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Estudantes do IFRO Campus Calama destacam a importância do ensino em suas vidas

Publicado: Quinta, 10 de Agosto de 2023, 19h35 | Última atualização em Quinta, 10 de Agosto de 2023, 19h37 | Acessos: 39177

Aluno João Magalhães medalha de ouro em diversas olimpiadas de conhecimento

No Dia do Estudante, comemorado nesta sexta-feira (11 de agosto), o Instituto Federal de Rondônia (IFRO) - Campus Porto Velho Calama traz histórias de seus alunos e alunas, que comentam como a educação vem transformando as suas vidas.

 “É uma vida de eterno aprendizado. O ideal é nunca parar de ser estudante, para sempre aprimorar mais”, diz o estudante João Victor Magalhães Euzébio. Ele tem 18 anos, é porto-velhense e estuda no terceiro ano do ensino médio do curso técnico de Eletrotécnica do Campus Porto Velho Calama. No próximo ano, João pretende iniciar o curso de Engenharia de Controle e Automação, ofertado pelo Campus Calama, porque acha que o curso vai ao encontro dos conteúdos da eletrotécnica e ele gosta muito da área.

Sobre a sua trajetória de conhecimento, João foi medalhista de ouro na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) no ano passado. Ele conta também que já participou de um projeto de eletrônica analógica. “A gente desenvolvia projetos eletrônicos que incentivavam a pesquisar e entender como funcionavam. Fiz uma mesa que tinha um compartimento secreto que era acionado com batidas pré-determinadas. Participar desses projetos incentiva muito a gente a ter senso de percepção desses produtos”, informa.

Para colaborar com a melhoria social, João Victor diz que a Engenharia de Automação e a Eletrotécnica também trabalham muito no sentido de automatizar processos e deixá-los mais produtivos. Ele conta ainda que já participou de um projeto que visava à confecção de uma máquina a laser com comando numérico computadorizado. Ela fazia corte e gravação em superfícies planas e cilíndricas. Noutro projeto, a máquina fazia isolamento e perfuração de placas de circuitos impressos, usada para prototipagem de projetos.

Em relação à sua vida cotidiana, o estudante diz que devido aos estudos, nem sempre tem tempo de se encontrar ou se dedicar aos amigos. Seu tempo agora é mais reduzido porque está fazendo estágio e curso preparatório para o Enem. João também já estagiou no setor de Almoxarifado do Campus Calama. Para o lazer, ele diz que às vezes marca com os amigos para ir ao cinema, para andar na pista e, com isso, busca desestressar por passar o dia e a semana inteira envolvido com os estudos.

Para os novos estudantes, João recomenda que eles não deixem as oportunidades passarem. “Às vezes a gente se sobrecarrega muito e acha que não vai dar conta, contudo, no final, a gente alcança o resultado”, pondera.  Ele também acentua que o IFRO proporciona muitas oportunidades aos estudantes e destaca o incentivo à pesquisa por parte dos professores. “Muitos deles também nos auxiliam em atividades extras, como a orientação que recebi quando fui apresentar um projeto em Brasília e o professor Cássio Luz se desdobrou para me orientar, mesmo que não fosse a área dele”, enfatiza. João também já apresentou projeto em Fortaleza e participou do estande do IFRO no evento Rondônia Rural Show.

Preparação para ser cientista

“Desde criança eu gosto muito de estudar. Meu sonho sempre foi ser cientista e meus pais sempre me incentivaram muito”, revela Hugo Rodrigues da Silva, que cursa o segundo período de Engenharia Química, no Campus Calama. No ano passado, ele fez parte do grupo que concorreu nacionalmente no evento da Samsung ‘Respostas para o amanhã’ com a produção de uma biopomada para tratamento da Leishmaniose, quando conquistou o segundo lugar. Hugo segundo lugar em desafio da samsung no ano passado egresso do técnico em química e calouro de Engenharia Química

Hugo diz que despertou seu interesse para ser cientista porque quando era criança ele e seus primos desmontavam “muitas coisas eletrônicas, às vezes computadores, e isso deslumbrava a gente. Depois a gente tentava montar carros, barcos, robôs, várias coisas. Isso foi uma coisa que a gente gostou muito e nos manteve unidos durante muito tempo: o gosto pela robótica. Quando eu era criança, queria ser um cientista na área da Robótica, porém, quando fui crescendo, fui me apaixonando por outras coisas, por Astronomia, por Química, principalmente no meu primeiro contato com a Química”, relembra. Hugo diz que mais recentemente também está gostando muito da Física, mas, principalmente no terceiro ano do ensino médio, ele teve muito contato com a Química e se apaixonou, definindo que queria ser pesquisador nessa área.

Atualmente está gostando muito do seu curso e os conteúdos com os quais tem tomado contato têm feito ele gostar ainda mais da Engenharia Química. Também sabe que nada o impede de estudar sobre outras áreas. Diz que pretende fazer Mestrado e Doutorado nessa área e depois, conforme seja, pretende se vincular a alguma universidade para continuar como pesquisador. Nessa fase, também já submeteu um projeto de pesquisa e está aguardando o resultado.

O estudante diz que sua família sempre o incentivou. Lembra que quando estava sendo construído o Campus Calama, ainda menino, às vezes quando passava em frente com seu pai, ele dizia: ‘Você vai estudar aqui por que aqui tem um ensino de qualidade’. Então, minha família sempre me incentivou e me apoiou em todos os sentidos. Participar do projeto da Samsung foi para Hugo “uma virada de chave”. Ele diz que já havia participado de outro projeto de pesquisa no tempo da pandemia, mas foi muito teórico e não foi na sua área, foi na de Engenharia Civil.

No projeto da Samsung, observa que pôde ter um contato mais acentuado com a pesquisa Química, e isso fez com que ele tivesse um senso muito mais crítico em relação à pesquisa e foi quando passou a ter contato com a leitura de artigos científicos e isso está lhe ajudando muito no momento. Também destacou a competência das professoras Minelly Azevedo e Márcia Bay que cobravam deles um desempenho de alto nível. Ele já publicou dois artigos científicos em congressos e outro ainda será publicado. Um dos artigos, destaca, foi premiado numa revista de Qualis C. Quando veio para o IFRO diz que teve muitos contatos com coisas novas, principalmente na área de Química. Isso aumentou sua vontade de estudar. Para os colegas, Hugo recomenda que sempre busquem mais conhecimentos e não se prendam somente numa área.

Novos horizontes

“O estudo para mim é algo que vai abrir portas e novos horizontes, coisas que um dia eu pensei serem inalcançáveis e hoje através do meu estudo eu posso alcançar”, declara Ana Beatriz Pimenta, estudante do terceiro ano do curso de Informática, que já faz estágio na área de Gestão de Tecnologia da Informação.

Ana Pimenta estagiária da CGTI do Campus aluna do curso técnico em informáticaAna diz que quando se é mais novo, não se tem ideia do que cursar. “A gente estuda, mas quando chega o ensino médio, a gente tem que tomar uma decisão muito importante na nossa vida que é decidir o que vai fazer – se vai fazer concurso ou faculdade, e o que vai fazer primeiro”, diz.

Segundo ela, é uma decisão que vai atingir a vida toda, mas é muito difícil. Diz que sua vida mudou completamente após entrar no IFRO. Conta que antes não tinha uma rotina de estudo, mas que agora, teve que se dedicar mais, por ser um ensino médio técnico. “A gente tem que abdicar, os rolês, as saídas com os amigos e com a família. Muitas vezes, um café da manhã, um almoço, para ficar em casa estudando. Isso é o que vai fazer ter coisas melhores no futuro”, acredita.

Reflete que não é porque o tempo com os familiares e os amigos não seja bom, mas que é necessário abrir mão para poder alcançar algo melhor. “Se a gente não se esforçar hoje, pode ser que eu não alcance os meus sonhos”, comenta. Ana conta que na sua família não tem muitas pessoas formadas no ensino superior. A maioria optou, segundo ela, pelo comércio, desde o avô que possuía um restaurante e sua mãe que possui um salão de cabeleireira. Seu avô veio do Pará ainda no início da colonização de Rondônia e hoje ele é aposentado. Ela conta que seu avô é uma inspiração, por ser uma pessoa ativa e trabalhadora.

Ana cresceu junto aos avós e lembra que sua avó dizia, ao lembrar a importância dos estudos, que podiam lhe tirar tudo, menos o conhecimento adquirido com os estudos.  “Todas as formas de aprender são importantes e ninguém tira da gente porque se soma à nossa essência”, reflete. Seu esforço tem surtido efeito porque pode já ser aprovada ainda no terceiro bimestre dessa etapa.

Antes ela pretendia seguir na área de Informática, porém, com o decorrer do tempo, mudou de ideia. Hoje acha que seu coração está pendendo para que curse Direito, porque pretende seguir no Ministério Público e ser Promotora de Justiça. Apesar de se identificar com a Informática, acha que será mais feliz se seguir na área do Direito e alcançar o que almeja. Tem ainda como lema o que sua avó dizia, que é necessário estar feliz no lugar em que se está trabalhando.    

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