Instituto Federal de Rondônia

Kits de arduíno são estratégia de aprendizado prático para alunos de eletromecânica

Através do projeto de ensino “Revisando a Eletroeletrônica”, alunos do 1º ano de eletromecânica do Instituto Federal de Rondônia - Campus Vilhena receberam, no dia 18 de agosto, kits arduíno, uma estratégia que possibilita aos discentes desenvolverem inúmeros projetos e aprimorarem os conhecimentos adquiridos com as aulas teóricas.

O projeto foi idealizado para auxiliar o estudante no aprendizado e na realização prática das atividades das disciplinas de Eletricidade e Eletrônica, especialmente porque na atual situação de pandemia, é uma alternativa para ir além da teoria e praticar em casa, já que não é possível fazer uso do laboratório.

Estão envolvidos no projeto os professores Adriana Coelho (eletricidade) Ewerton Costadelle (eletrônica) Ricardo Vanjura (física). Com o kit, os alunos podem desenvolver inúmeras atividades e criar soluções para diversas áreas, como explica a professora Adriana: “O kit de Arduíno traz muitas possibilidades, mas a ideia inicial é que os alunos conheçam os componentes principais e saibam acionar cada um deles”.

Por isso, além da entrega dos kits, o projeto também desenvolveu, em parceria com alunos do 3º ano de eletromecânica, instruções em vídeo para a montagem de várias atividades diferentes. “Com o desenvolvimento dos exemplos, esperamos que eles possam criar diferentes projetos e apresentar na Feira de Eletromecânica em outubro. O Arduíno traz infinitas possibilidades, e eu almejo que nossos estudantes consigam aprender além do básico, que criem seus próprios projetos e que queiram buscar por mais conhecimento”, completa Adriana.  

Os tutoriais disponibilizados simulam as aulas que seriam ofertadas em laboratório, dando condições para que todos possam desenvolver as atividades propostas e praticar o conhecimento adquirido nas aulas. Os vídeos foram gravados com o apoio dos alunos voluntários (Bruno Vinícius, Vitor Augusto, Gabriela Martins, Andrey Chybiak e Kauã) e já foram postados no YouTube e compartilhados no AVA (ambiente virtual de aprendizagem). “Eu quero ressaltar que os alunos do 3° ano (Bruno, Vitor e Gabriela) mesmo não sendo bolsistas, se empenharam em fazer acontecer, passaram as férias para entregar todo esse material pronto. É muito bom trabalhar com pessoas assim”, comenta Adriana.

Os kits estão sendo entregues em forma de empréstimo, de modo que o projeto consiga beneficiar ainda mais estudantes no futuro, já que os professores planejam ampliar para o 2° ano, porque são estudantes que não tiveram essas práticas no ano passado em razão da suspensão das aulas presenciais. Mais do que isso, a intenção dos coordenadores é manter o projeto como oferta contínua para atender outros cursos e até mesmo a comunidade externa, dada a ampla variedade de aplicações que podem ser desenvolvidas utilizando o kit arduíno.

A estudante colaboradora, voluntária do projeto, Gabriela Martins Espíndula Ribeiro declarou que “o projeto foi uma experiência bacana porque quando eu entrei no IFRO eu tive muitas oportunidades logo de início, mas com a pandemia não tivemos muita possibilidade de fazer as coisas. A gente não teve mais aulas práticas e por isso a gente não teve tanto contato como tivemos no primeiro ano. E o pessoal do primeiro ano, que já entrou durante a pandemia, estão tendo agora uma oportunidade de ter contato com isso, de poder ver o que eles mesmo fizeram funcionando. Eu acho que vai ser muito bacana, porque é muito gratificante ver alguma coisa funcionando, algo que você mesmo fez e programou e eu acredito que vai ser muito importante para os alunos do projeto porque vai dar um ânimo para eles”

“Outro benefício do projeto é ver a alegria dos alunos ao realizarem atividades práticas, eles se sentem mais pertencentes ao IFRO, mesmo distantes”, conclui Adriana.

Sobre o Arduíno

O professor Ewerton Costadelle explica que “o arduíno é uma plataforma de desenvolvimento que reúne conhecimentos de eletricidade, eletrônica e programação para automatizar algumas tarefas simples. De forma bem reducionista, é uma plaquinha que você programa e ela interage com o ambiente, lê sensores, liga lâmpadas, motores ou outros dispositivos. Por exemplo, um aluno fez um sistema de irrigação que ficava medindo a umidade do solo e liberava a passagem da água somente quando necessário”.

Os kits entregues contém:

01 Placa Uno R3 01 Cabo USB 2.0 de 30cm

01 Display LCD 16x2 (com conectores soldados) 01 Protoboard 830 Pontos

01 Sensor de Distância Ultrassônico ​01 Módulo Relé 1 Canal

30 Jumper Macho-Macho variados 20 Jumper Macho-Femea

01 Micro Servo 9g SG90 01 Sensor de Temperatura NTC

01 Sensor Óptico Reflexivo TCRT5000 01 Sensor de Luz LDR

01 Buzzer Ativo 5V 05 LED Vermelho

05 LED Amarelo 05 LED Verde

15 Resistor 330Ω 05 Resistor 1KΩ

05 Resistor 10KΩ 04 Diodo 1N4007

01 Potenciômetro 10KΩ 01 Potenciômetro Trimpot 10KΩ

04 Capacitor Cerâmico 10nF 04 Capacitor Cerâmico 100nF

02 Capacitor Eletrolítico 10uF 02 Capacitor Eletrolítico 100uF

05 Chave Tactil (Push-Button)

“Queríamos atender todos os estudantes das disciplinas de Eletricidade e de Eletrônica, ou seja, todos do 1° ano de Eletromecânica. Como vivemos em um mundo de recursos limitados, buscamos propostas que reunissem uma boa quantidade de experiências e que nos mantivesse dentro do orçamento disponível. O kit selecionado possui, além dos componentes, um manual para a execução de 10 experiências. No projeto de ensino, alunos de 2° e 3° anos contribuíram demonstrando as experiências em vídeo, falando de estudante para estudante. Com a linguagem mais próxima, o sucesso foi inevitável. Muitos já executaram todas as experiências e, a partir desse momento, começaram a buscar o desenvolvimento dos seus projetos pessoais de automação, sem a necessidade de sair de casa. Estamos muito felizes com o engajamento”, relata Ewerton.