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Roda de Conversa sobre Saúde Mental marcou atividades do Setembro Amarelo no Campus Calama

Publicado: Terça, 26 de Setembro de 2023, 11h24 | Última atualização em Terça, 26 de Setembro de 2023, 11h26 | Acessos: 31437

Alunos na palestraO Coletivo Paz e Amor, formado por alunos do Ensino Médio em Informática do Campus Porto Velho Calama, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), organizou no último dia 22 de setembro, a Roda de Conversa sobre Saúde Mental que marcou as atividades desenvolvidas durante o Setembro Amarelo.

Para conduzir a programação, foi convidada a doutora em psicologia da Universidade Federal de Rondônia, Neffretier Cinthya Rebello André dos Santos Clasta, que esteve acompanhada da estagiária Cecília Ritse de Almeida Silva, egressa do Curso Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio. A psicóloga do Campus Calama, Maria Rosimere Salviano de Moura, também participou da roda de conversa.

Antes de iniciar a palestra, os alunos participaram de uma dinâmica sobre questões pessoais da vida por meio de um diagrama apresentado pela psicóloga Neffretier denominado “Mapa da Minha Vida”, - uma investigação detalhada que possibilita uma eficiente identificação das suas necessidades para uma clara e objetiva maneira de intervenção - que pontuava por meio de ícones para serem anotados pontos de um a dez em quesitos como relacionamento familiar, relacionamento amoroso, vida social e amigos, atividade profissional, desenvolvimento intelectual, vida financeira, lazer e hobbie, sono e descanso, saúde física, autoestima, equilíbrio emocional e espiritualidade.

As estagiárias que acompanharam a psicóloga discorreram sobre os itens apresentados no diagrama, informando aspectos como a manutenção do sono regular e do descanso que colaboram para a manutenção da saúde mental e física; sobre a importância de se cultivar as amizades, de modo que o ciclo social interfira de maneira positiva na vida das pessoas nos aspectos pessoais e profissionais.

 De acordo com Neffretier “a saúde mental nunca alcançou tamanho grau de relevância, pertinência e impacto como nos dias atuais. Ao longo da história nós vemos o debruçar de filósofos, médicos, historiadores, professores, e a educação, se voltarem para essa questão, mas nunca como hoje. O dado contemporâneo hoje aponta, diante das grandes demandas humanas, a relevância de adotar isso como uma temática de importância, tanto no contexto das políticas públicas como no contexto da educação, das relações sociais, porque tem impactado isso nos demais aspectos humanos, relações de produtividade, trabalho, relações familiares, desempenho, relações pessoais, as relações interpessoais, as relações intrapessoais, o campo das escolas e qualquer outro contexto que está ligado diretamente ao desenvolvimento pessoal, humano”, destacou.

A psicóloga pontua que a saúde mental está ligada com vários fatores, que estão ligados ao contexto do universo humano. A autoestima, a espiritualidade, desempenhos profissionais, carreira, desenvolvimento intelectual, relações amorosas, relações sexuais, relações familiares, saúde, saúde física, alimentação, sono, hábitos cotidianos. Então a gente vai vendo que quando nós falamos de saúde mental, ela é uma temática ampla, oriunda de vários fatores. Sendo assim, “você não pode falar da saúde mental como algo apenas ligado com os grandes transtornos psicológicos, mas também entender que tudo o que opera na dimensão humana tanto afeta a saúde mental, como também vários fatores isolados”, destaca.

Segundo ela, o que é importante entender dentro dessa temática é a necessidade de se ampliar essas questões no âmbito da educação, “assim como fez o IFRO, criando oportunidades como essa, organizando palestras, trazendo os adolescentes para discutir, o entendimento do tema na regulação da existência desses alunos, como na regulação humana, da importância de se cultivar hábitos, comportamentos e relacionamentos que possam contribuir com a sanidade mental”, orienta.

 Ela também enfatiza que é preciso considerar essa temática “dentro das suas macrocondições que são as relações econômicas, políticas, as governanças, saneamento básico, distribuição de renda, as questões econômicas que impactam diretamente o indivíduo, a qualidade de trabalho. As dinâmicas de violência, criminalidade, as crescentes, na ordem dos transtornos mentais como depressão, transtorno geral de ansiedade, estresse pós-traumático, suicídio. Como a gente também não pode deixar de considerar as microssituações. As dinâmicas de nascimento do indivíduo, as suas relações familiares, as noções de personalidade, as noções subjetivas desse indivíduo que sofre, que busca, que anseia. As dinâmicas que estão circunscritas em bairros, em ambientes menores, em pequenos grupos. Então há um grau de que está sendo operado sempre e se retroalimenta, as questões micro e as questões macro que envolvem questões religiosas, dogmas que envolvem questões culturais, como a escassez, de arte, escassez de ciência. Escassez de condições de produtividade de expansão humana, escassez de produção e de ciência e tecnologia então envolve muitas questões quando falamos de saúde mental. Acho que isso é sempre importante se discutir, dando as dimensões a essa temática que envolve muitas coisas, que estão na ordem do quadro das humanidades. Eu espero que com isso tenha colaborado e sempre que a gente pensa essa temática a gente pensa na direção da prevenção”, conclui.

O aluno João Cristian, do Coletivo Paz e Amor, disse que o encontro foi muito gratificante e importante para a comunidade acadêmica. “Queríamos que mais adolescentes pudessem participar e ter esse aproveitamento, a partir do conteúdo abordado na palestra pela psicóloga Neffretier”, destacou o estudante observando que é necessário “estar sempre atento ao equilíbrio de nossos pensamentos e ações”.

 

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