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Grupo de Estudos em Temáticas Étnicas na Amazônia do Campus Ji-Paraná entrega mapas 3D aos povos Karo Arara e Ikólóéhj Gavião

Publicado: Terça, 21 de Março de 2023, 18h31 | Última atualização em Terça, 21 de Março de 2023, 18h31 | Acessos: 32126

Imagens Jipa1O Instituto Federal de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná, realizou a entrega aos indígenas dos povos Karo Arara e Ikólóéhj Gavião, da Terra Indígena Igarapé Lourdes, os primeiros mapas 3D produzidos pelo projeto “Impressão 3D das Terras Indígenas de Rondônia” em andamento na unidade educacional.

Este projeto é desenvolvido há quatro anos pelo Grupo de Estudos em Temáticas Étnicas na Amazônia (GETEA), com o apoio dos editais da Propesp e coordenado pela professora Lediane Fani Felzke em colaboração com o professor João Eujácio Teixeira.

Desde seu início, participaram e aprenderam com o projeto quatro bolsistas do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) e seis bolsistas do curso Técnico em Informática integrado ao ensino médio. Em 2022, o projeto recebeu o prêmio de 3º Lugar no XIII Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (CONNEPI) realizado em Porto Velho (RO).

A professora Lediane considera o projeto relevante por ser um serviço que o IFRO oferece aos povos indígenas sendo que estes podem utilizar as maquetes do modo que acharem mais útil e relevante para suas comunidades. “A ideia é oferecer, com as tecnologias que dispomos, um produto que possa contribuir de diversas maneiras com as comunidades, como material didático para as escolas indígenas, para o etnoturismo, para manejo territorial, como tecnologia assistiva, entre outros usos. Cada comunidade encontrará diferentes formas de utilizar os mapas 3D”, destaca a docente.

Segundo Josias Cebirop, membro da Associação Indígena Zavidjaj Djiguhr (ASSIZA) do povo Ikólóéhj Gavião, esse mapa é importante para a comunidade e para a escola porque “os alunos terão a oportunidade de conhecer a nossa terra através dessa imagem tridimensional. Temos a certeza que ela será de uma grande importância na educação de nossos alunos, farão com que eles de fato conheçam o relevo, por onde passam os rios e eles terão um conhecimento maior sobre seu território”.

Já a liderança Shirley Arara, do povo Karo Arara da aldeia Pajgap relata que para ela  “foi motivo de muita honra e satisfação, principalmente como mulher indígena, estar recebendo juntamente com nossas lideranças o mapa 3D. A gente fica muito alegre de estar recebendo um trabalho tão gigante, que vai nos beneficiar e fortalecer em várias áreas, principalmente na área da educação. Com esse mapa nossos professores podem realizar trabalhos com nossas crianças, podendo acompanhar mais de perto nosso território, a TI Igarapé Lourdes. Esse mapa 3D vai dar uma alavancada muito grande nos nossos trabalhos de etnoturismo. Então ele será trabalhado na comunidade, nas escolas, e no etnoturismo, no qual além de nós mesmos podermos olhar de perto nosso território, quem for nos visitar e nos ouvir falar do nosso território também irá olhar mais de perto. Lembrando também que agora a gente trabalha com o monitoramento e o biomonitoramento e a gente pode observar que o mapa será muito importante para esse nosso trabalho também”.

Samara Hespanhol, bolsista que ingressou esse ano no projeto relata que “nunca tinha ido a uma terra indígena. Fui honrada porque entrei esse ano no projeto e a primeira entrega de mapa foi esse ano. Foi uma coisa inovadora, conhecer uma cultura e um lugar diferente, foi maravilhoso. Através do projeto tive a oportunidade de aprender a mexer nas impressoras 3D e também de adquirir os conhecimentos sobre os povos indígenas”.

A ex-bolsista e atualmente voluntária do projeto, Thayná Albuquerque, contou que considera “extremamente necessário esse contato com os povos indígenas dentro do projeto, já que boa parte dele se passa com a modelagem e o manuseio das impressoras e finalmente a gente conseguiu fazer essa entrega e pudemos ver pelas falas das lideranças indígenas, que estiveram no dia, quão importantes são essas maquetes que nós entregamos. É muito gratificante poder ver que nosso trabalho realmente está contribuindo com aqueles povos”.

O professor João Eujácio conclui que “o envolvimento dos nossos alunos neste projeto dá uma oportunidade para conhecer um pouco da cultura dos povos indígenas, além disso, o geoprocessamento e a tecnologia 3D são tecnologias avançadas que estão em constante evolução. A participação em um projeto desse tipo pode oferecer aos alunos a oportunidade de aprender sobre as tecnologias mais recentes e de se manterem atualizados sobre as tendências da indústria”.

O projeto encontra-se em andamento e neste momento estão sendo feitos os testes para a impressão da Terra Indígena Uru Eu Wau Wau.

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