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IFRO realiza reunião com liderança indígena para tratar de projetos a serem apresentados ao Ministério dos Povos Indígenas

Publicado: Quarta, 08 de Mai de 2024, 16h43 | Última atualização em Quarta, 08 de Mai de 2024, 16h44 | Acessos: 128

Reunião IFRO Liderança indígena 1

O Instituto Federal de Rondônia, através da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propesp), realizou na Reitoria (Porto Velho), na manhã de quarta-feira (08 de maio), uma reunião com o vereador indígena Francisco Oro Waran, do povo indígena Wari', para tratar de projetos a serem apresentados pelo IFRO ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

A reunião foi agendada com vistas a identificar as principais demandas de apoio à pesquisa e à educação do povo indígena Wari', especificamente os residentes nas Terras Indígenas Igarapé Lage e Pacaás-Novos.

Em face do reconhecimento das demandas, a Propesp formulará projetos e os apresentará ao Ministério dos Povos Indígenas, em resposta ao Ofício n. 2042/2024/MPI, que faz referência ao Ofício n. 632/2023/REIT - CGAB/REIT-IFRO, de 05 de dezembro de 2023, no qual o Instituto informa ao referido Ministério sobre a situação de vulnerabilidade socioambiental de populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas do Vale do Guaporé, que foram percebidas pela equipe da Propesp em razão  de visitas aos territórios Vale do Guaporé e Madeira-Mamoré.

Na ocasião, a Propesp apresentou relatos de povos e comunidades tradicionais e solicitou recursos para realização de ações de pesquisa e extensão. “Em 29 de abril recebemos a resposta a nosso ofício, solicitando o envio de projetos, razão pela qual convidamos lideranças de povos e comunidades tradicionais para dialogar sobre as linhas de ação prioritárias. O diálogo vem ocorrendo de forma híbrida: presencial, quanto possível, e por correio eletrônico, aplicativo de mensagem de texto e telefone, os casos em que não foi possível o encontro presencial. O próximo passo, no que compete à Propesp é elaborar os projetos e pactuar junto ao MPI os objetivos e métricas de monitoramento de ações que afetem os povos indígenas, à luz da Convenção OIT 169. Em seguida, espera-se que os recursos necessários para a execução dos projetos sejam descentralizados ao IFRO, para que possamos realizar as ações de ensino, pesquisa e extensão”, explica a Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Xênia de Castro Barbosa.

Para o indígena Francisco Oro Waran, o IFRO tem sido um importante parceiro em Guajará-Mirim. “Esperamos que agora, com o apoio do MPI, IFRO, FUNAI e Governo do Estado de Rondônia nosso povo possa viver melhor, livre da fome e com mais tecnologia para estudar e trabalhar", destacou. 

Segundo o Diretor de Pesquisa e Inovação, professor Marcos Barros Luiz, “O convite do MPI é uma oportunidade para colaborarmos com o desenvolvimento sustentável, para ampliarmos a presença do IFRO nos territórios, assim como uma oportunidade de aprendizagem para todos nós, visto que os resultados dessas ações serão publicados por meio de artigos e documentário”.

Xênia pontuou que a abertura do MPI para receber projetos do IFRO é muito positiva e espera-se que esse diálogo iniciado resulte em parceria profícua. “Que contribua efetivamente para o enfrentamento da crise climática, que atinge de maneira ainda mais aguda, os povos originários e as comunidades tradicionais amazônicas: ribeirinhos, quilombolas, pescadores artesanais, pomeranos, dentre outros", disse complementando: “Se de um lado temos chuvas excessivas e enchentes no Sul, aqui na Amazônia o espectro que nos ronda é o da seca, e os indígenas foram os primeiros a reportar que os rios estão secando, que muitas espécies de peixe, como a tradicional jatuarana, já não são mais encontrados em rios e igarapés de determinadas aldeias, e que o calor tem afetado a produção de alimentos. O IFRO, como instituição de ciência e tecnologia precisa estar atento à realidade que lhe cerca e colaborar, de maneira propositiva e solidária para os enfrentamentos desses desafios, que embora se manifestem na escala local, têm efeitos globais e acabam por afetar a vida de todos”.

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