelecimento da educação a distância, por mais que seja difícil de acostumar, foi necessário, está sendo necessário. Por mais que seja difícil. É a ideia mais segura”.

Conforme Matheus Favaro Moreira, que agora cursa o 6° período de Engenharia Florestal, mas já foi do Curso Técnico em Floresta no próprio Campus Ji-Paraná, “consigo observar que dentro da nossa instituição temos um apoio muito forte em participar de pesquisas voltadas a diversas áreas, participar de projetos de ensino e de extensão, isso faz com que o aluno tenha um maior contato com o universo acadêmico”.

 

Superação

No relato de Rosenilda Canamari, da Licenciatura em Biologia do Campus Guajará-Mirim, um momento triste pelo qual passou durante o primeiro semestre, mostra que ser estudante contribuiu para seu fortalecimento pessoal. “Estamos passando por um momento complicado devido a esta pandemia. Infelizmente meu marido foi vítima da covid-19, mas quero deixar registrado a minha superação neste momento o qual eu vivi e estou vivendo. Eu procurei em meus estudos, dedicar meu tempo, o meu esforço para estudar, para aprender mais. Passei por média em todas as disciplinas que estava cursando e agora vou para o quarto período. Através dos meus estudos, ocupei minha mente e busquei estudar e aprender cada dia mais. Entrei em contato com os professores. Eles disponibilizaram materiais para mim para poder imprimir. Estudar de forma remota não é fácil, muitas pessoas não conseguem adquirir um aprendizado de forma on-line e remota. Eu tenho facilidade. E estou superando esse momento de pandemia através dos meus estudos e da minha força de vontade. Acredito que o primeiro passo não é desistir. Para eu superar eu preciso pensar em não desistir: não desistir do que eu quero para mim e para pessoas que eu amo. Isso tem me ajudado e me fortalecido a cada dia para superar esse momento difícil que estamos vivendo”.

Angélica Dias Ferreira é do quinto período na Licenciatura em Ciências com habilitação em Biologia e conta que no IFRO teve acesso a materiais que não imaginava ter. “O IFRO foi uma instituição que abriu portas para mim através do NAPNE. Não só para mim, mas para muitas pessoas com deficiência. Nem todas as instituições estão prontas para receber uma pessoa deficiente. Na verdade nenhuma delas, mas a burocracia no IFRO foi muito menor. O tempo que esperei para ter todos os materiais, até porque a instituição não havia recebido nenhum deficiente como eu”. Por meio do Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), do Campus Guajará-Mirim, a acadêmica explica que a partir do segundo semestre da faculdade pôde realizar sonhos que não tinha alcançado em seu Ensino Médio e Fundamental.

Angelina Barreto Nascimento está no último período ano do Curso Técnico em Informática na modalidade Educação de Jovens e Adultos. “Este ano estou concluindo o meu Ensino Médio e juntamente saio formada com o Técnico em Informática. Venho aqui agradecer à direção e coordenação do curso, que desde o ano 2018 tem nos acompanhado”, menciona ela que também cita professores e colegas de turma.

Maria Eduarda Almeida Lustosa do Curso Técnico em Informática do Campus Porto Velho Calama acrescenta as muitas saudades, da correria e do calor humano, que tem da instituição. “É o contato e a conversa. É o professor atencioso que te atende sempre que se precisa. É a coordenadora que te apoia e que te ouve. É o departamento que está sempre pronto para te receber, de apoio ao aluno. É a correria de sair da sala de aula, almoçar e correr para o projeto de pesquisa que a orientadora está esperando. São todas essas coisas que fazem o IFRO um lugar de desenvolvimento e que ser humano se adapta e evolui”.

 

Composição do corpo discente

Anualmente o IFRO tem investido mais de sete milhões de reais nos diversos programas de assistência estudantil, explica o Reitor Uberlando Tiburtino Leite.  “Em razão dos nossos alunos serem oriundos de famílias de baixa renda e que, portanto, precisam do apoio institucional para permanecer na instituição. E mais ainda, para que consigam desenvolver de forma exitosa todas essas atividades acadêmicas”, diz.

Conforme Dados da Plataforma Nilo Peçanha, há uma grande diversidade entre os estudantes matriculados em Rondônia. O ambiente virtual realiza nacionalmente coleta, validação e disseminação das estatísticas oficiais da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Rede Federal), de acordo com a organização da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação. A Plataforma Nilo Peçanha apresenta que no ano passado o IFRO teve 80% entre as 20.568 matrículas realizadas, declaradas com renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos.

Ainda conforme dados do ano base 2019, os autodeclarados amarelos somam 2,33% das matrículas e os autodeclarados pardos são o maior percentual das matrículas, compondo 62% do total. Desse grupo, a composição de renda declarada aponta que 85,35% tem renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos.

Os autodeclarados brancos somam 25,58% das matrículas, dos quais 68% declararam ter renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos e 23% desse grupo declarou uma renda familiar per capita superior 3,5 salários mínimos.

Os autodeclarados indígenas somam 1,1% das matrículas e 87% declararam renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos, e desse grupo, o maior percentual (42,11%) é composto por aqueles que têm renda familiar per capita de até 0,5 salários mínimos.

E os autodeclarados pretos compõem 9,1% do corpo discente do IFRO. Desse, 90,91% declararam renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos. Apenas 4,62% declararam renda familiar per capita maior que 3,5 salários mínimos.

Em análise da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional (PRODIN/IFRO), pela composição do corpo discente descrita acima, fica claro a importância social do Instituto, oportunizando ensino, pesquisa e possibilidades de inovação para todos, inclusive os mais vulneráveis.

 

Data especial

Aproveitando o dia 11 de agosto, o Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores, Silmar Antonio Buchner, afirma ser uma data especial e que deve ser comemorada. “Grande parte da nossa vida passamos estudando para construir nosso futuro e nosso presente. Mas esse dia dos estudantes é superlativamente especial. Temos que parabenizar nossos guerreiros e guerreiras que enfrentaram essa batalha onde tudo mudou de repente. Foi complicado para os professores, que estavam na outra ponta, mas a recepção dos estudantes foi fenomenal. Muitos tiveram dificuldades, mas desempenharam seus papéis da melhor maneira possível, com seus empregos muitas vezes em risco, muitos tendo que acompanhar seus filhos nas aulas on-line, cuidando de seus pais e familiares, tudo ao mesmo tempo, sem deixar de estudar. Então, desejo um superlativo feliz dia dos estudantes. Comemorem, pois vocês merecem”, fica a mensagem final do docente.

A Enfermeira no Campus Ji-Paraná, Rosiele Pinho Gonzaga, diz que apesar de não podermos estar juntos fisicamente no Dia dos Estudantes, isso não significa estar separados. “A nossa motivação continua. Sabe por quê? Porque é impossível com a tecnologia nos distanciarmos. Estamos aqui ligados com vocês e por vocês”. Falando sobre os projetos que estão sendo desenvolvidos, ela dá boas-vindas às aulas: “Bom retorno para este segundo semestre, com muita força e muita fé”.

A promoção da interação social precisou dar lugar ao distanciamento social neste ano, afirma João Batista Alves de Jesus, Assistente Social do Campus Jaru. “O mais importante vocês estão fazendo, que é continuar adquirindo conhecimento, que transformará a vida de vocês, e nos transforma enquanto IFRO, todos os dias de nossas vidas. Desejo a vocês, em nome da CAED e de todo o IFRO, felicidades, força, garra e que continuem, porque isso vai passar, e estaremos juntos”, avalia.

O Professor de Filosofia do Campus Porto Velho Zona Norte, Euliene da Silva Gonçalves, coordena a CAED (Coordenação de Apoio ao Educando). Fazendo a reflexão de que na sociedade da informação a profissão mais importante é a de estudante, Euliene explica: “Não importa qual curso esteja fazendo, se saiu de lá e não aprendeu estudar efetivamente, está fora de uma sociedade que valoriza o conhecimento”. Estudar é um processo contínuo, em que se deve zelar pelo conhecimento a vida toda, não de forma isolada, mas coletivamente. “Parabéns por não desistir, e continuar estudando”, conclui o docente.

Fim do conteúdo da página
Consentimento para o uso de cookies
Este site armazena cookies em seu computador. Os cookies são usados para coletar informações sobre como você interage com nosso site e nos permite lembrar de você. Usamos essas informações para melhorar e personalizar sua experiência de navegação e para análises e métricas sobre nossos visitantes. Se você recusar, suas informações não serão rastreadas quando você visitar este site. Um único cookie será usado em seu navegador para lembrar sua preferência de não ser rastreado.