Instituto Federal de Rondônia

 Campus Calama tem representante no evento da Organização Mundial de Meteorologia

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, esteve presente no Workshop Internacional promovido pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Foram três dias de encontro, realizado de 3 a 5 de outubro, com o intuito de impulsionar o desenvolvimento de um sistema global abrangente de observação. O foco do evento foi apoiar a implementação da Global Greenhouse Gas Watch (GGGW), uma Rede Mundial de Monitoramento de Gases do Efeito Estufa. Do Brasil, destacaram-se a cientista e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Luciana Vanni Gatti, e Professora do IFRO Calama, Christiane Silvestrini de Morais. Ambas apresentaram dados referentes a pesquisas sobre as concentrações de gases de efeito estufa na região amazônica.

A GGGW foi aprovada pelo Congresso Meteorológico Mundial em maio deste ano, em resposta à urgência crescente na mitigação das mudanças climáticas. Seu objetivo é preencher lacunas críticas de informação, fornecendo um quadro operacional integrado que unifique sistemas de observação baseados no espaço e na superfície, além de capacidades de modelização e assimilação de dados.

Christiane Silvestrini expressou sua satisfação ao participar do evento, descrevendo a experiência como enriquecedora e inspiradora. Sua contribuição, juntamente com a de outros especialistas globais, representa um passo fundamental para uma compreensão mais abrangente das mudanças climáticas e o avanço das iniciativas de monitoramento ambiental. “O workshop da OMM foi um marco significativo na busca por soluções globais para o monitoramento de gases do efeito estufa, evidenciando a importância da colaboração internacional no enfrentamento das mudanças climáticas”, demonstrou a docente.

O workshop reuniu mais de 200 especialistas dos setores público, privado e acadêmico, todos dedicados à missão de criar um intercâmbio internacional abrangente, rotineiro e oportuno de observações de gases com efeito estufa. O evento resultou em recomendações para a concepção do sistema de observação integrado, análise de lacunas nas capacidades existentes e sugestões sobre como preenchê-las, além da priorização de ações para implementação.

Entre os tópicos discutidos estavam a avaliação dos sistemas de observação existentes para medições atmosféricas, oceânicas e da biosfera de gases de efeito estufa; integração de observações de diferentes plataformas dentro e entre domínios do Sistema Terrestre; abordagens comuns para garantia e controle de qualidade, incluindo calibração e caracterização de incerteza; padrões de metadados; troca internacional de dados; necessidades de desenvolvimento de capacidade em observações; e sustentabilidade do sistema de observação.